terça-feira, 17 de maio de 2011

Contraponto 5380 - " Petrobras encomenda sete navios-sonda. No Brasil"

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17/05/2011

Petrobras encomenda sete navios-sonda. No Brasil


Do Tijolaço - 17/05/2011

Brizola Neto

O blog Fatos e Dados , da Petrobras, divulga hoje a constituição, sexta-feira, da Sete BR, uma

empresa formada para assumir, em conjunto com o vencedor da licitação, o Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, a contrução de sete navios-sonda destinados à exploração do pré-sal.

O assunto mereceu pouca importância na imprensa, mas os números envolvidos nesta transação mostram que ela é um dos maiores negócios do mercado de construção naval dos últimos tempos.

A encomenda soma US$ 4,6 bilhões, cerca de de US$ 662 milhões por sonda. E as sete encomendadas são apenas um quarto das 28 previstas para o plano de prospecção e exploração do pré-sal. E este resto está deixando louco o mercado mundial de sondas de perfuração de poços de petróleo, como registrou, na semana passada, a Agência Reuters.

Elas pressionam, alegando que, compradas no exterior, as sondas custariam cerca de US$ 500 milhões. É o argumento “Agnelli” que justificou a compra dos supergraneleiros na China e na Coreia e que deixou fulo da vida o ex-presidente Lula.

Para eles, é claro, não importa que um investimento deste porte gere emprego, renda, impostos e, sobretudo, tecnologia e melhoramento em nossa indústria.

A Petrobras está avaliando o processo de contratação das outras 21 sondas.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admite que, inicialmente, sondas e navios custam mais no Brasil, mas tendem a convergir para os preços internacionais com o passar do tempo e o avanço das encomendas. Augusto Mendonça, da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore, garante que a construção das sondas já assegura a instalação de, ao menos, mais três estaleiros no país.

É compreensível a pressa. O aluguel de navios-sonda é caríssimo. Este aí da foto, o Deepwater Discovery, tinha aluguel diário de 425 mil dólares, segundo a Veja, em 2008. Portanto, a construção de uma nave assim se paga em pouco mais de três anos.

Vamos torcer para que a petrobras, como ajudou na formação do consórcio Sete BR para estas sonda iniciais, encontre a forma de fazê-las todas aqui.

E, se não encontrar, que a Presidenta Dilma, como Lula queria fazer no caso da Vale, bata o martelo: façam aqui, porque é deste povo e deste país o petróleo que ela vai buscar.

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