terça-feira, 31 de julho de 2018

Nº 24.674 - "Quem assistiu ao Roda Viva não vota em Bolsonaro"

.

31/07/2018


Quem assistiu ao Roda Viva não vota em Bolsonaro



Do Blog da Cidadania - 31 de julho de 2018


por Eduardo Guimarães

O Blog da Cidadania teve espírito público suficiente para assistir a 1h21m50s do programa Roda Viva, veiculado pela TV Cultura de SP na noite da última segunda-feira, 30 de julho. Bolsonaro prestou um serviço à sociedade ao se expor nesse programa. Qualquer cidadão com inteligência mediana e que assistiu ao seu desempenho patético, jamais votará nele.

Bolsonaro não domina assunto nenhum. Diz generalidades sobre tudo. Agora, como seu objetivo nunca foi servir ao público, mas o de servir-se dele, sobretudo monetariamente, o capitão reformado pelo Exército por ter se envolvido em um motim abandonou convicções afeitas aos militares, como nacionalismo e estatismo, para defender toda baboseira ultraliberal que está afundando o Brasil.

E, como tudo que faz é pensando em se eleger a qualquer preço, passou a propor coisas que nem o político mais ultraliberal dos ultraliberais sequer sonha verbalizar, como, por exemplo, tirar direitos de trabalhadores dizendo que está tirando.

Temer, que é mais neoliberal que Bolsonaro, porque é neoliberal de verdade, não foi estúpido o suficiente para propor tal absurdo, apesar de suas ações com a reforma trabalhista terem sido nesse sentido de tirar direitos do trabalhador. Mas Temer teve ao menos o puder de negar…

Bolsonaro disse coisas racistas, misóginas, homofóbicas dizendo que não é racista, misógino ou homofóbico. Negou apoio a greves de policiais apesar de seus vídeos apoiando essas greves terem milhões de visualizações. Mentiu descaradamente, não respondeu a uma só pergunta sobre planos para o futuro.

Tudo isso porque Bolsonaro sabe que seu eleitorado não quer saber do que ele fará pelo povo, mas do que ele fará CONTRA parcelas desse povo que esse eleitorado nazifascista gostaria, se possível, de exterminar, mas que se contentaria em deportar, banir ou segregar em guetos fortemente guardados.

Além disso, Bolsonaro, que agrada tanto aos que odeiam Lula, demonstrou pouco conhecimento do idioma – soltou um “metade querem” que doeu na alma –, seu baixíssimo aproveitamento escolar.

Não que seja exigível alta escolaridade para um cargo político, mas é exigível que o candidato tenha densidade política, conhecimento geral dos problemas nacionais e de propostas para esses problemas, o que Lula sempre teve de sobra, como demonstra seu governo de oito anos, que terminou com OITENTA E SETE POR CENTO DE APROVAÇÃO.


Assistir ao Roda Viva com Bolsonaro foi, de certo modo, tranquilizador. Quanto mais ele se expuser publicamente durante a campanha, mais gente perceberá a farsa descomunal que esse sujeito é. Claro que não todos esses cretinos que querem votar nele, mas não haverá muitos mais e isso será mais do que o suficiente para ficarmos livres dele.

_____________________________

PITACO DO ContrapontoPIG

Eu tinha a impressão de que Bolsonaro era uma aberração do gênero humano. Agora, depois do programa, eu tenho absoluta certeza.
E quanto aos seus eleitores, eu também tinha a impressão...

____________________________ 

.

Nº 24.673 - "No Roda Viva, Bolsonaro se revelou um desqualificado — ou seja, exatamente o que seus eleitores querem. Por Kiko Nogueira"

.

31/07/2018

No Roda Viva, Bolsonaro se revelou um desqualificado — ou seja, exatamente o que seus eleitores querem. Por Kiko Nogueira


Do DCM - 31 de julho de 2018  Publicado por Kiko Nogueira

​                                    ........... .....Thaís Oyama resumiu o Roda Viva de Bolsonaro

Num dos momentos mais constrangedores de um Roda Viva constrangedor, Bernardo Mello Franco questionou Jair Bolsonaro sobre sua medíocre atividade parlamentar.

