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11/10/2014
Dilma diz que há uma tentativa de golpe eleitoral
Diário do Centro do Mundo - Postado em
11 de outubro de 2014
No final da tarde de ontem, em Canoas (RS), a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o uso eleitoral das denúncias e atacou os tucanos, dizendo que não investigavam quando governaram o país e agora querem dar um golpe eleitoral.
“Jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram acabar com esse crime horrível que é a corrupção”, disse Dilma.
“Agora, na véspera eleitoral, eles sempre querem dar um golpe, estão dando um golpe e esse golpe nós não podemos concordar com ele.”
Sobre a permanência do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, citado como envolvido no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Dilma disse que vai investigar todas as pessoas, mas que respeita a premissa do direito à defesa.EMENT
“Não basta só alguém falar que ouviu dizer, não lembra quando, pode ser que foi, e aí você pega e condena a pessoa”, disse, acrescentando que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tem mantido conversas com Machado.
Questionada se considerava que o PT “errou” neste caso, Dilma defendeu que as pessoas envolvidas nos casos de corrupção sejam punidas, e não as instituições como os partidos políticos.
“Se o PT errou… pessoas do PT erraram, se qualquer outro partido tiver pessoas que erraram, elas têm que ser punidas… doa a quem doer”, disse a presidente. “Você não condena uma instituição, no Brasil você condena pessoas.”
Ao reafirmar que tem “tolerância zero” com a corrupção, Dilma voltou a dizer que foi a única dos candidatos à Presidência que apresentou medidas sobre o tema, como a transformação da prática do caixa 2 em crime eleitoral e ações para agilizar o trâmite judicial desses casos.
A presidente aproveitou para criticar o PSDB, dizendo que seu governo respeitou a autonomia de órgãos de investigação como a Polícia Federal e o Ministério Público.
“Quero lembrar que nem sempre foi assim no Brasil. A Polícia Federal foi aparelhada, sim. Foi dirigida durante algum tempo, vocês sabem muito bem, por pessoa que tinha inclusive filiação ao PSDB”, afirmou.
“Qual é a diferença nossa: nós investigamos. Me mostra onde é que está (o erro) que eu mando investigar.
Eu não varro para debaixo do tapete.” Perguntada sobre a possibilidade de as denúncias causarem impacto em sua campanha, Dilma disse que lutará “com unhas e dentes para que o que não seja justo não ocorra”.
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