sábado, 2 de abril de 2016

Nº 19.051 - "Lula: por que tanto ódio pela 1ª mulher presidente? "

"Será que é ódio por que a empregada doméstica passou a ter direito neste país? Será que é ódio por que filho de pobre, negro, da periferia, passou a fazer faculdade? Será que é ódio por que 22 milhões de empregos foram gerados em 12 anos? Será que o ódio é por que todos os trabalhadores organizados tiveram aumento de salário? Será que é por causa do Fies, do Pronatec, das escolas técnicas, do Minha Casa Minha Vida, do Bolsa Família e do aumento real do salario minimo: Eles precisam explicar porque tanto ódio da primeira mulher que preside o país", afirmou.

Lula rebateu a tese de que o impeachment não é golpe. "Ninguém aqui é contra o impeachment que está na Constituição com base legal, por crime de responsabilidade, mas Dilma não cometeu nenhum crime, nenhuma irregularidade; por isso, defender impeachment hoje é, sim, ser golpista neste país", disse. "A melhor forma de chegar ao poder é pelo voto; o resto é golpe", complementou. "Vamos falar para o Cunha e para o Temer: não vai ter golpe!", provocou.

O ex-presidente afirmou que "eles não querem governar o pais para aumentar salário minimo, nem para para garantir as pessoas mais pobres o direito de subir mais um degrau". "Eles não aprenderam a dividir os espaços com o povo", afirmou.

Lula também falou sobre a possibilidade de reassumir a Casa Civil. "Quinta-feira, eu estarei assumindo a Casa Civil, se a Suprema Corte aprovar, para ajudar a presidente Dilma, andar de mãos dadas com ela e com vocês, para criar condições de melhorar a vida do povo", afirmou. "Nós temos que garantir a governabilidade à Dilma", frisou.

O ato em favor da democracia ocorre na Praça do Ferreira, no centro da capital cearense. Milhares de pessoas participam do ato e gritam palavras de ordem contra o golpe e a Rede Globo. Antes da chegada do ex-presidente, o grito mais comum era "Lula, me liga, me chama de querida".

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