21/07/2018
Números comprovam a falência da intervenção federal militar no Rio
Do Brasil de Fato - 19 de Julho de 2018 às 09:00

A intervenção federal militar no Rio de Janeiro só fez aumentar os homicídios decorrentes de ações policiais em quase 60% - Créditos: Fernando Frazão/ Agência Brasil
por Mário Augusto Jakobskind

É preciso que o general Braga Neto, o interventor nomeado por Michel Temer como responsável pela segurança do Rio, responda uma pergunta sobre tal fato. Como de um modo geral, o militar não vem sendo cobrado por isso e outras incursões policiais em áreas pobres da cidade, tudo continuará a acontecer, sob o silêncio da mídia comercial, que de um modo aprova esse tipo de ação que mata jovens negros.
Não podem mais os cariocas assistir passivamente a violência que atinge principalmente parte da população mais necessitada e que deveria ter a assistência do Estado. É uma realidade que precisa ser apresentada sem subterfúgios, porque se isso não for feito, as autoridades responsáveis pela violência continuarão agindo dessa forma e ainda por cima receberão elogios de setores que compactuam com essa forma de ação.
É necessário, portanto, que se dê um basta de uma vez por todas a esse tipo de ação policial, que não só não produz resultados, como ainda por cima agrava o quadro da segurança na cidade que o cancioneiro popular ainda considera maravilhosa.
Na verdade, esse tipo de ação faz parte do repertório de alguns setores da população, na prática estimuladores do racismo, que as autoridades reproduzem. E uma forma de agir inócua que deve ser repudiada pela população brasileira que tenha um mínimo de consciência.
Os números aqui apresentados que demonstram o crescimento da violência policial contra os pobres devem ser repudiados e servirem de fator de convencimento da necessidade de se acabar o mais rápido possível com a intervenção federal militar. Não se pode aceitar que essa prática siga até o fim de dezembro.
Está mais do que provado que as ações policiais sob o comando do general Braga Neto são inócuas e para combater a violência é preciso que a inteligência seja prioritária.
Realmente essa forma de agir não é aceita pelo governo que decretou a intervenção na área da segurança do Rio, porque os seus integrantes preferem seguir os parâmetros do senso comum, ou seja, que através da violência policial em áreas pobres se combate o crime.
Nesse sentido, certas coberturas da mídia comercial de alguma forma ajudam a fortalecer essa ideia preconceituosa que prejudica os pobres, como comprovam os fatos.
É hora, vale sempre repetir, de acabar com isso!
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