01/08/2015
Atentado tem
que ser federalizado
Oposição subiu um degrau: agora é a violência !
O Conversa Afiada reproduz artigo de Breno Altman sobre alguns dos efeitos da incansável atividade Golpista do PiG, associado ao PSDB:
ATENTADO CONTRA INSTITUTO LULA ACENDE ALERTA VERMELHO
A bomba jogada contra entidade liderada pelo ex-presidente da República, na noite de quinta-feira, revela perigos que rondam o cenário político.
Tudo leva a crer que o ato terrorista teve origem em alguma franja da direita, animada pelo clima de ódio antipetista diuturnamente alimentado pelos principais meios de comunicação e líderes da oposição.
A escalada é notável, transitando das agressões verbais nas redes sociais para o terreno do enfrentamento físico.
O primeiro sinal veio com a coação de ex-ministros em restaurantes paulistanos, além de ataques irregulares contra sedes do PT.
No início da semana, o presidente fluminense do partido e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, tomou um empurrão que o jogou ao chão enquanto dava entrevista a alguns jornalistas.
Sentindo-se à vontade, de mãos livres para fazerem o que bem entendem, extremistas do conservadorismo agora aumentam a altura do sarrafo e miram na principal liderança da esquerda brasileira.
Seria irresponsabilidade afirmar que o atentado contra o Instituto Lula, cujos objetivos parecem ser intimidação e propaganda, representa prova de que a oposição de direita esteja saindo da institucionalidade para a violência.
Mas é cristalino que o discurso do reacionarismo, estimulando clima de caça às bruxas contra o petismo, identificando-o como campo político a ser aniquilado por todos os meios, está na origem da atual onda de truculência.
Basta ver a audácia dos que resolveram escolher Lula como alvo de suas intentonas. Não se trata mais de situações casuais e fortuitas, mas de operação planejada e armada, o que indica proliferação e recrudescimento de grupos dispostos ao terror.
Também chama atenção a reação frágil e intimidada do governo federal a respeito de fato tão relevante.
Ataque desta natureza contra um ex-presidente da República, ainda mais da estatura de Lula, sem o qual jamais a atual administração teria sido eleita e reeleita, exigiria resposta de alta intensidade, através de todos os canais possíveis.
Para começo de conversa, as investigações deveriam ser imediatamente federalizadas e caberia, à chefe de Estado, chamar rede nacional de rádio e televisão, com o intuito de proclamar claramente o repúdio ao ódio fascista e a determinação de empenhar todos os esforços para impedir sua difusão na sociedade.
A claudicante contraposição petista ao atentado da rua Pouso Alegre, no mais, revela as sequelas de uma estratégia conciliatória que foi incapaz de preparar o governo, os partidos de esquerda e os movimentos sociais para uma etapa como a atual, de radicalização do confronto entre projetos de nação.
Ao deixar intacto o monopólio da mídia, o petismo cevou seus piores inimigos, que agem como máquinas de animação e mobilização das entranhas mais apodrecidas do país, na busca de onda restauradora que possa enterrar, a qualquer preço, o processo de mudanças iniciado com a eleição de Lula em 2002.
Mantendo ares de normalidade, o governo e o PT banalizam a gravidade dos acontecimentos, desorganizam sua própria militância e abrem alas para o conservadorismo seguir em seu movimento ascensional, que já combina hegemonia institucional com disputa das ruas e, agora, o recurso à violência.
A história, aliás, está repleta de exemplos sobre o que se passa quando as forças progressistas e democráticas comportam-se como avestruzes.
Ofensivas reacionárias, afinal, não costumam ser detidas com bom-mocismo, falta de audácia e encolhimento.
Em tempo: a Carta Capital mostrou como o atentado do Riocentro deveria ter sido. E como fazia parte de um plano da Direita – hoje instalada no PiG e no PSDB – para explodir a Esquerda. O Riocentro desmascarou a Direita. O atentado ao Instituto Lula pode desmascarar não a Direita instalada no PiG e no PSDB – mas a inépcia do sistema governamental de combate ao Golpe ! – PHA.
Em tempo2: o Conversa Afiada publica nota do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC:
Nota de repúdio
Lideranças dos metalúrgicos de todo o Estado de São Paulo estiveram reunidas com o ex-presidente Lula, na tarde de ontem (31), para encaminhar as ações da categoria diante do atentado ao Instituto Lula ocorrido na quinta-feira (30).
Além do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, estiveram presentes a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.
Não permitiremos que nossa principal liderança seja atacada ou mesmo ameaçada por setores ou pessoas que não têm responsabilidade com a democracia e que nunca se importaram com os trabalhadores.
O legado vitorioso construído pelo ex-presidente Lula trouxe muitos avanços para o País e conquistas para os trabalhadores e para toda a sociedade brasileira.
As ações do governo Lula retiraram o Brasil das trevas: da fome, da desigualdade social, da concentração de renda e do abandono a que estavam submetidas as populações do campo, das periferias e das regiões Norte e Nordeste, e deram dignidade a milhões de pessoas.
As lutas no Brasil se intensificarão em defesa deste legado, do qual somos parte e muito nos orgulhamos.
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Sábado, 1 de agosto de 2015
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