sábado, 29 de novembro de 2014

Contraponto 15.463 - "PT pede mudanças a Dilma para 2° mandato "

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29/11/2014

 
ENCONTRO NACIONAL 

PT pede mudanças a Dilma para 2° mandato


Petistas quer que presidente da República, reeleita em disputa acirrada, "entenda o recado das urnas". Realizado em Fortaleza, reunião da cúpula da sigla também abordou a corrupção que envolve filiados e abala a Petrobras 


Jornal O Povo - 29/11/2014 


FOTO FÁBIO LIMA
Ato político reuniu na Capital do Ceará a presidente da República (d), dirigentes nacionais, ocupantes de cargos eletivos e militância


Reunida em Fortaleza, ontem e neste sábado, para fazer um balanço das eleições, a cúpula nacional do PT elaborou um documento em que pede mudanças no segundo mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff.

O partido pede que Dilma “entenda o recado das urnas”, para que possa avançar nas mudanças: “Para afastar manobras golpistas e assegurar à presidenta Dilma um segundo mandato ainda melhor que o primeiro, é preciso entender o recado das urnas: o povo quer mudanças e confia que nosso governo deve fazê-las, pois foi com Lula e Dilma que as mudanças se iniciaram”.

O texto faz acenos a sindicatos e movimentos sociais (fala em redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, reforma agrária e revisão da Lei da Anistia) para “compensar” a escolha da nova equipe econômica, considerada “liberal”. O futuro ministro Joaquim Levy foi alvo de críticas de alguns setores do PT durante a reunião.

Os dirigentes prometem divulgar, hoje, uma resolução dedicada ao tema corrupção, separada das questões políticas. Os documentos serão submetidos ao Diretório Nacional, ao final do encontro.

A proposta de resolução afirma que esta eleição “foi a mais difícil já disputada”. Diz ainda que o PT foi alvo de “um vendaval” de acusações. “O partido tem que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua independência frente ao Estado e ser muito mais pró-ativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores”, diz o texto.

A abordagem resumida pelo presidente da sigla, Rui Falcão atenua a versão original apresentada pelo secretário-geral do PT, Geraldo Magela, que tinha quatro parágrafos. Ele dizia que “um dos mais importantes compromissos da nossa presidenta e de nosso partido foi o combate sem tréguas à corrupção”.

Mas lamentava: “Saímos da situação de partido que mais tinha compromisso com o combate à corrupção para sermos o mais identificado com a corrupção, o que é injusto e inadequado”.

A reforma política e a regulação da mídia aparecem como as principais bandeiras do PT nos próximos anos. Segundo petistas, Dilma prometeu uma consulta pública para discutir a democratização dos meios de comunicação no segundo semestre de 2015. (da Folhapress)

Saiba mais

Tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto fez um discurso em sua defesa durante a reunião do diretório nacional do partido, em Fortaleza (CE), e disse que todas as contribuições que recebeu para a legenda são legais.

“Nunca fiz nada de errado”, afirmou, diante da plateia de dirigentes petistas.

Vaccari foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema de desvio de recursos da estatal investigado pela Operação Lava Jato.

Após a fala do tesoureiro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez um breve discurso favorável ao companheiro de partido. Ele afirmou que “a maior defesa de Vaccari é a sua vida”.

O dirigente petista pediu palmas em solidariedade ao tesoureiro e foi atendido pelo presentes.

Vaccari tem dito a aliados que é vítima de “injustiça” por ter seu nome citado nas investigações.

Nos bastidores, petistas reclamam do que chamam de “instrumentalização” da Polícia Federal. Eles dizem que há delegados querendo “pegar o PT a qualquer custo”.

O tesoureiro afirmou ainda que a quebra de seu sigilo aprovada pela CPI no Congresso que investiga a Petrobras é uma “ação midiática”. .
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