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09/04/2015
Cunha reage e provoca Temer, que evita o choque imediato
Tijolaco - 8 de abril de 2015 | 17:55 Autor: Fernando Brito
Eduardo Cunha é, hoje, o mais irritado com a atribuição a Michel Temer do papel de articulador político do Governo junto ao Congresso.
Mais, até, que seus “caronas” do PSDB e do DEM, que sentiram a possibilidade de que, mesmo à sombra de Cunha, possam impor mais dificuldades ao Governo.
Temer disputará, com tempo e caneta, a fonte de poder de Eduardo Cunha: o baixo clero que é quase todo, hoje, o PMDB.
Cunha não esperou nem 24 horas para fazer mais uma de suas costumeiras provocações.
Pediu a seu homem de confiança, Leonardo Picciani, que desencavasse um papelucho que apresentou na forma de emenda constitucional onde, em menos de uma página, propõe a tal “reforma administrativa” de redução do número de Ministérios para 20.
Se você clicar aqui vai ver a “profundidade” com que o tema é tratado.
É uma destas bobagens que certo tipo de deputado – Cunha, por exemplo – apresenta para fazer “birra”.
Até porque é uma bobagem. O Brasil, afinal, tem 24 ministérios, embora tenha 14 secretários e ocupantes de instituições da República com “status” de Ministro, porque é assim que está na Lei, aprovada pelo Congresso, n° 12.462/2011, que reformou outra, de 2003, onde define o status de Ministro de Estado para os ocupantes das Secretarias da Presidência, Advocacia e Controladoria da União, Banco Central, Segurança Institucional (antiga casa Militar) e Casa Civil. Ou seja, não são Ministérios, juridicamente, mas órgãos da estrutura da Presidência, exceto o Banco Central, que goza de status próprio.
Aliás, as próprias estruturas que os Secretários possuem – pequenas – e os cargos de seus gabinetes foram desmembrados e transformados de outros, sem aumento de despesas.
Ou seja, não se altera o número de Ministérios, praticamente, porque estes, legalmente, são 24 e não 39 ou 38, como se fala.
Claro que Eduardo Cunha está cansado de saber disso.
A escaramuça foi só para provocar Michel Temer e ver se ele caía na esparrela de começar em suas funções encampando uma “briga” antipática à opinião pública.
Só se o Temer fosse bobo, o que certamente não é um de seus defeitos.
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