O movimento foi iniciado na semana passada, com um texto de André Petry (leia
aqui),
e concluído neste fim de semana com uma coluna de seu principal
articulista: o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, que era chamado por
Roberto Civita de "príncipe do colunismo brasileiro".
O texto de Pompeu, intitulado
"Razões contra o impeachment", não permite dupla interpretação.
Publicado na última página de Veja, é um recado direto e claro para
todos aqueles que ainda contam com a publicação para tentar apear do
poder uma presidente democraticamente eleita.
No artigo, Pompeu elenca sete razões
para apoiar a permanência de Dilma até 2018, ou seja, o último ano de
seu mandato. A elas, nas palavras do jornalista:
1) "Convém não sacudir demais o barco Brasil" – ele argumenta que o impeachment faria mal à democracia brasileira.
2) "Não há vislumbre de composição
política capaz de propiciar sucessão razoavelmente suave, como a formada
em torno de Itamar Franco quando Collor foi deposto" – Pompeu descobriu
que, sem unidade na oposição, não se faz golpe.
3) "O PT desponta como o único
beneficiário possível, a esta altura, da queda de Dilma" – Com Dilma
vitimizada, Lula pavimentaria seu caminho de volta ao poder.
4) "A herança de Dilma será pesada demais" – Para Pompeu, os tucanos não fariam a economia voltar a crescer rapidamente.
5) "Impeachment à moda de Cunha é
mais do que o país pode suportar" – Um golpe, diz ele, não pode ser
decidido como vingança de políticos envolvidos na Lava Jato. Ou seja:
além de Aécio, Cunha também foi abandonado na beira da estrada
.
6) "Presidentes não podem ser
afastados porque são ruins, ou porque não se gosta deles" – Veja
reconhece que não há nenhuma acusação consistente contra a presidente
Dilma Rousseff.
7) "O pós-impeachment arrisca ser
ainda mais tumultuado que o momento atual" – Pompeu sinaliza que o atual
clima de radicalização do País precisa chegar ao fim.
Muitos leitores se sentirão traídos
por Veja, mas o fato inconteste é que a família Civita não moverá mais
uma única palha pela queda da presidente Dilma Rousseff.
O golpe acabou. Se já não tinha sustentação jurídica, agora não tem mais apoio midiático.
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PITACO DO ContrapontoPIG
A saída de Dilma poderia gerar uma convulsão social de proporções imprevisíveis. Uma guerra civil não estaria totalmente fora de cogitação.
A veja também tem medo.
E quem tem Cu nha também tem medo.
E a Veja tem toda razão em ter medo da volta muito provável de Lula 2018.
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