sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Nº 20.925 - "A Procuradoria da República atua para quebrar a Odebrecht"

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17/02/2017

A Procuradoria da República atua para quebrar a Odebrecht



Jornal GGN - SEX, 17/02/2017 - 18:28




Luis Nassif


Um dos pontos centrais dos acordos de delação é a palavra das partes. O delator precisa acreditar que os acordos fechados serão cumpridos.

Peça central da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, está ameaçado de perder as regalias da delação.

Segundo O Globo, o procurador Deltan Dallagnol – aparentemente em síndrome de abstinência de holofote – notou irregularidades na delação de Costa.


“Um dos exemplos de versões divergentes citadas pelo MPF diz respeito ao termo de colaboração número 80. No depoimento, Costa disse que requisitou à Arianna a retirada de R$ 100 mil e US$ 10 mil de sua empresa. Contudo, em juízo ele mudou a versão. Afirmou ter solicitado que a acusada buscasse R$ 50 mil no escritório da Costa Global Consultoria” (MPF pede a Moro suspensão de benefícios e a condenação de Paulo Roberto Costa). Fantástico! Melhor que isso só a informação de que a Procuradoria Geral da República juntou procuradores de onze países para liquidar de vez com a Odebrecht.

Semanas atrás conversei longamente com um procurador que respeito – da cooperação internacional. Ele estava claramente incomodado com as acusações de que o MPF se tornara uma força antinacional:

- Tem procurador de direita e esquerda aqui. Mas nenhum contra o país.

Argumentei sobre o processo de destruição nas empreiteiras nacionais. Sua resposta foi a de que o MPF acertara acordos de leniência, visando poupar as empresas.

Ora, os acordos só foram acertados quando as empreiteiras jaziam exangues, sem capital de giro, sem projetos, proibidas de operar com o BNDES e com o mercado externo sendo demolido – pelo MPF e pelo próprio BNDES.

A Odebrecht já pagou por todos seus pecados. E é uma empresa que detém tecnologia sensível em várias áreas do país: na petroquímica, na área de defesa, no submarino nuclear, nas telecomunicações, nas construções de hidrelétricas, no conhecimento do mercado internacional

Qual a lógica desse golpe final contra a empresa? Evidentemente não é para atender a interesses nacionais. Mais cedo ou mais tarde virá à tona os verdadeiros interesses a que a Lava Jato e a Procuradoria Geral da República servem.

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