A cunhada de Vaccari é apontada como responsável por depósitos de
dinheiro de corrupção da OAS em contas bancárias de familiares de
Vaccari. Ela negou as acusações em depoimento à Polícia Federal. Moro
prorrogou sua prisão temporária por mais cinco dias alegando, entre
outros fatos, que ela mentiu. A cunhada do ex-tesoureiro do PT se
entregou à PF na última sexta-feira 17, quando foi presa.
Para Moro, Marice mentiu porque
imagens cedidas pelo banco Itaú
em São Paulo "não deixam qualquer margem para a dúvida" de que foi ela
quem fez depósitos na conta de sua irmã e mulher de Vaccari, Giselda
Rousie de Lima. Giselda contradisse Moro, no entanto, e assumiu ser ela
própria a pessoa das imagens, conforme disse Marice em depoimento. O
vídeo será periciado pela Polícia Federal a pedido de Moro e pode
apontar uma decisão injusta por parte do juiz.
Por outro lado, Moro autorizou que o policial federal afastado Jayme
Alves de Oliveira Filho, outro investigado na Lava Jato, respondesse ao
processo em liberdade. Ele foi o único delator a citar o nome do
ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) como beneficiário
do esquema de corrupção. "Careca", como é conhecido, revelou ter
repassado R$ 1 milhão em propina ao tucano a pedido do doleiro Alberto
Youssef.
Na última segunda-feira 20, a Polícia Federal informou o ministro
Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as investigações
contra Anastasia não puderam avançar por conta do desaparecimento de
"Careca". O depoimento do réu, segundo a PF, é fundamental para se dar
andamento ao caso. Nas redes sociais, o assunto causou polêmica nos
últimos dias, com internautas apontando "blindagem tucana" na Lava Jato e
indicando que toda a investigação pode estar ameaçada se o réu não
aparecer (
leia mais).
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