Palavra
Livre 13/03/2015
Os
miamiplayboys sem causa ou de causa reacionária, iguaizinhos aos coxinhas
udenistas e lacerdistas de classe média dos idos de 1964, usam o tema da
corrupção para afrontar a inteligência alheia, pois o propósito é manipular os
fatos e as realidades que ora acontecem na política brasileira, bem como dissimular
a verdade que está por trás de seus interesses, que é pura e simplesmente dar
um golpe institucional na presidenta trabalhista, Dilma Rousseff, recém-eleita
para governar o Brasil por mais quatro anos.
É
sempre assim que procede a pequena burguesia, massa de manobra da grande
burguesia, que terceiriza seu ódio a esses patetas ideológicos despolitizados,
que não têm um mínimo de compreensão sobre a história do Brasil, além de não
saberem o que realmente está em jogo, quando a direita brasileira, recentemente
derrotada nas urnas, não reconhece a vitória legítima da candidata do PT e
passa a apostar em golpes e, portanto, no rompimento institucional, a rasgar a
Constituição e a mandar para o espaço o estado de direito.
A
verdade é que os miamiplayboys desse Brasil varonil não se preocupam realmente
com a corrupção e “tudo o que está aí”, como indica o bordão dos que preferem,
quando sem respostas no que concerne ao contraditório relativo às suas ideias e
atitudes, defenderem-se ou simplesmente debochar ou desprezar por meio da
onomatopeia “mimimi”, que, sem dúvida, demonstra a pouca capacidade cognitiva
desses coxinhas udenistas, além da baixa tolerância que esse grupo social
possui quando se depara com pensamentos e conceitos antagônicos aos seus.
O
que se percebe de fato é que os miamiplayboys sem causa e reacionários por
natureza estão revoltados mesmo é com a ascensão social de enorme camada da
população, que, antes dos governos petistas, tinham apenas o direito de se locomoverem
para seus bairros de classe média e média alta para servirem apenas como
empregados, mas nunca como cidadãos com direitos e deveres plenos, bem como
terem acesso ao consumo, o que, sem sombra de dúvida, realidade esta que deixa
a pequena burguesia extremamente revoltada, rancorosa, inconformada e até
violenta.
Afinal,
esses segmentos são reacionários, ideologicamente conservadores e socialmente preconceituosos.
Não se combate esses sentimentos macabros, pérfidos e infames em apenas 12 anos
de governos trabalhistas. A sociedade brasileira é herdeira de uma escravidão
de quase quatro séculos e, evidentemente, que amplos setores da sociedade, os
que sempre estiveram por cima da carne seca, jamais vão permitir tamanha
“ousadia” e “atrevimento”.
Por
isso, os miamiplayboys jamais concordarão que seus empregados domésticos, os
operários de obras, os eletricistas, marceneiros, vidraceiros e bombeiros
hidráulicos de empresas ou autônomos, além dos que trabalham como servidores do
estado, a exemplo dos garis, que sempre os serviram de forma invisível, de
repente terem acesso aos paraísos de consumo e de desenvolvimento humano,
retratados em seus bairros aprazíveis e seguros, shoppings, restaurantes,
praias, aeroportos, clínicas médicas, clubes, supermercados, cabeleireiros,
escolas e universidades públicas.
De
forma alguma. Para certos grupos de coxinhas miamiplayboys é preferível morrer
de que ter que compartilhar, não somente “seus” pretensos espaços, mas,
sobretudo, verificar que grupos sociais historicamente abaixo de suas condições
sociais cheguem perto do status quo conquistado por seus pais e antepassados.
Este
sentimento de rejeição recrudesce ainda mais quando certos inquilinos da classe
média e alta são emergentes, o que os leva a ficar furiosos, porque acreditam
que suas “vitórias”, no que tange à ascensão social, foram conquistadas por
eles próprios, sem quaisquer ajuda do estado e de quem quer que seja, apesar de
terem empregados a fazer crescer seus negócios, e, em um momento ou outro de
suas trajetórias, terem, certamente, sido beneficiados com empréstimos e
financiamentos de bancos estatais, bem como pela melhoria da desburocratização,
que, inclusive, legalizou milhares de empresas de portes pequenos e médios,
como se verifica nos últimos 12 anos.
