quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Contraponto 15.042 - "Sem emoção não há transformação"

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 15/10/2014

Sem emoção não há transformação


Tijolaço - 15 de outubro de 2014 | 01:08 Autor: Fernando Brito


debate


Fernando Brito 

Uma análise – se é que isso é possível – “técnica e fria” do debate, segundo muitas pessoas que ouvi, pode ter sido favorável a Dilma.

Como eu sou um brizolista eterno, não sou técnico e frio. Certamente não serviria como “marqueteiro”.

Porque um debate entre uma representante do Brasil que veio depois de Lula e um pupilo de terceira categoria do governo Fernando Henrique Cardoso não poderia ter um resultado diferente de um massacre.

Porque é um confronto entre uma causa e um “sem causa”.

O convencionalismo, os dados , os números, isso é o que Aécio gosta.

Porque ele mente com a maior caradura e não haverá, na imprensa, alguém que o revele.

Não quero dizer que tenha sido ruim para  Dilma, ate porque não foi, tamanha é a fraqueza de Aécio.
Mas falta à sua equipe de comunicação mostrar-lhe que ela é mais que uma candidata a gerente eficiente do Brasil – e nem há comparação entre ambos em capacidade de gestão, porque Aécio é nulo nisso, tanto que “tercerizou” a Anastasia seus governos em Minas Gerais.

Dilma tem de aceitar que ela é, mais do que a profissional de administração pública eficiente e honrada que é, a portadora de uma bandeira.

Os marqueteiros não são capazes de ver quanto isso é grande.

Porque ter um país é o maior benefício que cada um de nós pode ter.

Como é, afinal, que os americanos são o que são, se não for pelo papel de liderança e de progresso que sempre foi o maior de seus valores?

Dilma foi bem, pelos moldes convencionais.

Mas não sou um “convencional” e a transformação do Brasil não o é.

Tanto que foi um nordestino,  operário, sem muitas letras, que iniciou a maior transformação que este país já viveu.

Torço para que a vitória “convencional” de Dilma no debate que a maioria enxerga, seja o suficiente.
Mas não é o que sinto e devo ser honesto com quem me lê, embora isso não me tire – nem deva tirar aos leitores – uma grama sequer na disposição de combater.

Eu sou partidário de que um candidato do campo popular tem de exalar orgulho.

De que tem de apontar as carências do Brasil como o resultado de 500 anos de domínio das elites, que só a muito custo tem sido revertido.

Acho que Dilma tem muito mais a dar, se sair do papel institucional de Presidenta e for o que ela é, uma mulher que dedicou a vida a tirar o Brasil da opressão e da injustiça que os cem Aécios presidentes nos legaram.

Talvez eu esteja errado, porque seja brizolista demais.

Daqueles que se preocupam menos em vencer do que em dizer verdades.

Ainda assim, que tenhamos nos aproximado mais da vitória eleitoral.

Porque, da vitória política, estaremos longe enquanto o Brasil e o povo brasileiro não forem uma causa que nos mobilizem, além do raciocínio, também o coração e a alma.

Tão linda, tão bonita, tão generosa que transforma em desprezivelmente medíocres todos aqueles que tentam barrá-la.

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