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21/12/2014
Fux impediu o golpe paraguaio de Gilmar
Começam a ficar claras as razões que levaram o Ministro Gilmar Mendes a aprovar as contas de campanha de Dilma Rousseff.
Tudo encaminhava para a rejeição:
- a campanha prévia da mídia preparando o clima;
- a ofensiva do PSDB estimulando as manifestações de rua, que levaram até o insondável José Serra para a linha de frente;
- o empenho de Gilmar em convocar áreas técnicas do Banco Central, COAF, Receita e TCU para proceder a um pente fino nas contas;
- o parecer técnico da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, condenando as contas e amplamente enviesado, a ponto de enquadrar como falta grave o mero fato de máquinas trituradoras de papel terem sido declaradas como bens não duráveis;
- o próprio voto de Gilmar, destoando completamente de sua própria decisão final, de aprovar as contas, ainda que com ressalvas.
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Contra Dilma havia o voto de Gilmar Mendes e de João Otávio
Noronha, ligado a Aécio Neves. Com mais um voto, no mínimo haveria
empate e a decisão final sobre o mandato de Dilma seria de Toffoli.
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A batalha maior foi em torno do voto de Luiz Fux. Apesar da
insistência de Gilmar, Fux não aceitou matar no peito e votar pela
rejeição das contas de Dilma. Sem chance de vitória, Gilmar acabou
recuando no seu voto.
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PITACO DO ContrapontoPIG
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Não dá para entender como é que todo o STF pode ficar refém de um só ministro como o Gilmar ou qualquer outro.
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Estranho como um ministro só pode ser responsável por algo semelhante a um golpe de Estado. Ou pode paralisar ao seu bel prazer o andamento de matérias importantes como a relativa a doações de empresas para campanhas eleitorais.
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