— Em 28 anos de Congresso, o senhor só apresentou 170 e poucos projetos, disse Bernardo.

— Quinheitos e poucos, corrigiu o candidato.

— Não, foram 176 projetos.

— Tudo bem, 170 e poucos, encerrou o cidadão.

JB usa a mentira tanto quanto os políticos tradicionais que critica.

Ele foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro em 2014, com 464 mil votos.

Em seu sétimo mandato, Bolsonaro está na Câmara desde 1991. Quando chegou a Brasília, atendia aos interesses dos militares.

Mais recentemente, passou a incluir qualquer coisa em sua agenda, desde que renda assunto nas redes sociais entre seus seguidores de extrema direita.

Também anda se travestindo de “liberal” para ver se engana o “mercado”.

A tragédia da segurança pública no Rio de Janeiro é uma oportunidade excelente para saber: o que Jair fez pela segurança de sua terra? Quais suas propostas nesse sentido? Ao longo de mais de duas décadas, o que ele conseguiu implementar para tornar o cotidiano do carioca menos apavorante?

Resposta: nada.

Jair é um fanfarrão especializado em tagarelar e angariar apoio e eventual adoração de otários fascistoides com soluções incríveis como castração química de estupradores, pena de morte, fim das cotas e distribuição de armas para a população.

Volta e meia põe um nióbio ou um grafeno no meio. Na hora de legislar, de trabalhar, um fiasco.

Apresentou projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs). 

Apenas dois foram aprovados: o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e a autorização para o uso da chamada “pílula do câncer”, a fosfoetanolamina sintética.

A primeira emenda de sua autoria, aprovada em 2015, determina a impressão de votos das urnas eletrônicas.

Ele se defende dizendo que “tão importante quanto apresentar propostas, é rejeitá-las”.

Assim tenta vender o peixe de que acabou com o “kit gay”, material didático contra a homofobia vetado na gestão de Dilma Rousseff, em 2011.

Bolsonaro é um populista desmiolado, limítrofe e despreparado.

Como seu eleitorado é feito de gente como ele, o que o sujeito precisa é apenas repetir a retórica do “bandido bom é bandido morto” e mais algumas patacoadas sobre a ditadura.

Não é necessário que ele trabalhe em Brasília pelo estado e a cidade que o elegeram. Basta vomitar ódio e ignorância por aí.


O Bolsonaro que emergiu do Roda Viva não é de extrema direita, mas de extrema estupidez. E o brasileiro não terá um “posto Ipiranga” para recorrer.


Nº 24.672 - "No Supremo, sai o 'periculum in mora', entra o 'periculum in midia' "

.
.
31/07/2018


No Supremo, sai o “periculum in mora”, entra o “periculum in midia”


Do Tijolaço · 30/07/2018


Por FERNANDO BRITO

Diz Carolina Brígido, em O Globo, que “prestes a assumir a presidência do STF, em meados de setembro, o ministro Dias Toffoli também não tem intenção de pautar novo julgamento sobre o início da execução da pena para condenados em segunda instância”

 O temor na Corte é o mesmo: contaminar o processo eleitoral. Afinal, falar do tema às vésperas da eleição é falar de Lula.(…)Ministros do STF não descartam, porém, que o processo sobre prisão de condenados em segunda instância e novo pedido de liberdade de Lula seja julgado novamente depois de outubro. Sem a pressão do processo eleitoral, a Corte ficaria mais à vontade de tratar do assunto, sem chamar tanto a atenção para si.

Veja o ilustre leitor e a inteligente leitora a que se reduziu o Direito na nossa Corte Suprema: os senhores ministros, que não devem obediência a ninguém e a nada, além da Conntituição e das leis, só podem julgar “sem pressão”. Como “falar do tema” é “falar de Lula”, não se fala do tema e que, então, as eleições transcorram sem que se “fale do Lula”.

