sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Nº 22.313 - "Janot calado é um poeta — Golpe contra Dilma tem de ser anulado"

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15/09/2017



Janot calado é um poeta — Golpe contra Dilma tem de ser anulado


Palavra Livre  - sexta-feira, 15 de setembro de 2017



Por Davis Sena Filho

Todo mundo sabe, inclusive os completamente idiotizados pela imprensa corrupta e historicamente golpista, que a presidente legítima e constitucional, Dilma Rousseff, que foi reeleita com 54,5 milhões de votos para governar o Brasil até o dia 1º de janeiro de 2019, foi deposta por uma conspiração da direita brasileira, a mesma direita que efetivou inúmeros golpes de estado no Brasil, a ter como base a corrupção, tema sempre usado como instrumento para combater os governantes esquerdistas, trabalhistas e populares, a exemplo de Getúlio, Jango, Lula e Dilma.


Todo mundo sabe disso, menos o procurador-geral da República, Rodrigo Não Devo Nada a Ninguém Janot, que calado é um poeta. Depois de se tornar um dos maiores responsáveis pela deposição de Dilma Rousseff, a ser, inclusive, o guarda-chuva de proteção dos operadores da Lava Jato, no sentido de preservá-los mesmo se cometessem crimes, perseguições e arbitrariedades de todos os tipos e tamanhos, Janot, que garantiu seu lugar nas páginas sombrias e noctâmbulas da história, mais uma vez não se conteve para defender o indefensável e justificar o injustificável, como forma de garantir e preservar a continuidade do golpe, independente se o pigmeu moral e chefe do quadrilhão, *mi-shell temer fique ou não no poder.


Para quem ainda não entendeu, anular o golpe e reempossar a presidente legítima Dilma Rousseff significa considerar que a Lava Jato, a Justiça, o MPF e a PF são partes intrínsecas do consórcio de direita que efetivou o golpe de estado e, com efeito, suas ações como cúmplices e protagonistas da queda de Dilma Rousseff seriam tão visíveis como fraturas expostas.


Não importa aos golpistas e usurpadores se as pessoas compreendam que houve um golpe de estado no Brasil em abril de 2016, pois eles sabem que a história se encarregará disso. Quem dá golpe sabe do ônus histórico a pagar, porém longe de assumir seu crime no presente, pois sabedor que a luta política se dá in loco e a conquista do poder, mesmo por intermédio dos subterfúgios jurídico-chicaneiros como foram as "pedaladas" fiscais que levaram à deposição de Dilma, torna-se o único objetivo para impor programas e projetos, bem como se locupletar com as imunidades do poder e atender aos anseios e interesses dos grupos econômicos e das classes sociais privilegiadas.


Janot, do alto de sua mediocridade e do ocaso de seu terrífico mandato à frente da PGR, afirmou que é contrário a anulação do impeachment (golpe) por parte do STF, porque, para ele, não cabe ao STF reexaminar a bandalheira dos corruptos, ladrões e usurpadores terceiro-mundistas, em razão de que rever a decisão golpista do Senado seria um fato que ficaria "sob pena de esvaziar-se a previsão constitucional" do julgamento mequetrefe que depôs a presidente reeleita do Brasil.


Janot, que calado é um poeta, disse ainda: "O processo de impeachment foi autorizado e conduzido com base em motivação idônea e suficiente, não havendo falar em ausência de justa causa". O relator do pedido de anulação do impeachment (golpe) é nada mais e nada menos do que Lex Luthor, ex-advogado do PCC e que foi ministro da Justiça do presidente considerado ladrão pela PGR, *mi-shell temer, além de ter sido durante muitos anos um dos membros do PSDB paulista. Só isso... Ou querem mais?


O resto da história todo mundo sabe. Dilma foi deposta sem embasamento político, porque jamais cometeu crimes de responsabilidade e comuns. Outro fator que se tornou público e notório é o fato de o presidiário Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, valeu-se para aceitar o processo de impeachment (golpe) contra a presidente honesta por motivos particulares. Cunha não queria que a Comissão de Ética aprovasse que o plenário decidisse se ele seria cassado ou não.


