Palavra
Livre 15/02/2015
Por Davis Sena Filho
O
juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, é um brasileiro que “faz a diferença”,
como pretendem fazer crer as Organizações(?) Globo, useira e vezeira em premiar
aqueles sujeitos que, de preferência, fazem oposição ao Partido dos Trabalhadores
e investigam, prendem e punem somente autoridades ou pessoas ligadas ao PT,
porque tal partido venceu quatro eleições presidenciais consecutivas, realiza
administrações republicanas e faz um governo de inclusão social, com o enfoque
para a igualdade de oportunidades, realidades essas que deixam por demais
furibundas as oligarquias brasileiras, que se mostram presentes nos setores
públicos e privados.
A
verdade é que com a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari, Moro fere
gravemente o Governo Trabalhista, que desde a vitória eleitoral de Dilma
Rousseff, em outubro de 2014, não teve um dia sequer de sossego para poder
trabalhar a favor do desenvolvimento do País e da emancipação do povo
brasileiro. Essa gente conservadora e reacionária, encastelada no Judiciário,
no Ministério Público, nos partidos políticos de direita, na Polícia Federal
dos delegados aecistas, na comunidade coxinha e, principalmente, nos meios de
comunicação privados pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa, tem
apenas dois itens em sua agenda política: o golpe de estado e o impeachment de
Dilma Rousseff.
Fascistas
de carteirinha como o senador do DEM, Ronaldo Caiado, e playboys oportunistas,
inconformados e furiosos com a derrota, a exemplo do senador Aécio Neves
(PSDB), apostam todas suas fichas nesses dois processos draconianos, antidemocráticos
e ilegais. Ilegais, sim, porque a presidenta Dilma não incorreu em malfeitos,
não cometeu quaisquer corrupções e sua campanha eleitoral foi comprovadamente
considerada legal, como apontam as resoluções quanto a isto do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
O
presidente do PT, Rui Falcão, pronunciou-se sobre a prisão de Vaccari e
garantiu que os advogados da legenda vão recorrer contra a prisão. O
fato é que
se percebe nitidamente que a prisão do tesoureiro tem por finalidade
criminalizar as doações ao PT, já que o PSDB, o PSB e o PMDB também
receberam
dinheiro para financiar suas campanhas de empresas que estão a ser
investigadas
pelo Operação Lava Jato.
Por sua
vez, torna-se inacreditável e até mesmo surreal a seletividade do juiz Moro, de
promotores e de setores da PF, que até agora não prenderam ninguém do lado
tucano e de outros partidos, porque no Brasil certos grupos são inimputáveis, o
que reafirma que o status quo é blindado, ainda mais quando ele é o
representante legítimo dos interesses da burguesia nacional e dos conglomerados
econômicos internacionais.
É o
fim da picada a seletividade de juízes, como o Sérgio Moro, e de procuradores,
como Rodrigo de Grandis e Deltan Dellagnol, o primeiro “esqueceu” o pedido de
investigação do MP da Suíça sobre a roubalheira acontecida no metrô e nos trens
de São Paulo, e o segundo posa de herói, juntamente com seus colegas de
Operação Lava Jato, e sai em foto de capa do diário conservador, Folha de S.
Paulo, ferrenho opositor ao PT e à Dilma. O jornal da família Frias jamais
aceitou o resultado das urnas, ou seja, a derrota de Aécio Neves.
Ao
fazer a vez da oposição partidária, a imprensa de mercado recrudesceu a
espetacularização nada republicana de servidores públicos da Procuradoria da
República, propositalmente promovida por uma mídia golpista, que sabe o que faz
com seu canto de sereia, que embriaga procuradores atraídos pelas luzes da
ribalta. A prisão de João Vaccari significa a criminalização do PT, que
apresentou ao TSE as doações recebidas, tanto quanto se beneficiaram os
partidos da oposição, que, entretanto, não são denunciados, investigados,
punidos e muito menos saem nas manchetes e chamadas dos jornais, rádios e
televisões dos oligarcas das comunicações.
