15/03/2012
Rede Globo sofre segundo revés na semana com condenação da cúpula do jogo do bicho
Do Amigos do Presidente Lula - 15/3/2012
Depois da renúncia de Ricardo Teixeira da CBF, considerado um aliado dos interesses comerciais da Rede Globo na conquista de direitos de transmissão, a emissora sofreu outro revés com a prisão de outros aliados, dessa vez nos direitos de transmissão do carnaval carioca.
Depois da renúncia de Ricardo Teixeira da CBF, considerado um aliado dos interesses comerciais da Rede Globo na conquista de direitos de transmissão, a emissora sofreu outro revés com a prisão de outros aliados, dessa vez nos direitos de transmissão do carnaval carioca.
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro obteve a condenação da cúpula do jogo do bicho, formada pelos bicheiros Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães), Antônio Petrus Kalil (o Turcão) e Aniz Abraão David (Anízio). Foram condenados a 48 anos e 8 meses pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa e teve a prisão decretada. O resultado é desdobramento da Operação Furacão, deflagrada em abril de 2007 pela Polícia Federal. A condenação não foi apenas por exploração de jogos proibidos, mas também por outros crimes como corrupção de agentes públicos, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, importação e uso comercial de componentes eletrônicos contrabandeados,dentre outros delitos.
Anízio e Capitão Guimarães já foram presidentes da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), entidade que assina os contratos de transmissão do carnaval com a Globo, numa engenhosa triangulação para fugir de disputar licitação.
Antigamente era a Riotur (empresa de turismo da prefeitura) quem negociava estes direitos. Para fugir da obrigação de licitar, quando César Maia (DEM/RJ) foi prefeito, terceirizou para a LIESA a administração destes contratos do carnaval. Como a LIESA é uma entidade privada (assim como a CBF), pode fazer contratos com a Globo em negociação direta, sem licitação.
Numa destas operações da Polícia Federal, um repórter das organizações Globo, ligado à cobertura do carnaval, foi indiciado por conseguir informações vazadas e avisar bicheiros que seriam alvo de prisão ou mandado de busca. Constrangida, a Globo viu-se obrigada a demitir o repórter.
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