27/06/2015
Impeachment é golpe; eleições já é golpe; Dilma presidente não
é golpe. Ponto
Palavra Livre - 26/04/2016
Por Davis Sena Filho
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Temos,
sem sombra de dúvidas, uma das oligarquias mais atrasadas e reacionárias do
mundo, porque tal burguesia, proprietária da casa grande, é acima de quaisquer
coisas antidemocrática, antirrepublicana e absolutamente antinacionalista.
Trata-se, indubitavelmente, de grupos da sociedade brasileira muito ricos;
porém, párias da plutocracia internacional, porque há séculos se tornaram os
agentes do sub-capitalismo de periferia em termos mundiais.
Quando
um cidadão brasileiro começa a observar e a tentar compreender o porquê deste
golpe de estado promovido por políticos de direita, servidores públicos que
compõem o Judiciário, empresários do mundo rural, como os latifundiários do
agronegócios, os capitães de indústria da Fiesp e de suas congêneres espalhadas
pelo Brasil, a banca financeira estrangeira e nacional e, principalmente, seus
porta-vozes, que atuam e agem como verdadeiros partidos políticos de direita, a
liderá-los as Organizações(?) Globo da famiglia Marinho, percebe-se,
cristalinamente, que se trata de um golpe.
Golpe fomentado e patrocinado pela plutocracia, que deseja fazer com que o Brasil volte a ser um País governado para poucos privilegiados e, mais do que esta mórbida e plúmbea realidade, retroceda à política do café com leite — à Velha República tão cara à casa grande de São Paulo, mas com verniz de "moderno" ao implementar, se conseguir derrubar do poder a presidente trabalhista, Dilma Rousseff, e, com efeito, impor ao País o projeto neoliberal da direita brasileira derrotado quatro vezes consecutivas por intermédio do voto do povo do Brasil.
Golpe fomentado e patrocinado pela plutocracia, que deseja fazer com que o Brasil volte a ser um País governado para poucos privilegiados e, mais do que esta mórbida e plúmbea realidade, retroceda à política do café com leite — à Velha República tão cara à casa grande de São Paulo, mas com verniz de "moderno" ao implementar, se conseguir derrubar do poder a presidente trabalhista, Dilma Rousseff, e, com efeito, impor ao País o projeto neoliberal da direita brasileira derrotado quatro vezes consecutivas por intermédio do voto do povo do Brasil.
O
maior símbolo desse amargo, sombrio e tenebroso golpe de estado é o
vice-presidente Michel Temer. Mais do que um político da oligarquia brasileira,
Temer é, sobretudo, a cara e a alma da casa grande paulista e paulistana. O
vice mandatário representa todos os interesses da plutocracia no Brasil, bem como
não se faz de rogado, sem quaisquer constrangimentos ou peso de consciência, no
que diz respeito a trair e golpear sua companheira de chapa, a quem ele
deveria, somente pelo cargo que ocupa, independente de qualquer questão, ser
leal ao invés de se tornar um indigno traidor da Pátria e dos 54,5 milhões de
votos concedidos à Dilma Rousseff.
Vai
ser dessa forma que sua figura vai ser tratada pela História, além de ser visto
por todos seus contemporâneos, inclusive os que apoiaram-lhe nesta aventura
irresponsável e golpista, como um oportunista e arrivista que não mediu limites
e muito menos se importou com as consequências nefastas geradas por um golpe de
estado. Temer é o Amigo da Onça! Um ser trágico, porque apesar da traição, é da
tragédia brasileira que ele dá sequência à história do Brasil repleta golpes e
contragolpes, que transformam esta Nação poderosa em uma eterna terra do
porvir, do futuro e da tentativa inócua de se estabelecer perante a comunidade
internacional como País desenvolvido, democrático e determinado a ser um lugar
que preza o bem-estar social.
Contudo,
esqueça! Após 30 anos de democracia, reaparece das sombras draconianas o
inefável golpismo brasileiro, agora desta vez com a marca das togas ao invés
dos quepes. Triste do país que fica à mercê da ditadura de juízes e de
procuradores, ainda mais quando se partidarizam e expressam suas escolhas
políticas, geralmente à direita do espectro ideológico.
A
burguesia nacional com o apoio de setores estrangeiros, a exemplo de bancos,
petroleiras e do governo dos Estados Unidos, que se omite em um silêncio
ensurdecedor ao ver tamanha cafajestada retratada de impeachment, está disposta
a tomar o poder na mão grande, como se fosse assaltante de pedestres e de
bancos. Rasgou a Constituição, deu um pontapé no Estado Democrático de Direito
e mandou às favas os 54,5 milhões de votos de brasileiros que exercitaram sua
soberania e decidiram eleger, em 2014, Dilma Rousseff, do PT, presidenta da
República.
De
forma criminosa e completamente autoritária, o PSDB, o DEM, o PMDB e outros
partidos sabujos e direitistas estão a realizar conversações no Palácio do
Jaburu, o QG do golpe de estado, a ocupá-lo o Amigo da Onça, vulgo Michel
Temer. A imprensa corrupta, sonegadora de impostos e historicamente golpista
dos magnatas bilionários trata esses "acordos" entre os partidos
golpistas como se fosse a coisa mais normal da vida.