Um dos fundamentos da urgência de decidir, no Direito, é a possibilidade de que a demora prejudique o conteúdo de justiça que possa haver numa demanda. É o latinismo presente em todas as liminares, o do periculum in mora. Neste caso, como a tutela é contra um aprisionamento, funde-se à ideia do habeas corpus, presente na lei brasileira desde o  Código de Processo Criminal de 1832: “todo cidadão que ele ou outrem sofre uma prisão ou constrangimento ilegal em, sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de – habeas corpus – em seu favor”.

Os nossos doutos ministros, porém, diante da relevância do caso e do descarado alinhamento da imprensa para que Lula seja excluído do processo eleitoral, preferem o princípio do “periculum in midia“, temerosos do que possa significar deixar com que Lula, mesmo não sendo candidato – esta é outra discussão jurídica, em nada dependente da prisão ou não do ex-presidente – seja impedido de falar, circular, reunir-se, conversar, dar entrevistas, gravar vídeos ou de, afinal, comunicar-se, a não ser por carta.

Será que, se admitem julgar a legalidade das prisões sem trânsito em julgado, sentem-se “à vontade” em deixar uma pessoa presa ilegalmente até que passem as eleições? Depois delas, com um “mulambo presidencial” eleito sem legitimidade, contra a vontade da maioria do povo brasileiro, o que ptretendem, que o país assista uma crise sem precedentes?

Resta, porém, a possibilidade de que a degradação moral de nosso Supremo Tribunal Federal esteja apenas na dissimulação de que irá tomar, como é seu dever, uma decisão necessária e urgente, fazendo crer aos lobos e mastins que o vigiam que está dócil e comportado mas , na hora certa, irá cumprir com seu papel.

É triste que tenhamos como esperança que os nossos supremos magistrados sejam apenas covardes e não canalhas.

.

Nº 24.671 - "Fiasco da delação de Palocci faz PF e MPF brigarem"

.

31/07/2018

Fiasco da delação de Palocci faz PF e MPF brigarem

Do Blog da Cidadania - 31 de julho de 2018


O presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) Edvandir de Paiva repudiou, em nota, as declarações de Carlos Fernando do Santos Lima, procurador do Ministério Público Federal do Paraná, publicadas na Folha nesta segunda-feira (30).

Em entrevista, Santos Lima disse que a Polícia Federal é a “porta dos fundos” para o firmamento de acordos de colaboração premiada e que o órgão fechou delação com o ex-ministro Antonio Palocci para provar que poderia.

“Além de parecer torcer contra o acordo celebrado com Antonio Palocci, Carlos Fernando reduz a colaboração premiada a algo como um produto exposto em bancas de feira, em que os comerciantes se digladiam para oferecer o mais vantajoso aos clientes. O crime organizado, nas ruas e nos palácios, agradece!”, escreveu Paiva.

O delegado também afirmou que a ADPF convida o procurador a discutir e buscar soluções sobre como a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário podem atuar de forma republicana, colaborativa e coordenada.

“A sociedade espera muito mais dos operadores da Justiça do que o mero desfile de vaidades manifestado em veículos de imprensa.”

Com informações da Folha de S. Paulo

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Nº 24.670 - "Brasil: um País sem futuro"

.

30/07/2018


Brasil: um País sem futuro


Do Brasil 247 - 30 de Julho de 2018



por ALDO FORNAZIERI


Resultado de imagem para aldo fornazieriAo se estudar a história particular de cada país se verá uma variedade de situações e de circunstâncias que aproximam algumas e distanciam outras. Uma dessas situações diz respeito ao fato de que alguns países são inovadores, conseguem superar as condicionalidades de um passado difícil e se modernizam com igualdade, justiça e progresso, enquanto que outros não conseguem se desenvolver e permanecem prisioneiros das determinações do passado e se tornam cativos da desigualdade, das injustiças e do atraso. O Brasil, certamente, é do segundo tipo. Aqui o passado determina o presente e bloqueia o futuro e os mortos governam os vivos.