Os
protestos de parte da população conservadora e que surfa no campo ideológico da
direita são politicamente estéreis, porque se visam o impedimento de uma presidenta
legalmente e constitucionalmente eleita pela maioria da população, tornam-se
sem fundamento a partir da hora que a Presidenta Dilma Rousseff nunca teve seu
nome, nem de longe, envolvido em quaisquer ilegalidades ou malfeitos, bem como
sua conduta moral, no decorrer de toda sua vida política e pessoal, nunca deu
margem a desconfianças e a acusações referentes à corrupção ou a qualquer crime
de responsabilidade.
A
crise do Brasil se chama imprensa. As mídias cruzadas dos magnatas bilionários
são a crise, e não reconhecem os avanços sociais, políticos e econômicos que
ocorreram neste País nos governos trabalhistas de Lula e Dilma. E quem são os replicadores das “crises”
midiáticas e sistemáticas, pois consumidores vorazes de notícias corriqueiramente
manipuladas e distorcidas? Respondo: os coxinhas udenistas de classe média — os
miamiplayboys do Brasil —, que odeiam seu País, porque não conhecem suas
realidades, povo, regiões, culturas e história. Em contrapartida, adoram os
Estados Unidos, a demonstrar, sem quaisquer constrangimentos, seus complexos de
vira-latas e seus pensamentos completamente colonizados.
Apesar
de suas vidas terem melhorado e a ascensão social dos mais pobres não
influenciar em suas vidas individualistas que propagam a tal de “meritocracia”,
os coxinhas neoliberais acreditam que o Brasil acabou tal qual ao Armagedom bíblico.
Puro embuste e talvez equívoco, porque é difícil acreditar que essa gente pense
que o País está em situação de calamidade administrativa, econômica, financeira
e totalmente entregue à iniquidade e à corrupção.
Seria
muita burrice ou má-fé. Talvez as duas opções juntas, porque o que se vê, de
fato, é a Petrobras cada vez mais forte, pois, com efeito, a brasileiríssima
estatal está a ser depurada e os corruptos e corruptores a serem punidos no
Governo de Dilma Rousseff, onde atua uma Polícia Federal livre para agir e
subordinada ao Ministério da Justiça.
Não
vai ser de bom alvitre se os miamiplayboys rebeldes sem causa não perceberem
que, a despeito do reacionarismo natural de quem tem alma udenista, O Governo
Trabalhista é forte, não está sitiado, como propagam o tucano derrotado e
golpista, senador Aécio Neves e seus prepostos, que até hoje estão
inconformados com a quarta derrota para o PT e querem tirar na marra uma
mandatária que manda investigar crimes contra o patrimônio público e não passa
a mão na cabeça de quem cometeu malfeitos.
A
imprensa de negócios privados e seus abutres podem voar atrás de carniça ou
cacarejar sem parar e a fomentar o golpe, porque não conseguirão mais uma vez
trair o povo brasileiro, como em 1964. Podem os políticos do PSDB, do DEM e do
PPS apostarem na destituição de Dilma Rousseff, mas não passarão. Pode a
esquerda de pensamento radical e simplório, que não percebe que faz o jogo da direita, a
exemplo do PSOL, ficar histérica, mas não vai conseguir derrubar o Governo
Trabalhista.
Enfim,
pode o presidente da Força Sindical, o Paulinho da Força, juntar-se ao que tem
de pior na política do País, que são os segmentos reacionários que desejam a
volta do atraso e do retrocesso. Uma vergonha este homem, porque representa
parcela importante dos trabalhadores. E podem os lorpas e pascácios acreditarem
que a marcha dos miamiplayboys despolitizados vai fomentar o impeachment de
Dilma Rousseff.
Evidentemente
que não. É como se o Brasil, a sétima economia do mundo, integrante importante
e fundador dos Brics, do Mercosul, da Unasul e do G-20, além de ter uma
democracia consolidada, fosse ficar de joelhos e permitir que aventureiros, em
nome de seus interesses privados e escusos, tomassem para si a Presidência da
República por intermédio de um golpe, ou seja, de crimes. O Governo de Dilma
Rousseff tem a força das urnas e a compreensão dos outros poderes da República
de que a legalidade constitucional é o que norteia a Nação. Miamiplayboy
protestar pode. Dar golpe, não. É isso aí.
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