Vaccari
foi à CPI da Petrobras e apresentou documentos e dados que comprovam que as
doações recebidas pelo PT são legais. Para não deixar dúvidas, ainda informou,
volto a comentar, que o PMDB, o PSB e o PSDB também receberam dinheiro e nem
por isso são investigados pelos seletivos, juiz Moro, procurador Dellagnol e
delegados aecistas. E por quê? Porque fazem política, aliaram-se à imprensa corporativa,
aos partidos de direita e de oposição e querem, de uma forma ou de outra, que o
PT saia do poder, afinal existem movimentos golpistas, que desejam a extinção
do PT e a destituição de Dilma Rousseff da Presidência da República. Seria
cômico ou surreal se não fosse trágico.
O
que quer esse Juiz nada confiável, pois político, e esses promotores que pensam
ser os “Intocáveis” de Hollywood? O que se pode esperar de juízes, imprensa dos
magnatas e de promotores partidários, ideologicamente conservadores e que lutam
desesperadamente e incansavelmente para manter o status quo, a defender esse
sistema de capitais injusto e perverso e a tentar preservar os privilégios das
classes sociais abastadas.
Tratamos,
sem dúvida, de um embate político duríssimo e tão violento e insensato quanto
os ocorridos nos idos de 1954 e 1955, 1961 e 1964. As questões desses fatos e
acontecimento não se resumem em prisões e punições, porque sou plenamente
favorável às prisões de ladrões do dinheiro público, sejam eles membros do PT,
do PSDB, do funcionalismo público, do empresariado, seja de onde for e vier. O
que está em jogo, porém, não é simplesmente prender ou não prender, porque a
reação quer apagar o fogo com gasolina e apostar no quanto pior, melhor.
O
que está em jogo é a estabilidade democrática, a Constituição, o equilíbrio
entre os poderes e a submissão aos resultados das urnas, quando Dilma Rousseff,
do PT, recebeu do povo brasileiro mais de 54 milhões de votos e derrotou pela
quarta vez o candidato da direita, das oligarquias e dos interesses
internacionais, desta vez na pessoa de Aécio Neves. O resultado disse tudo é
que ficam no ar muitas dúvidas quanto à lisura e o republicanismo da Justiça.
Muita gente fica com a impressão que o PSDB e seus aliados não recebem doações,
não tem caixa dois e muito menos tesoureiros responsáveis pelas contas dos
partidos.
Os
tucanos falam muito de corrupção. O DEM também. A imprensa familiar e
empresarial está histérica com o assunto sobre corrupção. São todos contra a
corrupção. No entanto, os magnatas bilionários de imprensa e seus empregados de
confiança se dizem a favor do financiamento privado para as campanhas
eleitorais. Os partidos de direita também, sendo que muitas dessas pessoas ou
grupos não querem nem saber de efetivar uma reforma política. São cínicos e
hipócritas, porque não são sinceros. Como pode você se dizer contra a
corrupção, mas quer o financiamento privado de campanhas eleitorais, o maior
responsável, inegavelmente, pela corrupção entre empresas privadas e o poder
público.
A
crise política está a vicejar, a recrudescer e longe de seu fim porque não
interessa à direita que ela acabe, pois a intenção é engessar o governo e não
deixar a presidenta Dilma governar. O negócio é infernizar, mesmo ao preço de
prejudicar a economia do País e a paz social. Combate-se, sem trégua, um
governo de caráter popular e que está a prender, pela primeira vez neste País,
ricos empresários e executivos. Sem dúvida, é exatamente o Governo Trabalhista
do PT que começou a limpar a sujeira dentro do Estado nacional. Só não vê quem
não quer. Ou é de oposição, aquela que está desesperada, inconformada, irada e
furiosa por estar sem controlar o Governo Federal há mais de 12 anos. O juiz Sérgio
Moro é político e quer criminalizar o PT para derrubar do poder a presidenta
Dilma Rousseff. É isso aí.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista