16/04/2016
Golpismo colocará o Brasil como pária no mundo. Veja o que diz a OEA
Por Fernando Brito
O comunicado divulgado hoje por Luís Almagro, Secretário-Geral da OEA, depois de se reunir – reproduzo o que vai escrito no título – “com a presidente constitucional do Brasil, Dilma Rousseff”, lança um novo ponto de interrogação – ou de exclamação – sobre o que seria de nosso país com a aterrorizante hipótese de que, depois de amanhã, cheguemos à ruptura do sistema democrático.
A nota é duríssima, e não se diga que a OEA, que até outro dia mantinha Cuba excluída de seus quadros, seja algum ente bolivariano.
Nuestra Organización ha hecho un
detallado análisis sobre el juicio político iniciado contra Dilma, y ha
concluido que no se encuadra dentro de las normas que sustentan dicho
procedimiento.
No existe una acusación de carácter penal contra la Presidente,
sino que se la acusa de mala gestión de las cuentas públicas en 2014.
Esta es en todo caso una acusación de carácter político, que no amerita
un proceso de destitución.No amerita, neste caso, traduz-se como “não justifica”.
No Twitter, como reproduz-se acima, ele é ainda mais enfático.
Roubo, com esperado perdão, o comentário no Facebook de meu colega e amigo Fernando Molica:
“Matérias de importantes jornais
estrangeiros sobre o Brasil, em particular a publicada hoje pelo NYT, e
esta visita do secretário-geral da OEA a Dilma me dão a triste sensação
de que viramos um daqueles pequenos, trágicos e folclóricos países da
América Central (como todo respeito aos hermanos).
Um daqueles países institucionalmente
frágeis, que viram motivo de piada em outras nações. Países em que a
política se desenrola de maneira caricatural, como numa opereta, como em
‘Bananas’, do Woody Allen, como no país
de ‘Luar sobre Parador’, aquele filme com a Sonia Braga. Países de
ditadores corruptos sustentados por militares de quepes imensos que, por
trás dos panos, fazem acordos com uma oposição ainda mais corrupta e
caricatural.
Pelo jeito, chegaremos ao ponto de ter observadores internacionais nas próximas eleições.
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