26/10/2017
Agora que escapou, Temer fará jorrar maldades e retrocessos
Brasil 247 - 26 de Outubro de 2017
por Tereza Cruvinel

A equipe econômica agora não quer mais desculpas para ver editadas as medidas provisórias do ajuste fiscal. O rombo acumulado este ano já alcança R$ 108,533 bilhões, o pior resultado da história para o período desde o início da série histórica, em 1997. Ainda antes do resultado desastroso do mês massado (deficit de R$ 22,7 bilhões), estavam engatilhadas, contra os servidores públicos federais, medidas como o aumento da contribuição previdenciária, de 11% para 14% e o congelamento de todos os aumentos escalonados que foram negociados ainda no governo Dilma. Novas maldades devem ser acrescentadas. Benefícios, como ajuda de custo para remoções, serão cortados ou reduzidos. A observância do teto será rigorosa e para isso haverá cortes em salários que estiverem extrapolando o limite. O governo planeja também fixar um piso salarial de R$ 5 mil reais para os funcionários que ingressarem no serviço público daqui para a frente, o que desestimulará o ingresso em carreiras mais qualificadas, como as de gestores, auditores e diplomatas, cujos concursos são concorridíssimos. O resultado será a degradação da máquina administrativa.
Na pauta de urgência da Câmara entrará o projeto que altera a lei dos planos de saúde, que poderá expulsar do sistema as pessoas com mais de 60 anos, se prevalecer a planejada regra de reajustes a cada aniversário.
Com o início da vigência da reforma trabalhista em 11 de novembro, já pairam ameaças sobre a própria justiça trabalhista, onde é forte o movimento de resistência de juízes e desembargadores contra medidas que consideram inconstitucionais.
Estas e outras maldades, retrocessos e entreguismos é que fazem de Temer o presidente mais impopular do mundo mas ele não se importa. Afinal, não tem mesmo qualquer futuro na política. O encontro marcado que ele tem não é com as urnas, é com a Justiça, onde terá que responder, quando deixar o cargo, pelas denúncias que ele conseguiu barrar na Câmara aliciando deputados com recursos públicos.
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