03/09/2017
PAULO TEIXEIRA AO 247: “STF FOI CONIVENTE COM O GOLPE”
Fotos: Agência Câmara
Uma das vozes mais atuantes da bancada do PT no Congresso em defesa da anulação do golpe parlamentar, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) defendeu, em entrevista à TV 247, que seja feita uma pressão por parte da sociedade não apenas pela queda de Michel Temer, mas também pela anulação do processo que tirou Dilma Rousseff da presidência; "Fazer pressão junto ao Supremo é exigir um compromisso da Corte com a democracia", diz ele; para o parlamentar, "uma quadrilha está hoje saqueando o Brasil"; "Eu acredito que essas privatizações são um pacote de contrapartida ao mercado para sustentação do Temer", avalia; ele define a denúncia do advogado Rodrigo Tacla Duran contra o amigo do juiz Sergio Moro como "gravíssima"; "Eu não sei por que insistem em manter este juiz à frente deste processo. Eu acho que esta manutenção compromete a operação", afirma
247 – Uma das vozes mais atuantes da bancada do PT no Congresso em defesa da anulação do golpe parlamentar, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) defendeu, em entrevista à TV 247, que seja feita uma pressão por parte da sociedade não apenas pela queda de Michel Temer, mas também pela anulação do processo que tirou Dilma Rousseff da presidência da República.
"O Supremo Tribunal Federal foi conivente com este golpe", afirmou, relembrando do pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, que nunca foi julgado pelo tribunal. "Fazer pressão junto ao Supremo é exigir um compromisso da Corte com a democracia. Fazer pressão no parlamento é cobrar compromisso com a democracia", afirmou.
O parlamentar também comentou a pesquisa divulgada no último dia 27 de agosto, que apontou que Michel Temer (93%), Aécio Neves (91%) e Eduardo Cunha (91%) são os políticos mais rejeitados do Brasil. "Os três tiraram uma mulher honesta para colocar uma quadrilha no lugar, e esses três com implicação direta diante da Justiça", analisou. Para ele, "uma quadrilha está hoje saqueando o Brasil".
Teixeira acredita que nos meses de setembro e outubro haverá mobilizações das centrais sindicais e dos movimentos sociais nas ruas contra o governo Temer. Ele avalia, porém, que não se deve esperar que "aqueles que bateram panela" pela saída de Dilma agora se mobilizem, ou que "a Rede Globo agora faça oposição, já que parte grande de sua agenda concorda [com as reformas]".
Sobre as privatizações anunciadas por Temer, comentou: "essas privatizações são um pacote de contrapartida para sustentação do Temer. Hoje, a única boia que lhe resta é o mercado financeiro, então ele está entregando [as empresas] ao mercado financeiro para conseguir alguma sustentação neste momento em que ele está muito fraco".
Questionado sobre a recente acusação feita pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhava para a Odebrecht e é investigado na Lava Jato, de que o também advogado Carlos Zucolotto Junior, amigo pessoal do juiz Sergio Moro e ex-sócio da esposa do magistrado, Rosângela Moro, teria atuado para facilitar benefícios em acordos de delação premiada, o deputado a definiu como "gravíssima".
"Queremos uma relação entre público e privado que não seja de promiscuidade, então qualquer ação de corrupção tem que ser investigada e punida. Agora nós não entendemos mais por que apenas este juiz do Paraná continua à frente dessas ações depois de ter cometido tantas ilegalidades", afirmou Paulo Teixeira.
"A denúncia é gravíssima, eu não sei por que insistem em mantê-lo à frente deste processo. Eu acho que esta manutenção dele à frente deste processo compromete esta operação", avaliou.
Assista à íntegra da entrevista:
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