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02/04/2016
Ficou muito fácil escolher o lado certo da História
Brasil 247 - 1 de Abril de 2016 às 19:17
Aos indecisos sobre o momento político brasileiro, há uma
questão importante a ser definida: do lado de quem querem estar? Dos
peemedebistas Eduardo Cunha, Romero Jucá e Eliseu Padilha, que já foram
citados em vários escândalos e sacramentaram a traição contra a
presidente Dilma Rousseff? Dos tucanos José Serra e Aécio Neves que
foram a Portugal pregar a ruptura da ordem democrática? Ou de Letícia
Sabatella, que mesmo fazendo oposição ao governo da presidente Dilma
Rousseff, foi ao Palácio do Planalto defender a democracia? Quem sabe,
então, de Chico Buarque, que, depois de ter vivido 1964, agradeceu aos
jovens que foram às ruas ontem e lhe deram a certeza de que a tragédia
do passado não se repetirá no presente? Ou, ainda, de Wagner Moura, que,
num artigo cristalino, cravou que Dilma é vítima de um golpe clássico?
Nunca foi tão simples optar entre o certo e o errado
247 – Em tempos de
intensa polarização política, milhões de brasileiros já foram às ruas
para se manifestar contra e a favor do impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Se no dia 13 de março, multidões defenderam sua saída, o troco
veio nos dias 18 e 31 do mês passado, quando muitos gritaram, em várias
cidades do País, o coro "não vai ter golpe".A estes, os fatos da semana podem ter sido pedagógicos. Tudo começou com a traição do PMDB à presidente Dilma Rousseff, imortalizada numa foto constrangedora, que uniu Eduardo Cunha, Romero Jucá e Eliseu Padilha como os futuros donos do poder, ao lado do vice-presidente Michel Temer (leia mais aqui).
Em Portugal, num seminário organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), responsável maior pela crise, por não ter aceitado sua derrotada nas urnas, voltou a defender que seu golpe não é golpe (leia aqui). E o senador José Serra (PSDB-MG), que prometeu abrir o pré-sal à norte-americana Chevron, disse que se os militares tivessem a mesma força do passado, o golpe já teria ocorrido (leia aqui).
Democracia e resistência
No campo oposto, a semana foi também marcada por manifestações emblemáticas. No artigo mais importante da semana, o ator Wagner Moura afirmou que Dilma está sendo vítima de um golpe clássico (leia aqui).
Ontem, foi a vez da atriz Letícia Sabatella, em meio a diversos artistas e intelectuais, se pronunciar em defesa da democracia, no Palácio do Planalto, mesmo sendo opositora ao governo da presidente Dilma (leia aqui). À noite, Chico Buarque, uma das vítimas do golpe militar de 1964, agradeceu aos jovens que se manifestavam em defesa da democracia no Rio de Janeiro. Segundo ele, essas pessoas lhe davam a segurança de que a tragédia do passado não se repetirá no presente (leia aqui).
A verdade é que nunca foi tão fácil escolher entre o certo e o errado, não apenas no presente, mas também diante da História.
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