sábado, 20 de dezembro de 2014

Contraponto 15.659 - "Graça Foster, Porto de Mariel, Abreu e Lima e EUA, Petrobras sai mais forte"

É possível que Graça Foster novamente transforme desafios em oportunidades e saia da Petrobras de cabeça erguida fortalecendo inclusive a posição do Governo Federal em termos de estratégia macroeconômica

MIR MEIRELLES
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Mir MeirellesCom a confiança da Presidenta Dilma Rousseff, Graça Foster deve ficar, ou até a tempestade passar e as ações da Petrobras estiverem em equilíbrio, ou até ser envolvida diretamente na Operação Lava Jato. Dilma acredita que a qualquer sinal de fraqueza possa dar força ao movimento de impeachment liderado pelo PSDB, se necessário vai trocar primeiro toda a diretoria por técnicos de carreira da Petrobras mantendo a confiança no patrimônio humano da empresa, e colocando toda responsabilidade pela recuperação da Petrobras na estratégia de mercado até então implementada com sucesso pela Presidente Graça Foster e por ela encabeçada, mantendo assim a estratégia do regime de partilha e a manutenção da proporção de derivados da indústria nacional.
Simultaneamente o recente acordo entre EUA e Cuba, o provável fim dos bloqueios e retomada das relações comerciais, mesmo que graduais, possibilitam ao Brasil uma redução do custo logístico de acesso ao mercado norte americano, assim como do México, Canadá e América Central, através do Porto de Mariel, da mesma forma que a nova circunstância do mercado torna a compra da Refinaria de Pasadena uma vantagem comercial estratégica para a Petrobras, tendo EUA como mercado alvo e apresentando vantagens sobre seus concorrentes, como a produção crescente e a segurança de fornecimento de longo prazo, condições que trazem também estabilidade liquidez e crédito à Petrobras.

A recente atividade da Refinaria Abreu e Lima aumenta o abastecimento de derivados do petróleo a partir da produção nacional. Isso significa que o déficit da Petrobras em função do subsídio ao mercado interno de gasolina cai sensivelmente, incluindo-se nessa conta a queda do preço do petróleo no mercado internacional. Com devidos ajustes na estratégia e no cronograma de investimentos, inclusive considerando os parceiros comerciais na exploração que também sofrerão o impacto da queda drástica do preço do barril, é possível que Graça Foster novamente transforme desafios em oportunidades e saia da Petrobras de cabeça erguida fortalecendo inclusive a posição do Governo Federal em termos de estratégia macroeconômica.

O momento é de calma, convicção, confiança e trabalho, e assim a Petrobras vai passar por essa tempestade em alto mar, e como disse Moro, "sairá mais forte do que entrou".

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