19/06/2012
Mantega anuncia que Brics discute criação de fundo comum
Do Vermelho - 19 de Junho de 2012 - 10h40
O Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vai fazer um aporte adicional de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou nesta segunda-feira (18) o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega. Em reunião preparatória para o encontro do G20, que começa nesta terça (19) no México, Mantega declarou que os países do grupo concordaram em aumentar as contribuições para o fundo, sob uma série de condições.
Os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis. Além disso, o aporte será feito apenas se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI forem concluídas. Anunciado em 2010, o acordo que altera as cotas dos países em desenvolvimento do fundo precisa ser ratificado pelos parlamentos de países europeus até outubro deste ano.
“Achamos que há um atraso dos europeus na concretização do acordo. Mesmo assim, estaremos fazendo aporte adicional na condição que sejam cumpridas as reformas de cotas o mais rápido possível”, declarou Mantega em vídeo divulgado pelo blog mantido pelo Palácio do Planalto.
De acordo com o Planalto, Mantega também anunciou que o Brics criará um mecanismo de cooperação financeira. Os países do grupo acertaram a formação de um fundo comum de reservas internacionais e manifestaram intenção de assinar um acordo de swap (troca de moedas) entre si.
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ideia é inspirada no acordo de cooperação financeira dos países asiáticos e nos acordos negociados pelo Banco Central norte-americano durante a crise de 2008. “Os Brics estão fortalecendo sua estrutura financeira. Esse fundo é algo importante para a confiança. Vamos criar uma solidariedade financeira entre nós, portanto, seremos ainda mais seguros e mais fortes do que já somos”, afirmou.
A reunião contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff, que também aproveitou sua estadia no México para realizar, antes do início da Cúpula, reuniões bilaterais com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, com o presidente do Conselho de Ministros da Itália, Mario Monti, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Informações da Agência Brasil e da Carta Maior
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