11/04/2016
Ceará tem o 2° maior número de ouros em olimpíadas científicas
Nos principais eventos do País, o quadro de
medalhas mostra que os cearenses ficaram atrás apenas de São Paulo em
2015. Os resultados refletem o esforço conjunto no ambiente escolar e
abrem oportunidades
Jornal O Povo - 11/04/2016
As diversas olimpíadas científicas realizadas no Brasil seguem regras e metodologias diferentes. Por vezes, exigem múltiplas etapas, viagens e provas práticas. Podem também resultar em delegações enviadas a competições internacionais. Unidas pela missão de promover o estudo aprofundado das ciências e descobrir talentos, nos resultados elas têm outro fator em comum: a presença de representantes do Ceará entre os primeiros colocados.
Em 2015, o Ceará teve 1,8 mil alunos medalhistas de ouro em 14 das principais competições nacionais.
Ficou atrás apenas dos representantes de São Paulo, que levaram 3,5 mil medalhas de ouro. Um fator para a diferença entre São Paulo e Ceará é o resultado da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, com 3.412 ouros para o primeiro e 1.661 para o segundo. Sem esta competição, São Paulo tem apenas 13 medalhas à frente do Ceará. Os dados são de levantamento feito pelo O POVO a partir de mais de 92 mil premiações — entre medalhas e menções honrosas.
Com participações em olimpíadas desde 2011, a estudante Letícia de Souza, 18, transita entre os dois estados de melhores resultados na competição. Nascida na cidade paulista de Pindamonhangaba, ela decidiu estudar em Fortaleza e representou o Ceará nas competições de 2014 e 2015. “Depois da primeira olimpíada internacional (na Índia), percebi que queria estudar fora. E passei a buscar onde eu tivesse preparação específica para olimpíadas”, conta. Bolsista integral do colégio Ari de Sá Cavalcante, ela diz ter visto com os alunos cearenses uma rotina de foco e ajuda mútua. Além de materiais e aulas específicas na escola.
O objetivo de Letícia foi alcançado: aceita em quatro universidades norte-americanas, ela parte em setembro para ser aluna da Universidade de Stanford, na Califórnia. Como a escolha da área vem no segundo ano de faculdade, ela prevê que a paixão pela biologia falará mais alto.
Além do desempenho em provas padronizadas, as seleções para o ensino superior levaram em conta outras atividades, como as conquistas em olimpíadas de física, química e matemática, por exemplo.
Oportunidades
As oportunidades são uma das principais motivações dos alunos para o estudo aprofundado de ciências, segundo Marcelo Pena, supervisor de Pré-Vestibular da Organização Educacional Farias Brito. A conjunção de professores e alunos comprometidos resulta na presença de cearenses também nas versões internacionais das olimpíadas e entre os aprovados nos vestibulares mais concorridos do País. Segundo Pena, Ceará e São Paulo contam com escolas focadas na educação científica. E avalia: “Temos uma população menor. Em termos proporcionais, estamos no topo”.
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E aí. Zé Serra? Nordestino é burro, né?
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