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05/02/2015
Aécio e a candidata que tentou roubar a coroa de miss são a mesma pessoa?
A cena da candidata derrotada a miss Amazonas, que tentou roubar a coroa na marra, evoca o comportamento do senador Aécio Neves nos últimos meses.
Maus perdedores só não são piores que maus ganhadores. Aécio já deu sinais claros de que jamais engolirá o resultado das eleições. Por isso todas as anedotas sobre suas aventuras no tapetão lhe são incômodas.
Por isso, também, ele se torna um alvo fácil dos adversários quando querem desestabilizá-lo.
Na sessão de quarta-feira no Senado, o mineiro explodiu por causa de uma manobra de Renan Calheiros para garantir o comando da Casa aos aliados. Com a articulação, PSDB e PSB ficaram de fora da Mesa Diretora.
No microfone, Aécio criticou o colega, dizendo que ele “perde a legitimidade de ser presidente dos partidos de oposição. Vossa Excelência apequena essa Presidência”. Começou de maneira firme e civilizada.
Renan, macaco velho, devolveu afirmando, de maneira irônica, que não acreditava que aquilo estivesse sendo dito por um candidato à presidência da República.
“Veja em que conta o senhor leva a democracia”, fala. “Por isso deu no que deu. Vossa excelência perdeu a chance de ser presidente da Republica porque é estrela”.
Pronto. Aécio acusa o golpe. Doeu. “Perdi de cabeça erguida!”, grita. “Eu tive 51 milhões de votos, que eu honro! Olho nos olhos dos cidadãos, falo com a população brasileira!”
Para além da atuação de Renan no Senado, Aécio reage de maneira ensandecida sempre que alguém lhe lembra que não foi eleito. Voltou a lembrar Collor em sua apoplexia. O dedo em riste estava, a ira, um ressentimento enorme (Faltou o inesquecível “leviano!”).
“Eu fiz o que estava no meu coração”, desculpou-se a modelo amazonense Sheislane Hayalla depois do vexame entre as misses. O coração de Aécio Neves também não tem lugar para o vice-campeonato.
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