quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Contraponto 17.462 - "Temer e Renan lideram duas agendas anti-crise"

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12/08/2015


Temer e Renan lideram duas agendas anti-crise


Brasil 247 - 12/08/2015

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Tereza Cruvinel

Duas reuniões marcadas para esta quarta-feira reforçarão o movimento anti-crise liderado pelo senador Renan Calheiros. O café da manhã reunirá no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na capital para a Marcha das Margaridas, o próprio Renan e alguns senadores do PMDB, como Romero Jucá e Eunício  Oliveira. Às 16 horas, no gabinete de Renan, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltará a discutir a chamada Agenda para o Brasil. Agora, com senadores de todos os partidos. Renan mandou convidar também os da oposição.

O café na casa de Temer foi pedido por Lula, que finalmente viu acolhido por Dilma seu conselho para buscar a reconciliação com Renan e o estreitamento dos laços com o PMDB do Senado. Renan pode não “unificar a todos”, como disse Temer naquela frase que deu panos para mangas, mas certamente está liderando o mais importante movimento agregador de apoios e dissipador do ambiente de crise. A presença de ambos no encontro com Lula serve até para neutralizar os boatos de ontem à tarde, de que Temer teria se incomodado com a emergência do presidente do Senado neste papel de grande bombeiro e mediador anti-crise. Ambos negaram qualquer mal estar. Se para Dilma Renan tornou-se um muro de arrimo, Temer continua sendo um pilar de sustentação. Lula tratará de valorizar o papel de cada um.

O encontro com Levy, inicialmente, seria com Renan e líderes da base governista para dar sequência ao exame das 28 propostas da Agenda para o Brasil.  Alguns pontos o governo vai dizer que são inviáveis, como a cobrança de procedimentos no SUS segundo a categoria de renda, mas a grande maioria deve ser endossada por Levy.

Ontem à tarde, depois do discurso em que apresentou a agenda ao plenário do Senado, Renan mandou que todos os senadores fossem convidados. Se a oposição cobrava iniciativa do governo, agora está diante de  uma iniciativa do próprio Senado, negociada com o governo. Como poderá ignorá-la? Pelo menos por elegância política, alguns devem comparecer.

- Se eu fui convidado, o que ainda verei no gabinete, irei sim, embora eu ache que boa parte da propostas não dialogam umas com as outras. Mas ainda que não façam bem à economia, mal não farão – disse o tucano José Serra.

E assim Dilma vai colhendo uma semana muito melhor que a que passou, embora ela vá terminar com um dos dois grandes desafios de agosto: os protestos do dia 16. O outro gargalo será o parecer do TCU sobre suas contas

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