Como Dilma não liberou os deputados petistas para blindar o corrupto Cunha, deu-se então a retaliação em forma de impeachment (golpe), que permitiu que uma quadrilha de bandidos assaltasse o poder central e, consequentemente, vendesse o Brasil, a entregá-lo criminosamente à gringada malandra e esperta a preços módicos, bem como terminaram com os programas de inclusão social e destruíssem a economia brasileira e seu gigantesco e poderoso mercado interno, com a conveniência e apoio de servidores públicos do Judiciário, a exemplo de Sérgio Moro, do PSDB do Paraná, Rodrigo Janot e Gilmar Mendes, do PSDB do Mato Grosso, dentre muitas outras autoridades do Judiciário, da PF e do MPF.


O procurador-geral, Rodrigo Janot, foi um mal para o Brasil, pois seletivo, injusto e cúmplice das arbitrariedades dos procuradores da Lava Jato, que acusam e denunciam sem provas, a exemplo de Lula. O chefe dos "intocáveis" terminou seu mandato à frente da PGR de forma pequena e medíocre, bem como jamais se importou,


Em um espaço de horas, Janot deitou falação para quem vai deixar a PGR no domingo, dia 17. Ele disse, por exemplo, que mesmo se houvesse a comprovação das  nulidades questionadas pela mandatária deposta por um golpe cucaracha, elas seriam insuficientes para suspender o afastamento de Dilma da Presidência da Repúbica. Entretanto, logo depois de falar tais sandices que blindam o movimento golpista de direita, que somente terminará quando Lula for impedido de ser candidato, o que está a deixar a direita desesperada, Janot abriu novamente sua boca, e passou a contraditar o que pensa e disse, no que é relativo à anulação do impeachment (golpe).


"O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato" — afirmou Rodrigo Janot, que ainda fez alusão à "solução Michel", no que diz respeito às investigações contra o senador Romero Jucá (PMDB/RR), um dos principais articuladores do golpe, juntamente com Aécio Neves (PSDB/MG), *mi-shell temer (PMDB/SP) e Eduardo Cunha (PMDB/RJ), dentre muitos outros políticos, como Eliseu Padilha (PMDB/RS), Geddel Vieira Lima (PMDB/BA) e Moreira Franco (PMDB/RJ).


Então tá, cara pálida! Você diz que o impeachment (golpe) foi uma trama para os corruptos fugirem da cadeia e considera constitucional e legal que uma presidente da República reeleita com 54,5 milhões votos seja deposta de seu cargo e seus milhões de eleitores tenham seus votos anulados, porque bandidos resolveram dar um golpe bananeiro, mas violento, com a aquiescência e a cumplicidade do STF, cujos juízes jamais deveriam ouvir as opiniões tortas e contraditórias de Rodrigo Janot, um dos piores procuradores-gerais da República, ao lado de Roberto Gurgel e Geraldo Brindeiro — os engavetadores-gerais da República e tucanos de corpo e alma.


A verdade é que o STF é alicerce de grande envergadura do golpe e não se importa em fazer o jogo sujo na área judiciária e jurídica, de forma que, sem o *temer, que pode cair, ou com o golpista do DEM, Rodrigo Maia, a segunda parte do golpe tem de ser concretizada, independente se as eleições se tornem uma grande mentira e farsa, com ausência forçada do maior representante das forças populares e de trabalhadores, que é, sem sombra de dúvida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder das pesquisas, mesmo estar a ser linchado há três anos e meio em praça pública, de forma diuturna e perversa pela imprensa de mercado mais corrupta e golpista do mundo ocidental.


