30/05/2018
Com forte adesão, greve dos petroleiros manda mensagens a Temer e Parente e recebe o Exército em refinaria do Paraná; veja
Do Viomundo - 30 de maio de 2018 às 12h05
Da Redação, com redes dos petroleiros e movimentos sociais e fotos de Roberto Parizotti, CUT e FUP
Foi forte a adesão dos petroleiros à greve nacional de 72 decretada pela categoria.
Na maior refinaria do Brasil, a Replan, em Paulínia, no interior de São Paulo, a adesão foi de 100% do pessoal de produção e de 70% do pessoal administrativo.
Também pararam as refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc, no Rio), Capuava (Recap, em Mauá, Grande São Paulo), Araucária (Repar, no Paraná), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).
“A greve já começou no final do dia de ontem. Isso vale para refinarias e terminais. Nas plataformas de produção os trabalhadores estão entregando a planta de produção para as equipes de contingência da Petrobras”, disse o coordenador da Federação Única dos Petroleiros José Maria Rangel.
Segundo balanço da FUP:
Na Transpetro, a greve atinge os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos (Duque de Caxias) e de Cabiúnas (Macaé).
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores dos campos de produção terrestre do Alto do Rodrigues e de Mossoró também aderiram à greve, assim como os petroleiros do Ativo Industrial de Guamaré e da Estação Coletora do Canto do Amaro.
Participam ainda da greve os trabalhadores da Usina Termoelétrica Leonel Brizola, em Duque de Caxias, e os petroleiros das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, onde os petroleiros da sede da Petrobrás, em Vitória, também se somaram ao movimento.
De acordo com o Sindipetro da bacia de Campos, 21 plataformas de produção aderiram ao movimento, com seis totalmente paralisadas.
Em Araucária, no Paraná, soldados do Exército que pretendiam entrar na Repar encontraram os portões fechados (ver imagens acima).
Em faixas, manifestantes que apoiam a greve mandaram mensagens ao usurpador MiShell Temer e ao presidente da Petrobrás, Pedro Parente, que bancam uma política de preços que sufoca os consumidores brasileiros.
Como informou o Viomundo, ao publicar análise do ex-engenheiro da Petrobrás, Paulo César Ribeiro Lima, os preços praticados pela estatal, que por decisão do governo Temer flutuam de acordo com o mercado internacional, poderiam ser bem menores.
A associação dos engenheiros da Petrobrás, AEPET, também denunciou que o governo vende a farsa da Petrobrás “quebrada” para promover o desmanche da empresa.
Os dois textos publicados pelo site foram compartilhados quase 20 mil vezes, demonstrando a carência de informações do público promovida conscientemente pela mídia.
A pauta dos petroleiros tem cinco pontos:
1. Redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis
2. Manutenção dos empregos e retomada da produção das refinarias a plena carga
3. Fim das importações de derivados de petróleo
4. Não às privatizações e ao desmonte do Sistema Petrobrás
5. Saída de Pedro Parente do comando da Petrobrás
Os petroleiros enfatizam que não vai haver desabastecimento, já que os estoques nas refinarias estão altos. A greve segue até sexta-feira.
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