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29/04/2015
A Petrobras nunca esteve tão no fundo. No fundo do mar, achando petróleo
Tijolaço - 29 de abril de 2015 | 19:57 Autor: Fernando Brito
Fernando Brito
A Petrobras concluiu a perfuração do poço 3-BRSA-1296-SES ,em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe, na concessão BM-SEAL-10, bloco SEAL-M-499.
Com ele, bateu dois recordes brasileiros.
Realizou a perfuração com a maior lâmina d’água do país, num solo marinho localizado três quilômetros (2,99 km, para ser exato) abaixo da superfície do mar.
E a maior extensão total de um poço já perfurada no mar brasileiro: 6060 m, quase cem metros mais profundo que o recorde anterior, no campo de Búzios (antes chamado Franco), com 5973 metros.
É o último poço de extensão do campo de Farfán, a 100 km da costa de Aracaju, onde foi achado petróleo em quantidade e qualidade: tem entre 37 e 40 graus API, o que significa baixo teor de enxofre e, ao lado de outras características, adequação à produção de derivados mais leves (e caros) de petróleo.
Fora do pré-sal, a maior parte do petróleo brasileiro está abaixo de 24 graus API e no pré-sal este índice chega a 31.
Ainda devem passar mais três anos, no mínimo até que comece a produção comercial. Antes é necessário um refinamento das pesquisas sismicas e muitos outros estudos e planos.
Mas, além dos recordes, a área – que exige altos níveis de planejamento, pois é composta vários campos em fase de avaliação – é a maior descoberta fora do horizonte do pré-sal já descoberta, nas últimas décadas, fora da camada pré-sal.
Antes dos novos dados, a expectativa era iniciar a exploração com uma meta de 100 mil barris diários, podendo chegar ao dobro. Mas, agora, o horizonte exploratório pode aumentar de volume.
A Petrobras prova, outra vez, que não é o lixo que a mídia tenta fazer dela, mas uma das mais capazes e avançadas petroleiras do mundo.
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