O mais provável é que existam muitas razões para o triunfo do atraso e das determinações do passado no Brasil. Aqui, apontar-se-á apenas uma: o problema da fundação, da gênese. Maquiavel, ao estudar o grande historiador de Roma antiga, Tito Lívio, assevera que as repúblicas mal fundadas tendem a permanecer extraviadas ao longo dos séculos, como que buscando um caminho na escuridão, e procuram encontrá-lo através da promulgação de um cipoal infindável de leis, pensando que estas podem consertar a realidade, mas que sequer entram em vigor. As décadas e os séculos passam sem que esta república encontre a sua verdade, sem que o povo esteja ao abrigo das misérias humanas e sem que a justiça, a igualdade e a liberdade sejam frutos acessíveis para a generalidade das pessoas.

Ainda de acordo com Maquiavel, com base em Tito Lívio, as repúblicas bem fundadas são aquelas que nascem de um ato de terror fundante, no qual, o arbítrio dos mais fortes é passado no fio da espada para fundar a validez da lei originária, alicerçada nos princípios da igualdade e da justiça. De tempos em tempos, esse ato precisa ser renovado com a punição exemplar daqueles que tentam violar ou corromper estes princípios. Sem este ato, os mais fortes não terão freios e exercerão o arbítrio, a dominação e a violência sobre os mais fracos.

Maquiavel vê atos de terror fundante exemplares em Moisés, quando desceu do monte Sinai e mandou passar no fio da espada 22.200 homens por terem implantado a desordem; em Ciro, ao se revoltar contra os medas e fundar o império Persa e em Rômulo, ao matar Remo para garantir a fundação e a segurança de Roma. Modernamente podemos ver esses atos nas Guerras de Independência e de Secessão dos americanos, na Revolução Francesa, na Revolução Cubana e assim por diante.

Na história do Brasil, o poder político e suas formas constitucionais e jurídicas sempre foram produtos do trabalho usurpador das elites econômicas e políticas e expressão de seus interesses. Em nenhum momento dos processos fundantes desse poder o povo foi partícipe enquanto sujeito e sempre teve seus interesses e direitos excluídos dos arranjos legais e constitucionais que se efetivaram ao longo do tempo. Notadamente, a Independência se revestiu de uma transformação perpetrada por segmentos que representavam os interesses da metrópole e a Proclamação da República assumiu o caráter de um golpe do qual, o povo, bestializado, nos termos de Aristides Lobo, não participou e sequer compreendeu o seu significado.

No Brasil, o povo nunca foi soberano, a lei nunca foi igual, a democracia nunca existiu para a grande maioria das pessoas pobres. As tentativas de refundar o fundar o Brasil, primeiro com Getúlio Vargas e, depois, com Lula, foram atacadas pela ação corrosiva das elites, por guerras políticas sem escrúpulos e sem quartel, pela violência, pela traição e por golpes que visaram perpetuar a ordem da dominação do passado, manter o presente do povo na miséria e interditar o futuro.

Se o Brasil é um país sem presente por conta de todos os males que assolam o povo - desemprego, falta acesso aos serviços de saúde, falta de educação, salários baixos, falta de cultura e de lazer, pobreza, preconceitos, falta de direitos, violência etc. - os dados da Revisão 2018 da Projeção da População do Brasil, divulgados na semana passada pelo IBGE, confirmam que o país não terá futuro.

O presente do Brasil é trágico, sem dúvida. Mas o seu futuro poderá ser ainda mais trágico. O país está envelhecendo de forma mais rápida do que se pensava. Em 2039, o número de pessoas com mais de 65 anos será superior ao número de crianças e jovens com menos de 15 anos. Em 2060, uma de cada 4 pessoas terá mais de 65 anos.

O problema é que o bônus demográfico evaporou: os jovens de hoje envelhecerão sem oportunidades, sem emprego, sem qualificação, sem poupança e, provavelmente, uma previdência razoável. Serão velhos, pobres e sem assistência e sem direitos. Os jovens de hoje e o sistema de trabalho de hoje não estão nem bancando sequer a previdência de hoje. O Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países que mais matam jovens no mundo. Em todos os sentidos, o Brasil está queimando, dissipando, o seu futuro. Os jovens mesmo estão dominados pela ideologia do consumo. Não poupam e não se previnem. Não imaginam que amanhã poderão cair e que ninguém lhes dará a mão para se levantarem.

