quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Contraponto 9161 - "Joaquim Barbosa o Torquemada do Supremo"





Autor:

Joaquim Barbosa, relator do mensalão:

“Não sou de dar satisfações, até porque acho que o Supremo não tem de dar satisfação alguma. Mas esse processo foi feito com total transparência. Os atos que pratiquei nesse processo poderia classificar até de muito generosos”.

Levará tempo para que o Supremo apague da memória geral a imagem dele próprio, projetada pelo anjo vingador, Joaquim Barbosa. Tenho para mim que a história registrará sua participação como o Torquemada, o condenador implacável, o justiceiro sem nenhuma sensibilidade para com pessoas que estavam sendo julgadas. O homem que aboletou-se no cargo e, a partir daí, passou a valer-se dele como revanche da vida. Um vingador a quem o sofrimento, as humilhações pelas quais passou no início de vida, tornaram-no mesquinho, ao invés de um vencedor generoso.

Não me refiro à condenação de Katia Rabello e outros dirigentes do Banco Rural, justamente condenados com base em sua participação objetiva nas tramoias. Mas na maneira como Barbosa quis a todo custo executar a vice-presidente Ayanna Tenório

Ela foi absolvida por 9 votos a 1 por uma corte implacável. Nove Ministros, dos quais 7 com propensão a condenar, que nada viram que pudesse comprometer a executiva. O único voto pela condenação foi de Joaquim Barbosa.

A sanha de afirmação política do STF e do Procurador Geral da República, até então, não tinha poupado ninguém. Colocaram quase 40 pessoas no mesmo pacote e passaram a se lixar para as culpas objetivas de cada um. Em uma guerra por espaço político, entre o STF, a PGR e o PT, sobraram balas perdidas, matando quem estivesse no caminho, mesmo que não fizesse parte da disputa.

Ayanna foi o primeiro sinal de que não haveria execução sumário de todos os envolvidos pela sanha do Procurador Geral. Não foi outro o motivo que levou meu colega Jânio de Freitas a escrever, em sua coluna de hoje, que finalmente o STF tinha descoberto que existiam pessoas, seres humanos sendo julgados.

Dentre todos, nenhum magistrado foi tão insensível quanto Joaquim Barbosa. Arrogante até a medula, atropelando princípios de direitos individuais, chegou a interromper colegas que defendiam a inocência da executiva, para alardear que ela estava recorrendo a malandragens para se safar.

Um paradoxo: o grande homem, enquanto lutava para vencer preconceitos e dificuldades produzidas pela vida; uma figura mesquinha, quando chegou ao topo.

Marco Aurélio Mello, ministro do STF:

“Antes ter um culpado solto do que um inocente preso".


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PITACO DO ContrapontoPIG

Tem razão o Nassif. Joaquim Barbosa tem se mostrado muito mais um promotor raivoso, insensível e vaidoso do que se espera de um magistrado do STF. Boçalidade não tem cor.

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Um comentário :

  1. Joaquim Barbosa é um triste surpresa para nós brasileiros. Sua frieza e até euforia em condenar os acusado do "mensalão" do PT é surpreendente.A continuar esse rancor contra os pre julgados e condenados pelo PIG, supõe-se até que poderia em determinada circunstâncias levá-lo a encomendar o coração e o fígado de João Paulo Cunha e José Dirceu, como o fazia um certo ditador de Uganda com os considerados seus inimigos.

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