segunda-feira, 11 de junho de 2018

Nº 24.368 - "Sete em cada dez brasileiros acreditam que a vida piorou nos últimos meses"

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11/06/2018

Sete em cada dez brasileiros acreditam que a vida piorou nos últimos meses


Do DCM - 11/06./2018


Eram todos Cunha : não podia dar certo

Pesquisa do Datafolha constatou que 72% dos brasileiros consideram que a vida deles piorou nos últimos meses. 

É, entre tantas, uma razão do fracasso do movimento político, financiada por empresários, que levou à derrubada de Dilma Rousseff.

Segundo a pesquisa, divulgada hoje pela Folha de S. Paulo, os números são bem mais negativos do que os da última pesquisa do instituto, feita na primeira quinzena de abril.

Na época, 52% dos entrevistados opinaram ter havido deterioração no ambiente econômico —20 pontos percentuais a menos do que agora.

A expectativa para o futuro também não é boa.

Diferentemente de abril, quando os que demonstravam otimismo eram numericamente superiores aos que manifestavam pessimismo, agora os que afirmam que a situação vai piorar nos próximos meses somam 32%, contra 26% dos que acreditam em melhora da economia.

Quando os entrevistadores do Datafolha perguntaram sobre a situação econômica pessoal do brasileiro, as respostas também foram mais negativas em relação ao último levantamento —49% dizem ter passado por retrocesso (esse índice era de 42% há dois meses) contra 10% que declaram avanço.

Assim como a rejeição recorde ao governo de Michel Temer, o mau humor do brasileiro com a economia também é o mais alto na atual gestão. 

Desde maio de 2016 o índice dos que avaliavam que a situação havia piorado estava na casa dos 60%, tendo caído para 52% no início de abril deste ano.

A atual percepção popular encontra eco no panorama traçado por especialistas do mercado financeiro.

O boletim Focus do Banco Central, que compila as previsões de consultorias e instituições financeiras, também mostra o aumento do pessimismo. No início de março, a aposta era a de que o país alcançaria uma taxa de crescimento da economia próxima de 3% até o fim deste ano.


O último boletim, do início deste mês, mostra cenário mais nublado: alta de 2,18% do PIB em 2018.
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