quinta-feira, 19 de maio de 2011

Contraponto 5393 - "Obama leva a conta a Israel: voltar às fronteiras de 67"

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19/05/2011

Obama leva a conta a Israel:
voltar às fronteiras de 67

Do Conversa Afiada - Publicado em 19/05/2011

Obama redefine o interesse nacional americano em relação a Israel

Saiu na manchete do New York Times:

Obama acredita que as fronteiras de 1967 de Israel sejam o ponto de partida.

Num discurso no Departamento de Estado, Obama fez o que nenhum outro presidente americano jamais tinha feito.

Fixou as fronteiras que Israel tinha em 1967 como o ponto de partida para as negociações com os palestinos.

Obama disse também que o novo Estado Palestino deveria ser desmilitarizado.

“A comunidade internacional está cansada de um interminável processo que jamais produz resultado”.

A posição de Obama se aproxima bastante daquela que os palestinos sempre defenderam.

Se voltar às fronteiras de 1967, como quer Obama, Israel terá que devolver as colinas de Golan à Síria e a Cisjordânia aos palestinos.



E destruir os assentamentos que construiu além das fronteiras de 1967.

A reação do Primeiro Ministro israelense Bibi Netanyahu, segundo o NY Times, foi “gélida”.

Netanyahu considera que as fronteiras de 1967 são “indefensáveis”.

NAVALHA

O apoio incondicional a Israel custou caro ao interesse nacional americano.

Defender a causa palestina fez parte da agenda de todo sentimento anti-americano no Oriente Médio e entre islamitas.

Agora que a Ordem Petrolífera Americana começa a se desestruturar no Oriente Médio e Obama matou Osama, cedo ou tarde a conta chegaria para Israel.

Recentemente, palestinos nas quatro fronteiras de Israel tentaram invadir território israelense em protesto contra a criação do Estado de Israel.

A renovação política no Oriente Médio não se sustentaria com a ocupação de Golan e da Cisjordânia por Israel.

Era uma questão de tempo.

Obama deu um último recado ao presidente da Síria, Assad:

“Ou liderar a transição para a democracia ou sair da frente”.


Paulo Henrique Amorim
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