30/11/2017
“Meu contato vai conseguir que DD entre na negociação”; veja as conversas de Tacla Durán com o compadre do juiz Moro periciadas na Espanha
Do Viomundo - 30 de novembro de 2017 às 14h39
Da Redação
Em seu depoimento à CPI da JBS, o ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, confirmou a existência de uma certa “panela de Curitiba”, formada por advogados e procuradores que facilitariam os acordos de delação premiada da Lava Jato.
Tacla Durán confirmou ter trocado mensagens com o compadre do juiz Sérgio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, que dizia ter influência para garantir vantagens a Durán se ele fechasse acordo com o MPF.
A multa aplicada a Durán, pela promessa de Zucolotto, cairia de U$ 15 mi para U$ 5 mi e o regime de prisão passaria de fechado a domiciliar, segundo as mensagens.
A compensação seria dada num pagamento “por fora”, de U$ 5 milhões, que Zucolotto disse ser necessário porque “tenho que resolver o pessoal que vai ajudar nisso”.
Num dos diálogos, Zucolotto teria escrito que “meu contato vai conseguir que DD entre na negociação”, numa aparente referência a Deltan Dallagnol, que supostamente poderia acelerar o acordo do lado do MPF.
Durán disse ter fotografado a conversa com um celular, já que as duas partes utilizavam um aplicativo que apaga as mensagens depois de um tempo determinado. À CPI, ele apresentou como prova os prints periciados na Espanha.
O acordo de delação premiada nunca foi fechado. Tacla Durán é considerado foragido da Justiça pelo juiz Moro. Ele tem cidadania na Espanha e teve o pedido de extradição rejeitado.
Veja, abaixo, os documentos que o advogado entregou à CPI, inclusive os registros da conversa eletrônica.
S do Viomundo: Post original editado para acréscimo de informações.
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