segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Nº 22.594 - "Se Temer rouba, tudo é permitido!, por J. Carlos de Assis"

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30/09/2017



Se Temer rouba, tudo é permitido!, por J. Carlos de Assis


Do Jornal GGN - 30/10/2017



Se Temer rouba, tudo é permitido!

por J. Carlos de Assis

A crise econômica brasileira, tal como descrita por Henrique Meirelles, é tão grande que talvez seja aconselhável colocar à venda alguns ativos das Forças Armadas. Afinal, se o critério for o de utilidade, seria o caso de vender as Forças Armadas inteiras, já que elas parecem indiferentes ao seu objetivo constitucional de defender o país e portanto servem apenas para campeonatos e exercícios de ginástica.

Já começamos o leilão de ativos estratégicos pela base de Alcântara, que está sendo alugada, ou seja, entregue aos militares dos Estados Unidos por uns 30 dinheiros. Como o Governo Temer, ao estrangular o orçamento  de Alcântara, inviabilizou esse projeto nacional, convém fazer algum dinheiro com ele de forma imediata e, oportunamente, meter esse dinheiro numa mala e endereçá –lo a Temer via seus assessorees Geddel ou Loures.

Pode-se fazer um bom dinheiro com as bases militares do Exército e da Força Aérea, assim como as da Marinha. Nesse caso, a jóia da coroa é o submarino nuclear. Ele não está pronto mas nas mãos de Moreira Franco, o grande exportador de aeroportos, pode ser concluído e destruído pelos militares norte-americanos que acham que submarino nuclear não serve como arma de defesa de país em desenvolvimento, embora seja uma ameaça para os grandes.

Aliás, em face da sanha privatizante do Governo Temer, o mais provável é que o Governo norte-americano resolva logo o problema comprando o submarino nuclear na bolsa  de futuros para destruição imediata.

Como o Governo está destruindo, por nossa própria iniciativa, ativos civis estratégicos como o pré-sal, a outrora grande esperança econômica brasileira, e as hidrelétricas, segurança de nosso futuro energético - dentre as 57 empresas estatais que pretende privatizar-, as Forças Armadas pouco terão a fazer em termos de guarda de nosso patrimônio nacional e serão virtualmente inúteis, ou transformadas em guarda de segurança das favelas do Rio e do Palácio do Planalto.

(P.S. Não se confundam essas reflexões com a menor inclinação minha para uma intervenção ou ditadura militar do tipo clássico ou bolsonariano. Entretanto, a Nação agradeceria se o Alto Comando levasse ao Governo a posição quase unânime do povo brasileiro contra a liquidação da soberania nacional representada pela fúria privatista que está dando um prêmio de 1 trilhão de reais em impostos não cobrados às petrolíferas estrangeiras.)

Liberdade sem limite

Em artigo anterior, caracterizei o neoliberalismo como a doutrina e o exercício da liberdade sem limites. É muito próximo do anarquismo. E assume aspectos fascistas quando tenta dominar a ordem social mediante a imposição de uma doutrina excludente, supostamente em nome da liberdade e da democracia.

Estamos presenciando comportamentos sociais que são decorrentes do liberalismo filosófico, desde os ataques ao Ibama no Amazonas até o incêndio criminoso na Chapada dos Viadeiros, sem falar nos atentados anarquistas no Rio Grande do Sul. Nesses casos, temos os  elementos mencionados acima, que refletem o momento psicossocial no qual não temos uma autoridade máxima na República que inspire confiança, e muito menos temor do povo. Portanto, de um ponto de vista moral, se Temer rouba, tudo é permitido! 


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