26/02/2016
Investigação na Gerdau é terreno minado para Aécio, FHC e tucanos
Por Fernando Brito
Dou um doce se não acabar em dias a ideia de que a Operação Zelotes possa ser uma “Lava Jato 2- A sonegação“.
Mesmo com a “boca-torta” da imprensa, hoje, insinuando-quase-afirmando ligações entre Jorge Gerdau Johannpeter e o Governo Dilma.
Verdade, mas verdade também que Gerdau tem ligações – e bem mais fortes e antigas – com o PSDB e não teve nenhum problema em comparecer a eventos promovidos para apoiar Aécio Neves em 2014, além de abrir as burras ao candidato tucano, como aliás é sua tradição há décadas.
Não é a primeira vez que fazem isso e o Tijolaço já desmontou a armação provando que Aécio recebeu exatamente o mesmo que a campanha de Dilma ( R$ 5 milhões) e Eduardo Campos/Marina Silva apenas um pouco menos (R$ 4 milhões).
O “Dr. Jorge”, como é reverencialmente chamado pelos políticos, irriga praticamente todos os partidos. Era seu direito, quando as doações privadas eram permitidas.
Mas tem suas preferências pessoais, assim como as tinham e não esconderam Marcelo Odebrecht e André Esteves.
E esta preferência era claríssima, manifestada em encontros de empresários peso-pesado em favor de Aécio Neves e Geraldo Alckmin, sob a “presidência” de Fernando Brasif Cardoso e tendo como animador João Dória Júnior, o candidato do Celebridade, seu cabo eleitoral remunerado para ensinar-lhe onde fica Guaianazes.
Idem no fato de ser co-fundador (e financiador) do Instituto FHC e do Millenium.
É, portanto, manobra de altíssimo risco mexer com o “Doutor Jorge”.
Como ex-praticante de hipismo – como seu filho, André, medalhista olímpico neste esporte e ontem levado a depor na PF – sabe bem o que usar quando a montaria não lhe é dócil às rédeas.
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