domingo, 25 de março de 2018

Nº 23.723 - "Retratos do mundo, por Gustavo Gollo"

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25/03/2018



Retratos do mundo, por Gustavo Gollo

Do Jornal GGNDOM, 25/03/2018 - 09:44






Retratos do mundo, por Gustavo Gollo

ENVIADO POR GUSTAVO GOLLO

Temos sido bombardeados incessantemente pelos meios de comunicação de massa, tanto direta, quanto indiretamente, através de conversas com pessoas atordoadas pelo mesmo massacre contínuo.

Estes meios, e suas mensagens, são financiados pelas grandes empresas; tornaram-se seus porta-vozes, divulgando, apenas, aquilo que sabem estar em consonância com seus propósitos, ou se sujeitariam a reprovações e cortes nos financiamentos.

Em consequência, toda a nossa visão de mundo atual é pautada por determinações impostas pelas grandes empresas, através dos meios de comunicação. Tudo isto é lugar-comum.

Atualmente, não só vemos tudo sob lentes que nos foram impostas pelas grandes empresas, mas temos construído o mundo com base nesta visão, de maneira que nosso mundo tem se moldado, cada vez mais a tais determinações. A globalização exemplifica este processo com clareza, guiando o mundo inteiro para as mesmas metas, e homogeneizando todo o planeta.

Alguns poucos locais se mantiveram fora disso, e apenas em certa medida. Conceitos como os de “país”, “liberdade”, “política”, entre tantos outros, são agora, em todo o ocidente, compreendidos sob o ponto de vista das grandes empresas.

O conceito de “liberdade”, por exemplo, tão enaltecido pelos meios de comunicação e, por esta razão, tão prezado por todos nós, consiste, quase sempre, em liberdade para as grandes empresas, e para o grande capital, pouca importância sendo atribuída à liberdade das pessoas, especialmente das mais pobres. Assim, barreiras alfandegárias são vistas hoje como forte cerceamento à liberdade, e acirradamente criticadas, embora restrinjam apenas trocas comerciais entre países. Barreiras migratórias, por outro lado, impeditivas do fluxo de pessoas, são encaradas com naturalidade, gerando poucas críticas, em face de considerações sobre sua inevitabilidade e suposto utopismo de sua derrubada. Note a discrepância com que é tratada a liberdade individual que deveria permitir o livre fluxo de pessoas pelo mundo, em contraste com a liberdade comercial, atividade irrelevante para as pessoas, mas crucial para as grandes empresas. Naturalmente, todos nós agora endossamos o ponto de vita das empresas, considerando importantíssimo o livre-comércio, e utópicas as pretensões de livre-trânsito dos cidadãos.

“Democracia” é outro conceito sagrado segundo os meios de comunicação, mas a democracia financeira defendida pelas grandes empresas, naturalmente, não a democracia idealizada por quem tenha em mente os anseios do povo.

Pensei aqui em usar o contrassenso “democracia democrática”. Longe de constituir um pleonasmo, essa expressão absurda se aproxima mais de uma contradição, se temos em mente a “democracia financeira” propagandeada pelos meios de comunicação. Lembremos que os “representantes do povo” são eleitos com base em campanhas publicitárias milionárias financiadas pelas grandes empresas para atuar como mediadores entre elas e o governo central, enquanto fingem representar o povo.

“Democracia” é um conceito sagrado segundo os meios de comunicação, mas a democracia financeira financiada pelas grandes empresas, não a democracia idealizada por quem tenha em mente os anseios do povo.

Naturalmente, um sistema verdadeiramente democrático em que representantes do povo fossem eleitos sem a interferência das grandes empresas, com o propósito de representar o povo, e não o capital, nos parece utópico. No ocidente, tudo o que difere da visão bombardeada sistematicamente pelos meios de comunicação em defesa dos interesses das grandes empresas nos parece utópico,

“País” é outro conceito bastante homogêneo no ocidente globalizado, mas, estranhamente, para nós, visto com outros olhos em outras paragens.

Tendo engolido todo o ocidente, as grandes empresas ainda permitem a vigência do sistema de governos nacionais, em cada país, sistema com o qual todos estamos acostumados há séculos. Por esta razão, mantemos fronteiras locais e governos encarregados de gerir o dia a dia dos cidadãos, sob a supervisão das grandes empresas.

