É elogiável a posição do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, de defender a não aprovação, pelo Senado, do projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que retira a obrigatoriedade de a Petrobras participar do modelo de exploração dos campos de petróleo do pré-sal. Trata-se de um recurso estratégico para o desenvolvimento e o futuro do Brasil e não pode ser queimado à toa, entregue para as petroleiras estrangeiras como se o Brasil fosse meramente uma colônia destinada a fornecer matérias primas para a metrópole.
O Brasil mudou, não podemos mais nos submeter aos interesses externos como um mero apêndice da máquina de produção mundial, sem olhar para o nosso povo a partir da lógica dos interesses nacionais e de nossa soberania.
Como lembrou o ministro, na Comissão de Educação do Senado, o petróleo é um recurso finito, que demorou bilhões de anos para ser feito pela natureza, não deve ser queimado à toa. Portanto, deve ser canalizado para a educação, bem como para a saúde, o que é garantido pelo sistema de partilha. O projeto de Serra é um retrocesso, pois retira a obrigatoriedade de que a Petrobras seja a única operadora e tenha participação mínima de 30% na exploração dos campos do pré-sal.
MULTINACIONAIS - O tucano quer impulsionar a exploração do pré-sal beneficiando empresas estrangeiras de petróleo, como o PSDB fez em 1997, ao quebrar o monopólio da Petrobrás. Foi quando abriram-se às petroleiras multinacionais nossas jazidas, por um sistema de concessão que só as beneficiava. Ora, o pré-sal tem jazidas comprovadas, não há mais risco de se furar um poço e não encontrar petróleo. Instituir a concessão para a área é um negócio de pai para filho. Mas o povo brasileiro é que perderia, pois mudar o regime de partilha para o de concessão retiraria recursos da educação, do Fundo Social e da saúde, áreas para as quais vão a maior parte dos royalties da exploração desses novos campos.
Estima-se que, com a mudança, apenas do campo de Libras - o primeiro a ser explorado sob as regras do regime de partilha - deixariam de ser arrecadados R$ 100 bilhões para o Fundo Social e R$ 50 bilhões para educação e saúde. Como lembrou Janine Ribeiro, seria temerário mudar as regras agora, ainda mais considerando que haveria subtração de recursos da educação. É preciso observar que foi o próprio Congresso que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Ao Congresso, portanto, cabe a responsabilidade de pavimentar as condições para que o PNE se torne realidade. O projeto de Serra solapa o PNE.
Afora a questão dos recursos da educação, há outros pontos. Um dos problemas é a redução do conteúdo nacional, uma das principais avanços conseguidos com os governos Lula e Dilma. Nós deixamos de produzir empregos no exterior, ao valorizarmos nossas indústrias e nossos trabalhadores. Era assim que funcionava até 2002, com o PSDB, que privilegiava importações na área de petróleo,gerando empregos fora do Brasil. Empresas estrangeiras, naturalmente, querem descumprir as regras de conteúdo nacional, com pedidos de waiver, para que possam importar equipamentos de seus países de origem. Perdem, portanto, os trabalhadores brasileiros. Outra consequência é o aumento da exportação de petróleo bruto, pois operadoras estrangeiras não têm compromisso com o parque nacional de refino, preferindo suas unidades de refino no exterior.
Já que a oposição fala tanto dos Estados Unidos, como se fosse representante dos interesses norte-americanos no Brasil, é preciso lembrar que naquele país a exportação de petróleo bruto é proibida, para estimular a industrialização do país.
As jazidas do pré-sal têm valor calculado entre US$ 8,3 trilhões e US$ 20 trilhões. É uma riqueza que pertence a todo o povo brasileiro, se gerida sob o regime de partilha. Garantirá, nas próximas décadas, pelo menos R$ 1,3 trilhão para as áreas de educação e saúde, graças à nova legislação sancionada pela presidenta Dilma em 2013. Esses recursos irão para todas as prefeituras do País, vão impulsionar nosso desenvolvimento econômico e social, garantir nosso futuro.
CAPACIDADE TECNOLÓGICA - A Petrobrás não pode ser atacada com base em denúncias que estão sendo apuradas, para que os responsáveis por desvios de recursos sejam punidos, conforme determina a lei. A empresa vem implementando um novo sistema de governança, dá a volta por cima e não pode ser colocada em dúvida sua alta capacidade tecnológica. Com os investimentos já realizados e os que estão em curso, a Petrobras estará produzindo 5,2 milhões de barris em 2020, o que tornará o Brasil autossuficiente e um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.
O pré-sal, sob o regime de partilha, é o passaporte para o Brasil resolver suas históricas mazelas sociais. É uma oportunidade única que temos de impulsionar nosso desenvolvimento econômico e social e garantirmos ao Brasil um lugar especial no concerto das nações. Para evitar que interesses privados se imponham aos interesses da maioria da população brasileira, a Petrobras deve liderar a produção do pré- sal na condição de operadora única. A estatal é uma empresa símbolo da nacionalidade e de nossa capacidade de realização. Impedir a mudança do regime de partilha é obrigação de todos os brasileiros atentos aos interesses nacionais e do povo brasileiro.
Sibá Machado Deputado Federal PT/Acre .Lider do PT na Camara/Acre
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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