Fui surpreendido, na manhã de hoje (1º/04), com a
notícia de que a Policia Federal havia comparecido à minha casa, em São
Paulo, com um mandado de condução coercitiva e outro de busca e
apreensão.
Tinha viajado a Brasília para participar de atividades da Jornada
Nacional pela Democracia, que ontem (31/03) reuniu duzentas mil pessoas
apenas na capital do país.
Atendendo a orientação dos próprios agentes federais, compareci à
sede brasiliense da instituição. Meu depoimento foi tomado durante cerca
de uma hora, em clima cordial e respeitoso.
Minhas declarações sobre a investigação em curso, no entanto,
poderiam ter sido tomadas através de intimação regular, com data e
horário determinados pelas autoridades. O fato é que jamais tinha
recebido qualquer convocação prévia para depor.
Aliás, assim foi procedido com demais depoentes do inquérito que
envolve meu nome: nenhum deles tinha sido levado a depor sob vara, até
esta sexta-feira, respeitando norma legal que estabelece coerção somente
para quem foge de comparecer a atos judiciais ou oferece risco à ordem
pública.
Só posso reagir com indignação ao regime de exceção que o juiz Sérgio
Moro resolveu estabelecer para alguns dos intimados da chamada Operação
Carbono 14.
Infelizmente não é novidade. O atropelo de garantias constitucionais é
a prática predominante do magistrado Sérgio Moro e de procuradores que
atuam em sua corte.
Desde a condução coercitiva do ex-presidente Lula, tem ficado mais
claro aos brasileiros que a Lava Jato faz da intimidação, do espetáculo e
do arbítrio suas principais ferramentas de intervenção.
Sob a bandeira de combate à corrupção, trata-se de investigação
seletiva e contaminada, cujo objetivo derradeiro é a derrocada do
governo da presidente Dilma Rousseff, a interdição do ex-presidente Lula
e a criminalização do Partido dos Trabalhadores.
Depois das multitudinárias concentrações de ontem e da revogação de
decisões arbitrárias do juiz Moro pelo Supremo Tribunal Federal, era de
se esperar que a República de Curitiba revidasse. Seu papel principal,
afinal, é fabricar fatos que alimentem os meios de comunicação alinhados
à oposição de direita.
Sou apenas mais um dos alvos deste tornado antidemocrático.
Não foi apresentada, durante o interrogatório, qualquer prova ou
indício de meu eventual envolvimento no caso investigado, de suposto
empréstimo ao empresário Ronan Maria Pinto.
A falta de solidez na inquirição também se revela, por exemplo, pelas
perguntas que diziam respeito às atividades de antiga editora da minha
propriedade, fechada há quase vinte anos, com indagações até sobre o
tipo de livros que publicávamos, e à doação eleitoral de dois mil reais
que fiz, em 2006, a Renato Cinco, então candidato a deputado estadual
pelo PSOL do Rio de Janeiro.
O que importava, afinal, era a criação de fato político que
realimentasse tanto a Operação Lava Jato quanto a ofensiva por um golpe
parlamentar contra a presidente da República.
Apesar de ultrajado em meus direitos de cidadão, continuarei à
disposição da Justiça e confiante que, mais cedo ou mais tarde,
retornaremos à plena vigência do Estado de Direito.
Mas minha situação pessoal é de pouca relevância. Como jornalista e
militante das causas populares, tenho a obrigação de denunciar o
esculacho ao qual nossa Constituição e nossas leis têm sido submetidas.
Também é meu dever, ao lado de milhares e milhares de outros
lutadores, continuar nas ruas contra a escalada golpista da qual faz
parte a Operação Lava Jato.
Estou orientando meus advogados a entrarem com uma ação no Conselho
Nacional de Justiça contra o juiz Sergio Moro, pela ilegalidade de minha
condução coercitiva, em decisão prenhe de ilações e especulações.
O Brasil não pode aceitar que um estado policial se desenvolva nas entranhas de nossas instituições
democráticas.
Breno Altman é diretor editorial do site Opera Mundi.
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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