Em entrevista exclusiva à TV 247, o embaixador Celso Amorim, que já foi apontado pela revista Foreign Policy como "o melhor chanceler do mundo", relembra os bons tempos da política externa brasileira, quando o País era respeitado pelos vizinhos e pelas grandes potências; hoje, ao contrário, depois de trilhar um caminho se submissão a Washington, o Brasil praticamente desapareceu do mapa; "Ao contrário do que alguns imaginam, o que ganha a confiança não é a submissão, é a independência”; ex-ministro da Defesa do governo da presidente Dilma Rousseff, ele também falou sobre a crise recente no setor; “Tendo a ser otimista e acreditar que os militares irão respeitar a Constituição. Tenho certeza de que vamos atravessar essa coisa”; na entrevista, ele também fala sobre a possível candidatura ao governo do Rio de Janeiro
por Paulo Moreira Leite e Leonardo Attuch
Ministro de Relações Exteriores nos dois mandatos de Lula e também no governo de Itamar Franco, o embaixador Celso Amorim concedeu entrevista exclusiva à TV 247 e não faz rodeios para explicar o desprestígio internacional do governo Michel Temer, condição que tem levado governos estrangeiros a tirar o país da rota de viagens obrigatórias. “Os países não fazem julgamento moral”, diz. ” Fazem julgamento prático: ‘esse pessoal, essa gente não dura.’ As pessoas veem essa crise de legitimidade e não querem se comprometer”.
Celso Amorim diz na entrevista que sob Temer “vivemos uma opção de submissão ao capital financeiro internacional. Isso é projeto estratégico que vinha de longe e não só de privatizações mas de desnacionalizações”. Para ele, “nos melhores momento a (atual) política externa brasileira não faz nada. Cumpre tabela. Nos piores momentos é inconveniente, como foi caso da Venezuela. É inconcebível diante das afinidades que o Brasil tem com a Venezuela que haja um esforço de mediação que o Brasil não tenha participação alguma. E o nosso chanceler disse algo que até é verdade mas é triste: ‘o Brasil não pode participar como mediador porque tomou um partido’. É absurdo. A política do Lula era ideológica mas nós conversávamos com os dois lados. A política atual não é ideológica mas só conversa com a oposição”, ironiza.
Na entrevista, Amorim comenta o conflito entre o presidente norte-americano Donald Trump e o arsenal atômico da Coréia do Norte e prevê: “minha impressão é que vai haver uma aceitação de fato das armas nucleares da Coreia do Norte, como progressivamente ocorreu com relação a Índia, Paquistão, sem falar de Israel. Não vejo margem para recuo do regime norte-coreano. Para ele, arsenal atômico é sinônimo de soberania”.
Lembrando o esforço de Lula para esvaziar a ALCA, o acordo de livre comercio patrocinado por Washington, “bloqueado por um golpe de “jiu-jitsu” diz, Amorim afirma: “Não nos interessa viver sob a sombra de Washington nem sob a sombra de Pequim nem de nenhum outro país”. Na entrevista, ele reconstrói momentos importantes das relações com o governo de George W. Bush e Lula, dizendo que havia grandes diferenças mas uma relação “ de confiança entre os dois governos. Ao contrário do que se imagina, o que ganha a confiança não é a submissão, é a independência”.
Ministro da Defesa governo Dilma, quando manteve um convívio constante com os comandantes das Forças Armadas, Amorim deixa claro que não gostou dos pronunciamentos recentes que apontavam para uma intervenção militar mas afirma: “Tendo a ser otimista e acreditar que os militares irão respeitar a Constituição. Tenho certeza de que vamos atravessar essa coisa”.
Ao falar sobre a realização de exercícios militares conjuntos com o Exército americano na Amazônia, ele é cauteloso: ”acho lamentável e fiquei surpreso. Sempre vi grande interesse e grande firmeza dos militares para defender que na Amazônia não se mexe”. Quando discute o argumento de que se trata de uma “operação humanitária”, ele reage com um alerta: “hoje ninguém pode distinguir o que é uma operação humanitária (e o que não é)”.
Na entrevista, Amorim também comenta o convite de Lula para disputar o governo do Rio de Janeiro em 2018 pelo Partido dos Trabalhadores – e deixa claro que ainda não tomou uma decisão.
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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