O golpe ocorrido recentemente no Brasil, no entanto, ilustra com clareza o grau de autonomia permitido aos governos nacionais, especialmente os de países periféricos, tratados como reservas indígenas. Desgostosas com os rumos que o governo democraticamente eleito tomava, as grandes empresas internacionais determinaram que os meios de comunicação incitassem a derrubada do governo democrático. Sob a iniciativa de representantes políticos financiados por elas, e a conivência do sistema judiciário instituído com o propósito fundamental de garantir as regalias dos poderosos, destituiu-se a presidente eleita por ousar se contrapor a desígnios das grandes empresas.

O mecanismo tem sido replicado em diversos países, iniciando-se com intensas denúncias sobre relações corruptas entre governo e empresas locais, concorrentes das articuladoras dos golpes, nunca envolvidas nos escândalos denunciados pelos meios de comunicação sob seus domínios e prosseguindo com ações do judiciário até a destituição de governos destoantes das diretrizes impostas pelas empresas.

Graças a uma concepção de país pouco compreendida no ocidente, a China conseguiu desenvolver um imenso poder econômico, em moldes ocidentais, mantendo, ao mesmo tempo, sua própria autonomia nacional, livre, em vasta medida, das ingerências das grandes empresas. Graças a um conjunto enorme de habilidades espantosas, os chineses têm conseguido manejar as grandes empresas, compelindo-as a jogar o jogo conforme suas regras, a virada de jogo está prestes a ocorrer.

Os meios de comunicação ressaltam, sistematicamente todas as mazelas chinesas, todos os pontos em que o sistema chinês parece inferior ao dos países mais desenvolvidos do ocidente, que se mantêm às custas de outros. Nenhuma contraposição a tais defeitos costuma ser apresentada por eles.


Um retrato do ocidente globalizado


Penso que o episódio mais ilustrativo do ocidente, aquele que mais elucidativamente nos esclarece, seja o ataque de 11 de setembro de 2001.

Segundo a versão oficial, um bando de beduínos eclodiu de cavernas afegãs, tomou aviões comerciais americanos, sincronizadamente, em um estranho momento no qual as forças de defesa aérea dos EUA se encontravam desprevenidas, para atirá-los sobre as duas torres e o pentágono, derrubando, de quebra, a Torre 7 do World Trade Center, vizinha às outras duas, tendo tido o cuidado especial de jogar pela janela dos aviões suas carteirinhas de terrorista para atestar a autoria da façanha.

A versão alternativa é rotulada “conspiratória” pelos meios de comunicação. De acordo com ela, 2 aviões comerciais controlados remotamente, como drones, foram atirados sobre as torres gêmeas, enquanto um míssil atingiu o pentágono. Em seguida, acionaram os mecanismos de implosão das 3 torres, as duas atacadas pelos drones, e uma terceira, demonstrando que o grupo poderia fazer, virtualmente, qualquer coisa imaginável. Dezenas de pessoas extremamente poderosas foram eliminadas neste dia, juntando-se a outras, totalizando quase 3.000 mortos.

A implosão da torre 7 deixo rastros tão evidentes que seu dono, que recebeu bilhões de dólares de seguro pela catástrofe, se viu obrigado a confessar a implosão, no dia; confissão posteriormente negada. A queda da torre 7, aliás, havia sido noticiada antes da ocorrência do evento absolutamente surpreendente, tendo sido este, supostamente, o único arranhacéu a ruir em decorrência de incêndio. O míssil que atingiu o pentágono também deixou marcas bem evidentes. A trama absurda repetida na versão oficial, é completamente inverossímil.

Eis alguns dos rastros mais evidentes da farsa:

A torre 7 seria o único prédio daquele tamanho a cair em decorrência de um incêndio consequente de uma série de coincidências, a simetria da queda da torre atesta um serviço de primeira. Explosões causadoras da implosão documentadas estão documentadas nos vídeos. Houve uma providencial queima de arquivos da CIA no local. No pentágono via-se um buraco redondo, como o de um míssil, sem marcas de asas de avião, como as deixadas nas torres, sem indícios de restos de fuselagem (existe uma única foto do tipo, o que chega a ser cômico). As implosões das torres gêmeas também evidenciam a tramoia, embora os aviões tenham lançado certa confiabilidade ao relato oficial, em decorrência da inexistência de ocorrências similares. Cheiro de termite, material usado em implosões, foi relatado pelas testemunhas. O vídeo de uma das câmeras de segurança ao redor do pentágono confiscadas na época, e apresentado ao público recentemente estava adulterado.

