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24/12/2014
Que venham as lutas de 2015
A luta da grande imprensa triplicou de tamanho: os blogues se firmaram como reais formadores de opinião no país; a audiência e o número de leitores e assinantes dos grandes conglomerados de comunicação definham mês a mês
Brasil 247 - 23/12/2014
DANIEL QUOIST
A
luta do governo continua hercúlea como sempre: manter as políticas de
inclusão social; inflação sob controle; governabilidade imune a humores
de uma oposição claramente golpista e reacionária; blindagem a empresas
públicas como a Petrobras em momento onde ícones do neoliberalismo já
nem ocultam o anseio de vê-la na lona, prestes a ser vendida ao capital
estrangeiro na bacia das almas; levar a debate proposta de
democratização da mídia; fortalecer programas como Bolsa Família, Minha
Casa Minha Vida, Mais Médicos, Ciência Sem Fronteiras, ProUni/Fies;
acelerar megaprojetos como a transposição das águas do Rio São Francisco
beneficiando vários estados do Nordeste e tomar medidas para que as
Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 sejam as mais bem sucedidas dentre
todas as edições dos Jogos Olímpicos dos tempos modernos.A luta da oposição dobrou de tamanho e é mais que hercúlea: mostrar maturidade política, não ser instrumentalizada pelo radicalismo de direita – Bolsonaro, Coronel Telhada, Carlos Sampaio, Reinaldo Azevedo, e malucos de ocasião como Lobão e gente que ainda considera a democracia um Ultraje; e o maior desafio - surgido logo após se ouvir a voz das urnas em 26 de outubro de 2014 – cresce exponencialmente e não é outro que o de não cair no ridículo por absoluta falta de ideias, falta de compostura, falta de lideranças que possam ser levadas minimamente a sério.
A luta da grande imprensa triplicou de tamanho: os blogues sujos se firmaram como reais formadores de opinião no país; a audiência e o número de leitores e assinantes dos grandes conglomerados de comunicação definham mês a mês, ano a ano e são abertamente questionados sem que nenhuma voz importante – e que possa falar sem que seja acusada de atuar em causa própria – se levanta em sua defesa; cresce em força e prestígio movimentos para que o governo corte ao menos 50% de sua publicidade institucional destinada a sugadores habituais da impressionante fatia do cobiçado bolo – Grupo Abril (Civita), Organizações Globo (Marinho), Grupo Estado de São Paulo (Mesquita), Grupo Folha de S.Paulo (Frias), Grupo Sílvio Santos (Abravanel), Grupo Bandeirantes (Saad) e Grupo Record (Edir Macedo).
A luta contra os desmandos do Poder Judiciário aumenta a olho nu: ministro Gilmar Mendes mantém pedido de vistas por longos oito meses processo em que será voto vencido que criminaliza doações de empresas para campanhas eleitorais e que já conta com seis votos favoráveis a tão formidável guinada destinada a cortar pela raiz imensos focos de corrupção envolvendo empresas, candidatos a cargos eletivos e uma gama de agentes públicos; juiz paranaense Sérgio Moro instrumentaliza em sua Vara a Operação Lava Jato como forma de desgastar o governo recém-eleito, vazar denúncias que compliquem a vida de políticos aliados ao governos, notadamente gente do PT e do PMDB, e além disso, municiar semana a semana a oposição mais radical que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff; juízes que se sentem ofendidos quando lhes dizem em ato de ofício que não são deuses e outros que dão carteirada a tripulação de companhia aérea por simples atraso de voos.
A luta contra o corporativismo no Poder Legislativo: punição a parlamentar que acena com estupro de colega da Câmara, como é o caso do Jair Bolsonaro; levar a termo processos de parlamentares que serão denunciados pelo Procurador-Geral da República no rastro da operação Lava Jato; a guerra pela eleição da Mesa Diretora da Câmara Federal, tendo como ponta-de-lança o controvertido deputado Eduardo Cunha que, todos sabem, tem sua “própria Agenda”.
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