O Brasil está envelhecendo sem a infraestrutura adequada para o progresso e sem a infraestrutura para a velhice. As cidades, os transportes, o sistema de saúde, o sistema previdenciário, a mobilidade urbana, as estruturas de comércio, nada está preparado para um país com forte presença de pessoas idosas. Sequer níveis satisfatórios de saneamento básico existem.

O pior de tudo é que, a partir do golpe, o Brasil está andando para trás. O governo e o Congresso golpistas estão empenhados em destruir políticas e programas que vinham contribuindo com a redução da pobreza e com a sustentabilidade ambiental. Governo e Congresso estão dominados por grupos criminosos, a exemplo do agronegócio, grupo que não tem nenhuma consideração com a dignidade humana e com a sustentabilidade ambiental, com o futuro dos brasileiros e com os brasileiros do futuro.

As diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais abissais, tenebrosas, terríveis. As exclusões históricas, de raça, de gênero etc., se aprofundam e políticas inclusivas, ou são extintas ou têm os recursos calcinados. Se as pessoas pobres já não tinham acesso a hospitais, hoje não têm acesso a médicos. Vivem doentes e morrem sem atendimento. Estamos entre os países mais violentos e desiguais do mundo. O Brasil está sob a égide de elites econômicas e políticas criminosas, perversas, cruéis.

Um dos poucos brasileiros que tem a força, a coragem e a sensibilidade para bloquear esse processo de destruição do presente e do futuro do Brasil está preso em Curitiba. Os interesses que prenderam Lula e que querem impedir que ele seja candidato à presidência da República são os interesses que massacram o povo, que espezinham a sua dignidade, que decepam o seu presente e o seu futuro.

O povo precisa alimentar um temor terrível dessa monstruosidade que está sendo feita contra ele. Este temor, que deve ser o temor pela vida desgraçada que leva à morte, precisa despertar a clarividência da razão. Da razão que ilumina e que desperta a consciência de que não há motivo para não lutar. Aliás, de que o principal motivo da vida, agora, é lutar. E aqueles que têm consciência precisam fazer apelos por corações irados, por organizações de irados, pela força de gente irada. As lideranças precisam fazer apelos pela indignação e pela fúria. É preciso organizar a fúria. Não dá para tratar com bons modos uma elite que trata o povo com brutalidade.

Os métodos tradicionais de luta não comportam mais a urgência de um agir mais contundente e corajoso. A vastidão da tragédia do povo brasileiro deve ser o metro das novas lutas. E que essas lutas, entre outras coisas, sejam capazes de arrancar Lula dos calabouços de Curitiba. É preciso consolidar a ideia de que se não querem deixar que o governo legitimamente eleito de Lula dê ao povo o que é direito seu, o povo tem o direito de buscar o que é seu com suas próprias mãos.uisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas


ALDO FORNAZIERI. Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESPSP).

.

Nº 24.669 - "Descrença na política, a arma da direita para se manter no poder"

.

30/07/2018


Descrença na política, a arma da direita para se manter no poder


Sem capacidade de organizar majoritária quantidade de signatários a seu favor, estratégia é desmobilizar o eleitor, sobretudo o mais crítico, para que proteste por meio do voto branco, nulo ou mesmo a abstenção


Da Rede Brasil Atual - 30/07/2018 08h51


Camara impeachment

por Marcio Pochmann*

Resultado de imagem para marcos pochmann
Formada por representantes das elites, Câmara aprova leis e medidas contrárias aos interesses populares, como foi a derrubada da presidenta eleita legitimamente, Dilma Rousseff


A eleição geral de 2018 – a oitava desde 1989 – apresenta-se circunscrita a uma importante contradição. Não obstante a sua significância para o desbravamento do impasse gerado com o golpe que possibilitou a trágica ascensão do governo Temer, a população indica elevado grau de descomprometimento e descrédito com a política.

