segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Nº 18.876 - "Não passarão"


Não passarão




: <p>05/11/2015 - O ex- Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da 5º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula</p>
O alvo sempre foi Lula.

Leandro Fortes

Leandro FortesÉ um trabalho interno das velhas estruturas da burguesia brasileira que se congelaram, como um vírus, depois do fim da ditadura militar.

Foi preciso mais de uma década para a construção de uma narrativa de ódio herdada do anticomunismo mais rasteiro adaptada, primeiro, ao antipetismo e, finalmente, à figura de Lula.

Lula foi o mais importante presidente brasileiro de todos os tempos, por várias razões, e os números de seus governos são, no todo, o detalhe menos relevante.

A construção da narrativa de ódio, feita pela mídia e por uma geração de jornalistas adestrados em cursinhos de trainee, foi consolidada em cima de conceitos bizarros e raciocínios absurdos.

Fruto de uma seleta alcateia de monstrinhos treinados nas redações para superar nos métodos e nos desejos os mestres que lhe sobraram, os chapas-brancas da Casa Grande premiados, dia e noite, por sua servil mediocridade.

Nessa sopa de ressentimento, veneno e ódios diversos está a base de convencimento do juiz Sérgio Moro, por mais degradante que esse quadro se apresente sob a ótica da racionalidade de qualquer ordenamento moral.

O alvo sempre foi Lula.

Mas aqueles que pretendem se lançar na aventura de prendê-lo não têm a menor ideia do monstro popular que estão prestes a despertar.

Caso isso aconteça, Moro irá reduzir nossa história ao que éramos antes de Lula: uma nação irrelevante, miserável e permanentemente de joelhos.

Como sempre foi a vontade da Casa Grande e de seus vassalos de plantão.

O alvo sempre foi Lula.

E todos nós.

Leandro Fortes. Jornalista
 .

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