A verdade é que os diálogos entre Sérgio Machado, um dos principais operadores do PMDB, e Romero Jucá, José Sarney e Renan Calheiros eram provas sólidas e consistentes para colocar toda a cúpula do PMDB na cadeia e, com efeito, afastar o golpista e usurpador *mi-shell temer da Presidência da República. Mas não fizeram. Tergiversaram e hoje o Brasil dá continuidade há uma crise político-institucional e moral sem precedentes, com a violência, o desemprego e miséria a tomarem conta do Brasil e dos brasileiros, que odeiam e desprezam o Brasil, pois estão com a autoestima extremamente baixa.


É visível e transparente o mal-estar geral do povo brasileiro. As Editorias "O Brasil é uma Merda" das Organizações(?) Globo e congêneres da imprensa de negócios privados dos magnatas bilionários, conseguiu, enfim e após décadas de propaganda constante de negatividade sobre o País, realmente cooperou muito para a efetivação do golpe da casa grande terceiro-mundista, de forma que parcela gigantesca da população brasileira se encontra prostrada, sem energia e completamente apática, a observar de braços cruzados a bandalheira que promovem no Brasil, a roubá-lo e a vendê-lo a toque, como nunca aconteceu neste País, inclusive no que é relativo á perda dos direitos civis, trabalhistas e previdenciários, bem como a perversa precarização radical do trabalho.


E toda essa patifaria e infâmia apenas com o propósito de atender os interesse da banca financeira, dos rentistas e dos governos estrangeiros, principalmente os Estados Unidos, que querem e conseguiram fazer com que o Brasil voltasse à subalternidade e subserviência, pois retornou à sua condição antiga de colônia, a efetivar a diplomacia da dependência, aquela do tirar os sapatos e arriar as calças para o império e seus principais aliados europeus e asiáticos, como sempre fizeram os tucanos do PSDB, que a partir do golpe contra a democracia e o povo estão a impor o programa ultraneoliberal derrotado quatro vezes em eleições consecutivas, bem como a comandar a diplomacia da dependência no Itamaraty. Coisas realmente de tucanos golpistas e colonizados, sem a mínima vergonha na cara.


Não há "elite", casa grande, burguesia ou que o valha mais desmoralizada, irresponsável, traidora, subalterna e colonizada do que a brasileira. Não se vê em lugar algum "elites" e oligarquias tão pusilânimes, entreguista e totalmente irresponsáveis, pois jamais, em tempo algum, tiveram a dignidade de pensar o Brasil para desenvolvê-lo e emancipar seu povo. Rodrigo Janot sempre trabalhou de forma contraditória, a morder e assoprar e a fechar os olhos para a corrupção tucano, com exceção de Aécio Neves, até porque as provas contra o Mineirinho ou o Chato são realmente contundentes, com listagens, documentos, áudios, filmagens, fotos, contas não declaradas e malas, muitas malas.


A mesma coisa acontece com Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal Golpista I —, Geraldo Alckmin — o Santo —, e José Serra — o Careca —, dentre muitos outros tucanos emplumados e pernósticos, que nunca apresentaram aos brasileiros qualquer programa de soberania e independência para o Brasil. Rodrigo Não Devo Nada a Ninguém Janot sabe que a Lava Jato não foi apenas criada para combater a corrupção. Quem dera se fosse assim. O Brasil estaria, certamente, a enfrentar uma crise política e econômica bem menor.


Porém, a Lava Jato e a PGR, com a cumplicidade lamentável do STF, resolveram criminalizar a política, bem como judicializar o direito constitucional e institucional do governante eleito governar e determinar as ações de governo e de Estado, conforme as leis — a Constituição. Rodrigo Janot já vai tarde, e que a história seja justa com ele, já que o PGR não foi justo e republicano com aqueles que foram linchados moralmente em público sem provas. O golpe de terceiro mundo deveria ser, indubitavelmente, anulado; e Dilma Rousseff, a eleita e a legítima, reempossada, a cooperar para o marco civilizatória brasileiro. A crise só estanca com a retomada da democracia e com a posse de um mandatário ungido pelas urnas soberanas. Rodrigo Janot, calado, é um poeta! É isso aí.
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