sexta-feira, 23 de março de 2018

Nº 23.701 - "LULA: ESPERO QUE O STF FAÇA A CORREÇÃO NECESSÁRIA"

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23/03/2018


LULA: ESPERO QUE O STF FAÇA A CORREÇÃO NECESSÁRIA


Do Brasil 247 - 23 DE MARÇO DE 2018 ÀS 10:59


Ricardo Stuckert

Em sua primeira entrevista após a vitória no STF, que impede sua prisão até o dia 4 de abril, quando será julgado seu pedido de habeas corpus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez demonstrou tranquilidade, mas também indignação; "Isso me deixa indignado. Um homem com 50 anos de vida política, tenho história no movimento sindical, já fui investigado em cinco eleições que participei, perdi três eleições e fiquei quieto, não contestei e me prepararei pra outra, não pode ficar vendo um moleque me chamar de ladrão", disse Lula à Rádio Condá, de Chapecó (SC) 


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) jugue o mérito do processo sobre o apartamento no Guarujá de maneira a por fim as "mentiras" a seu respeito. "Eles inventaram uma mentira, não sabem como sair desta mentira, não sabem. Espero que a Suprema Corte faça a correção necessária porque ela é a última instância e não pode permitir que nenhum brasileiro seja vítima da sanidade de algumas pessoas. Porque tem pessoas que são insanas, messiânicas", disse Lula em entrevista à Rádio Condá, de Chapecó (SC). "Isso me deixa indignado. Um homem com 50 anos de vida política. Tenho história no movimento sindical, já fui investigado em cinco eleições que participei, perdi três eleições e fiquei quieto, não contestei e me prepararei pra outra, não pode ficar vendo um moleque me chamar de ladrão", afirmou. 

Lula disse "estar sendo vítima de uma mentira que, daqui a não sei quantos anos, a história vai poder contar ao povo brasileiro, porque primeiro fui vítima de uma mentira do jornal O Globo que disse que eu era o dono do apartamento. Por conta dessa mentira do jornal O Globo a Polícia Federal fez um inquérito e mentiu no inquérito e mandou para o Ministério Público. O ministério público pegou o inquérito e transformou numa acusação mentirosa que foi para o Moro (juiz federal Sérgio Moro) que deu uma sentença mentirosa. O TRF4 deu outra sentença mentirosa porque eles sabem que não o dono do apartamento, sabem que nem tem indícios de que eu sou o dono do apartamento e eles querem dizer que o apartamento é meu porque no depoimento que eu fiz ao Moro eu disse que você está quase obrigado a me condenar porque está tão compromissado com a mentira contada pelo power point do Dallagnol, e tá tão pressionado por alguns meios de comunicação, dentre eles a Rede Globo – que me parece que a obsessão da Globo é impedir que eu seja candidato à Presidência da República ou não sei o que... porque já tenho mais de 60 horas do Jornal Nacional falando mal de mim", observou.

"Eles inventaram uma mentira, não sabem como sair desta mentira, não sabem. Espero que a Suprema Corte faça a correção necessária porque ela é a última instância e não pode permitir que nenhum brasileiro seja vítima da sanidade de algumas pessoas. Porque tem pessoas que são insanas, messiânicas. Ou seja, inventaram uma mentira escabrosa que foi o power point do Dallagnol, que o PT é uma organização criminosa, que o PT nasceu para roubar o Brasil e o que não sei das quantas", disse. "Resolvi transformar isso em questão de honra. Vai chegar o dia em que esta gente vai pedir desculpas a mim", destacou. 

"Ninguém pode estar numa instituição forte, como está o Dallagnol, e abusar da autoridade como ele abusa, mentir como ele minta, inventar como inventa. Não é possível. Assim o Brasil não tem segurança. É por isso que estou brigando e na expectativa que a Suprema Corte analise o mérito do processo", disse. "Isso me deixa indignado. Um homem com 50 anos de vida política, tenho história no movimento sindical, já fui investigado em cinco eleições que participei, perdi três eleições e fiquei quieto, não contestei e me prepararei pra outra, não pode ficar vendo um moleque me chamar de ladrão", afirmou.

"Não acuso as instituições porque acho que a democracia só é constituída se tiver instituições fortes. Mas acho que os componentes destas instituições fortes têm que saber, pelo fato delas serem muito fortes, que precisam ser muito responsáveis. Não podem brincar com as pessoas, não podem acusar sem provas. Não podem mentir a respeito das pessoas. É muito melhor fazer uma investigação correta, mais demorada, mas fazer uma coisa consistente e quando provar prender como é em qualquer lugar do mundo. Aqui estão mais preocupados em fazer pirotecnia do que em apurar de verdade", afirmou Lula.

"Acho que há um conluio sim. Conluio de parte do Ministério Público, de uma parte da Polícia Federal junto com o Moro, porque Moro sabia que não podia aceitar acusação contra mim", disse. "Aceitaram porque o objetivo é impedir que o Lula seja candidato a presidente da República. Seria muito mais barato e mais fácil para eles encontrar um candidato e me derrotar. O Moro poderia ser candidato, o Dallagnol poderia ser candidato. Saia do seu cargo e pare de se proteger na toga e vá disputar a eleição", completou.

Na entrevista, Lula negou que a sua caravana, que tem percorrido diversos estados do país, tenha caráter eleitoral. O objetivo, segundo ele, é conhecer a fundo os problemas do país e o que as obras e programas o sociais dos governos do PT deixaram à população como legado e que estão sendo sendo desmontadas pelo governo Michel Temer.  "estou andando para  mostrar que ninguém pode desanimar, que é hora de levantar a cabeça e reconstruir este país", destacou. 


Lula também destacou a importância de políticas públicas voltadas para os mais pobres e para a inclusão social. " A contradição é no Brasil, enquanto no mundo os ricos ganhavam mais dinheiro, no Brasil os ricos também ganharam dinheiro, fomos o único país em que a população mais pobre teve 15% de renda proporcionalmente mais que os ricos deste país. Foi o primeiro momento de subir um degrau, de ascensão social nesse país. E isso só pode ser feito se você colocar os pobres no Orçamento da União", ressaltou. "Essa gente são brasileiros e precisa estar no orçamento. E quem lembra delas não são os sociólogos para fazer livros, são os governantes para fazê-los cidadãos", afirmou.

Veja a íntegra da entrevista:

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