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12/08/2015
Temer e Renan lideram duas agendas anti-crise
Brasil 247 - 12/08/2015
Duas reuniões marcadas para esta quarta-feira reforçarão o movimento anti-crise liderado pelo senador Renan Calheiros. O café da manhã reunirá no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na capital para a Marcha das Margaridas, o próprio Renan e alguns senadores do PMDB, como Romero Jucá e Eunício Oliveira. Às 16 horas, no gabinete de Renan, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltará a discutir a chamada Agenda para o Brasil. Agora, com senadores de todos os partidos. Renan mandou convidar também os da oposição.O café na casa de Temer foi pedido por Lula, que finalmente viu acolhido por Dilma seu conselho para buscar a reconciliação com Renan e o estreitamento dos laços com o PMDB do Senado. Renan pode não “unificar a todos”, como disse Temer naquela frase que deu panos para mangas, mas certamente está liderando o mais importante movimento agregador de apoios e dissipador do ambiente de crise. A presença de ambos no encontro com Lula serve até para neutralizar os boatos de ontem à tarde, de que Temer teria se incomodado com a emergência do presidente do Senado neste papel de grande bombeiro e mediador anti-crise. Ambos negaram qualquer mal estar. Se para Dilma Renan tornou-se um muro de arrimo, Temer continua sendo um pilar de sustentação. Lula tratará de valorizar o papel de cada um.
O encontro com Levy, inicialmente, seria com Renan e líderes da base governista para dar sequência ao exame das 28 propostas da Agenda para o Brasil. Alguns pontos o governo vai dizer que são inviáveis, como a cobrança de procedimentos no SUS segundo a categoria de renda, mas a grande maioria deve ser endossada por Levy.
Ontem à tarde, depois do discurso em que apresentou a agenda ao plenário do Senado, Renan mandou que todos os senadores fossem convidados. Se a oposição cobrava iniciativa do governo, agora está diante de uma iniciativa do próprio Senado, negociada com o governo. Como poderá ignorá-la? Pelo menos por elegância política, alguns devem comparecer.
- Se eu fui convidado, o que ainda verei no gabinete, irei sim, embora eu ache que boa parte da propostas não dialogam umas com as outras. Mas ainda que não façam bem à economia, mal não farão – disse o tucano José Serra.
E assim Dilma vai colhendo uma semana muito melhor que a que passou, embora ela vá terminar com um dos dois grandes desafios de agosto: os protestos do dia 16. O outro gargalo será o parecer do TCU sobre suas contas
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