Durante décadas, simplesmente não atentei aos fatos, que me pareciam, de antemão, absolutamente inverossímeis; bastou considerar a possibilidade para que a farsa se evidenciasse. Quem tentar averiguar o ocorrido chegará à mesma conclusão, recomendo começar pela torre 7. Procure informações complementares advindas de outros países, também.
                     
“Teorias conspiratórias” são todas aquelas que contradizem as versões oficiais veiculadas pelos meios de comunicação, sob os auspícios das grandes empresas.

Tenho que confessar que por 15 anos acreditei na tramoia oficial sem nunca, antes, ter prestado a mínima atenção sobre qualquer indicativo da farsa que contradiz tudo o que costumávamos acredita. O episódio absurdo revela que o ocidente encontra-se sob o domínio de criaturas que se colocam acima do bem e do mal. Penso que este fato seja absolutamente fundamental para a apreciação do mundo contemporâneo.

A expressão anda em desuso, mas os responsáveis pela catástrofe foram pessoas malvadas, crudelíssimas. O ocidente apodreceu.

Em vista da podridão do ocidente, creio que a derrocada americana e a translação do eixo político-econômico para o oriente seja bastante alvissareira. Inúmeros tormentos e dificuldades abalarão o mundo inteiro, mas talvez consigamos nos livrar do peso do banditismo cruel que assola o ocidente.

A indicação recente de um homem da CIA para a secretaria de estado dos EUA soa como um péssimo augúrio.

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Segunda-feira, dia 26, a bolsa de Xangai começará a negociar contratos futuros de petróleo, em yuans. O anúncio parece ter pouco brilho em face da pequena importância conseguida pelo yuan em transações internacionais. Mais de um ano após seu estabelecimento como moeda de reserva internacional, pelo FMI, apenas 2% do mercado mundial tem sido realizado na moeda chinesa, uma migalha.

3 fatos encadeados, no entanto, sugerem vir a ser este, no entanto, o marco da transição financeira para o ocidente.

Desde o início de 2017 o yuan tem-se valorizado consideravelmente, em relação ao dólar, algo perto de 10%. Valorizações de tal ordem enriquecem o país, mas ameaçam seu equilíbrio comercial, encarecendo seus produtos, e tornando-os menos competitivos internacionalmente, ocasionando reduções nas exportações e aumento nas importações.

Apesar da forte valorização do yuan, as exportações chinesas em fevereiro de 2018 cresceram 44%, relativamente às de fevereiro do ano anterior, contra um aumento de apenas 6,3% das importações, um espanto! Este número estrondoso sinaliza a manutenção da tendência de valorização do yuan relativamente ao dólar. A expectativa de valorização da moeda torna a negociação de contratos futuros em yuans extremamente atraente para os exportadores.

A China é o maior importador mundial de petróleo, comprando atualmente 8,5 milhões de barris diários do produto, no valor aproximado de meio bilhão de dólares por dia, na cotação atual. Caso uma quantidade de dólares desta ordem seja deixada de lado nas negociações, em favor do yuan fortalecido, a inundação da moeda americana causará inflação e desvalorização crescente, realimentando o ciclo que tenderá a alimentar os mercados futuros de outras matérias-primas comercializadas pelos chineses.

Em tal contexto, a dificuldade dos chineses consistirá em manter o equilíbrio das finanças mundiais, e impedir a ruína do dólar e o desmoronamento da economia americana.  Comentei isto, aqui, dias atrás: 


Uma lei aprovada recentemente pelos americanos, o “Taiwan Travel Act” sugere certa aproximação entre os EUA e Taiwan, condição inadmissível pela China, que considera a ilha sob o domínio momentâneo de rebeldes amotinados. Tal insulto, aos olhos dos chineses, é muito maior que a guerra comercial contra eles que acaba de ser anunciada pelo presidente americano, medida que se assemelha a um esperneio americano ― o fato me sugere certo nervosismo. Os chineses usarão todas as armas para evitar encaminhamentos na direção de estabelecer reconhecimento de independência a Taiwan. O presidente chinês pretende entrar para a história como o grande reunificador da China.

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