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25/11/2012
Dilma consolida seu método de gestão de crises
Do Brasil 247 -25 de Novembro de 2012 às 07:19
Resposta rápida, nenhum pingo de
indecisão e sem passar a mão na cabeça de ninguém. Foi assim com os
ministros "faxinados" e está sendo do mesmo jeito com a ex-secretária de
Lula. Não é por acaso que ela desponta na primeira pesquisa Ibope para a
sucessão de 2014 com ampla vantagem sobre seus adversários
247 - É possível, e até provável, que
alguns veículos de comunicação tentem esticar ao máximo o "Rosegate",
mas a crise que envolve Rosemary Nódoa de Noronha, a ex-chefe de
gabinete da presidência da República, em São Paulo, tem tudo para ter
fôlego curto. Curtíssimo.
Em menos de 24 horas, assim que teve todas as informações
sobre a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Dilma decidiu
exonerar a funcionária, assim como outros servidores públicos que também
serão alvo de processos administrativos.
Deixou claro, portanto, que o governo nada teme - e que
também não passa a mão na cabeça de ninguém. No caso de Rosemary, seu
padrinho era ninguém menos que o ex-presidente Lula da Silva, que foi
avisado por Dilma, sobre o caso, quando já não havia mais nada a fazer. O
teor das gravações e a forma como Rose tentou resistir, ligando para o
ex-ministro José Dirceu (que também disse nada poder fazer), tornaram
impossível sua permanência na presidência da República.
De todas as demissões efetuadas por Dilma, esta foi a mais
ágil, consolidando um padrão do Palácio do Planalto na gestão de
crises. Algo que já havia sido iniciado no primeiro ano de governo.
Antonio Palocci era o "superministro" e também um dos mais próximos a
Lula, em 2013. Caiu quando surgiram sinais de enriquecimento pessoal.
Wagner Rossi,
ex-Agricultura, era da cota pessoal do vice-presidente
Michel Temer. Também não resistiu à avalanche de denúncias. Pedro
Novais, ex-Turismo, fora indicação de José Sarney, outro aliado
importante, que preside o Senado. E assim aconteceu com outros ministros
de peso, como Alfredo Nascimento, ex-Transportes, e Orlando Silva,
ex-Esportes.
Demonstrando firmeza diante das crises, Dilma se consolida
cada vez mais como o nome do PT, em 2014. Ela mantém o eleitorado
petista e avança em redutos da oposição e da classe média. Pesquisa
Ibope, divulgada ontem pelo 247, aponta que ela aparece à frente do
ex-presidente Lula na pesquisa espontânea, vencendo em primeiro turno. E
é também um erro imaginar que a demissão de Rosemary possa abrir uma
fissura nas relações dela com Lula. Os dois fazem parte do mesmo
projeto.
A mensagem é clara: se houver outras Rosemarys no governo,
trocando favores por cruzeiros, operações plásticas ou qualquer outra
coisa, que se cuidem!
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