Golpistas
descarados e canalhas, a repartir o butim do Estado nacional por intermédio de
um golpe criminoso, que tem a vergonhosa aquiescência dos juízes aristocráticos
de punhos de renda do Supremo Tribunal Federal (STF), a terem ainda, como linha
auxiliar do golpe, a Vara do juiz de província e de primeira instância, Sérgio
Moro, e seus sequazes da "Liga da Justiça" da "República de Curitiba",
que trabalham no MPF como os procuradores do golpe, pois seletivos,
partidários, ideologizados, que consideram as corrupções e os financiamentos de
campanhas do PSDB e do DEM como algo legal, enquanto as do PT consideradas
propinas. Dois pesos, duas medidas.
E
sabe por que esta pantomima jurídica e judicial acontece? A resposta é simples:
"Porque não vem ao caso", como costuma afirmar o juiz Moro e sua
turma de golpe, que, recentemente, engavetaram a lista da Odebrecht onde
constam cerca de 300 nomes, sendo que a maioria de demotucanos ou de
empresários, lobistas e executivos ligados a essa gente tão proba, honesta e
dedicada à Pátria e aos interesses do povo brasileiro, apesar de no passado
terem vendido o Brasil, além de deixá-lo de joelhos três vezes perante o FMI e
o Bird.
Nada
importa para a Justiça ao que parece no que se dispõe a investigar, denunciar,
julgar e prender os tucanos corruptos, golpistas e seus aliados de patifarias,
e, por conseguinte, criminosos eternamente blindados. Um verdadeiro acinte ou
bofetão na cara de quem percebe tão sórdida seletividade em prol dos partidos
entreguistas da burguesia.
O
juiz Dias Toffoli reclamou pela imprensa mais respeito às instituições. Só que
ele deveria perceber que quando um tribunal da importância do STF deixa um
ladrão golpista liderar um golpe de estado travestido de legalidade contra uma
presidenta honesta e que não cometeu crimes de responsabilidade, quem passa a
pedir respeito é o povo brasileiro, principalmente as milhões de pessoas que
não votaram no senador tucano Aécio Neves, mas, sim, na trabalhista Dilma
Rousseff.
O
STF é o principal responsável pelo golpe, pois autorizou a derrubada de quem
não cometeu crimes. O Supremo é cúmplice e co-partícipe do golpe de estado
promovido por corruptos e ladrões, afinal 120 deputados golpistas respondem a
processos criminais, sendo que muitos deles já são réus. Durma-se com um
barulho desse. Toffoli deveria sair às ruas e ver a realidade ao invés de
reclamar do alto de sua toga em seu confortável gabinete redoma de cristal.
Assim fica difícil acreditar na Justiça deste País.
A
verdade é somente uma: Impeachment é golpe; outra eleição é golpe; o que não é
golpe é a permanência de Dilma como presidente do Brasil. A solução para o País
sair da crise política é respeitar a Lei, a Constituição, o Estado de Direito,
a democracia e a soberania da maioria que se submeteu ao jogo democrático e
reelegeu, soberanamente, Dilma Rousseff presidente do Brasil. Apenas isto.
Ponto.
O
Partido dos Trabalhadores e seu Governo Trabalhista não devem e não podem
aceitar nada que não seja dentro das regras e normas constitucionais e institucionais.
Não pode tergiversar. Golpe é inegociável. Não se negocia com golpistas, porque
golpistas são como bandidos, e lugar de bandidos é na cadeia. "Eleição
já!" de forma alguma. Vitória de golpe bananeiro de direita nem pensar.
A
casa grande provinciana é bananeira. O povo, não. Vão ao exterior há 500 anos e
não aprenderam nada sobre civilização e civilidade. São os colonizados da
periferia do mundo. Querem um País atrasado e humilhado porque assim se ganha
mais dinheiro. A casa grande e seus coxinhas de classe média são bárbaros e
selvagens. Quando perdem dão golpe. São os artífices da molecagem e da
violência. Ficaram mais do que comprovadas essas verdades irrefutáveis.
A esquerda tem de ir às ruas e mostrar que vai ter luta. Lula tem de ocupar os espaços públicos, denunciar e questionar sem dar trégua aos golpistas. Michel Temer e toda a corja golpista que o acompanha não vão governar, porque chefe de um hipotético governo ilegal, ilegítimo e antidemocrático. Temer não vai ter estabilidade política para que tucanos e assemelhados assaltem os cofres do País, junto com a gringada malandra, esperta e praticante contumaz do "esporte" chamado de pirataria. Quem viver verá. Todos às ruas e praças. Outra eleição é golpe. Golpe e golpistas nunca mais! É isso aí.
A esquerda tem de ir às ruas e mostrar que vai ter luta. Lula tem de ocupar os espaços públicos, denunciar e questionar sem dar trégua aos golpistas. Michel Temer e toda a corja golpista que o acompanha não vão governar, porque chefe de um hipotético governo ilegal, ilegítimo e antidemocrático. Temer não vai ter estabilidade política para que tucanos e assemelhados assaltem os cofres do País, junto com a gringada malandra, esperta e praticante contumaz do "esporte" chamado de pirataria. Quem viver verá. Todos às ruas e praças. Outra eleição é golpe. Golpe e golpistas nunca mais! É isso aí.
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