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25/08/2015
Em nome de sua cruzada moral, Aécio vai explicar a acusação de Youssef sobre Furnas? Por Kiko Nogueira
Em meio aos exercícios de futurologia sobre o mês de agosto, as magas patológicas apostaram na derrocada do governo Dilma e esqueceram de Aécio Neves.
Aécio termina o mês numa situação, na melhor das hipóteses, constrangedora. Embarcou enlouquecido no golpismo, com direito a uma participação especial de 25 minutos num protesto.
Calou-se sobre o amigo de ocasião Eduardo Cunha. Ou melhor, deu uma de joão sem braço.
“Todos os homens públicos, independente da função que ocupam – isso serve para o presidente da Câmara, para a presidente da República, para todos os eleitos e outros que ocupam funções pública -, têm que estar sempre prontos a responder às acusações, e é isso que se espera do presidente da Câmara dos Deputados para, a partir do momento em que apresente sua defesa, ele possa ser julgado”, disse, subitamente acometido de sobriedade.
A respeito do afastamento de Cunha, respondeu: “Essa é uma questão interna da Câmara dos Deputados na qual eu não interfiro”. Ora, como assim? Em outras questões internas de outras áreas ele interfere?
Na terça-feira, finalmente, o doleiro Alberto Youssef reafirmou, agora à CPI da Petrobras, que Aécio recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas.
“Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele”, disse Youssef.
Em nome de toda a cobrança pela ética e pela transparência, em nome da acusação de que Dilma “estabeleceu a mentira como método”, em nome de sua cruzada pelo impeachment, em nome dos votos que recebeu — Aécio certamente vai dar uma explicação sobre o depoimento de Alberto Youssef.
Setembro será a primavera de Aécio Neves.
Risos.
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