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26/03/2015
Até os bispos apelam a Gilmar pelo fim das doações privadas
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), junto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pediu nesta
quarta-feira 25 a retomada do julgamento sobre a proibição de doações de
empresas privadas para campanhas políticas, travado há quase um ano por
um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes; os representantes das
entidades reuniram-se com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski;
"Estamos vendo a realidade nua e crua da influência do financiamento das
empresas. Estamos todo dia no noticiário e gostaríamos de ver resolvida
essa questão. Creio que Supremo poderá nos dar luz e ajudar a
sociedade", disse o secretário-geral da CNBB, Leonardo Steiner
Por André Richter, da Agência Brasil
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) pediram nesta quarta-feira 25 a retomada do
julgamento sobre a proibição de doações de empresas privadas para
campanhas políticas. Os representantes das entidades reuniram-se com o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O julgamento foi interrompido em abril do ano passado, por um pedido
de vista do ministro Gilmar Mendes, quando o placar estava seis votos a
um pelo fim de doações de empresas para candidatos e partidos políticos.
Após a reunião, Lewandowski enviou o pedido das entidades para Mendes.
Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos
Vinícius Furtado Coêlho, o atual sistema político, com a prevalência do
poder econômico, não pode continuar.
"Entendemos que é importante para o Brasil uma definição da matéria
para que possamos todos ter, após essa definição, adoção dos caminhos
necessários ao Brasil, disse. Para ele, é preciso "construir consensos e
aprovar reforma política que melhore o sistema político", disse.
O secretário-geral da CNBB, Leonardo Steiner, disse que as entidades
fariam uma vigília, ontem à noite, em frente ao Supremo. Segundo ele,
seriam acesas 365 velas para lembrar um ano do pedido de vista do
ministro Gilmar Mendes.
"Estamos vendo a realidade nua e crua da influência do financiamento
das empresas. Estamos todo dia no noticiário e gostaríamos de ver
resolvida essa questão. Creio que Supremo poderá nos dar luz e ajudar a
sociedade", disse Steiner.
Participaram do encontro representantes do Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral (MCCE), da União Nacional dos Estudantes (UNE),
entre outras entidades.
Na semana passada, os deputados federais Jorge Solla (PT-BA) e
Henrique Fontana (PT-RS) entraram com uma representação contra Gilmar
Mendes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os parlamentares alegam
que Mendes deve responder a processo administrativo pela demora na
conclusão do voto.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Como pode um único membro do STF, de forma cínica e abjeta, travar a votação de tema tão importante para todo o País?
Alguém pode explicar. Justificar, nunca.
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