Pesquisa realizada no ano passado pelo Instituto Paraná indicou, por exemplo, que quase três quartos dos eleitores brasileiros não repetiriam, em 2018, o mesmo voto concedido a deputado federal nas eleições de 2014. Naquele ano, embora o país possuísse um total de 141,8 milhões de eleitores, somente 97,2 milhões deles votou para deputado federal, ou seja, apenas 68,5% dos brasileiros em condições de votar.

Ao se considerar somente os votos recebidos pelos 513 deputados federais eleitos em 2014 (58,1 milhões), nota-se que a Câmara representa, no seu conjunto, menos de 41% do total dos eleitores. Resta ainda considerar que dos 513 deputados federais, somente 36 deles alcançaram o chamado coeficiente eleitoral, sendo os demais 477 eleitos por meio de votos transferidos de outros candidatos.

Ao se contrastar o perfil da Câmara Federal com a composição da sociedade brasileira pode-se perceber o enorme contraste. Mesmo representando mais de 51,5% do total da população, as mulheres mal alcançam 10% do total dos deputados federais, assim como a população não branca possui menos de um quinto do total do parlamento brasileiro.

No mesmo sentido da sub-representação política, encontra-se, por exemplo, a classe trabalhadora, uma vez que os empresários, por não alcançar nem mesmo 5% da população ocupada, detêm quase 45% do total dos deputados federais. Também os 12,3 milhões de trabalhadores da agricultura familiar não conseguem registrar dez deputados federais, enquanto cerca de 40 mil grandes proprietários rurais alcançam uma bancada com quase 40% do total da Câmara Federal.

A representação política desconexa em relação à composição da população e o descrédito da política decorrem direta e indiretamente da experiência acumulada de duas décadas de forte presença do financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A contaminação do poder econômico no processo de escolha da representação política terminou por deslocar o candidato do eleitor em direção ao financiador privado.

Em consequência, o avanço da fragmentação partidária foi imediatamente acompanhado pela formação de burocracias especializadas na formação de verdadeiras máquinas eleitorais – capazes de agenciar campanhas cinematográficas – e de força de trabalho voltada para a conquista mecanicista e sem compromisso com o voto. Com isso, o deputado federal, salvo as exceções, foi gradualmente se tornando uma espécie de vereador federal, comprometido com a agilização de recursos orçamentários aos seus feudos políticos, por meio das emendas, cada vez mais impositivas.

Das antigas candidaturas ideológicas, compromissadas com causas e opinião sobre questões de ordem nacional, passou-se à mediocridade do parlamentar de senso comum, sem cara, nem personalidade que possa colocar em risco a sua releição. Enfim, uma profissão, sem vocação, quase um negócio a serviço do seu próprio interesse, cada vez mais distante do sentido de população e nação.

Expressão disso foi a manifestação de baixo nível e desqualificação verificada durante a votação do impeachment da presidenta Dilma na Câmara Federal. Quanto tempo faz que o parlamento federal se distancia da função de ser a verdadeira caixa de ressonância da população e do sentido de nação?

Essa situação, contudo, não deixa de ser a própria expressão da visão predominante da direita. Sem capacidade de organizar majoritária quantidade de signatários a seu favor, ela trata de desmobilizar o eleitor, sobretudo o mais crítico, para que proteste por meio do voto branco, nulo ou mesmo com a própria abstenção.

Dessa forma, a minoria dos votos da direita cresce em proporção, frente ao avanço da descrença política. Nesta circunstância, o protesto construtiva é escolher melhor e votar, pois do contrário, o voto nulo, em branco, ou a abstenção podem simplesmente favorecer a permanência justamente daqueles que a população mais repulsa.

Pesquisa realizada pelo Diap aponta que as eleições vêm permitindo a renovação cada vez menor para a Câmara Federal. No ano de 2014, por exemplo, a taxa de renovação foi de 44% dos deputados federais, enquanto foi de 62% nas eleições de 1989. Para este ano, por exemplo, a expectativa parece indicar menor renovação, podendo consolidar, inclusive, o perfil parlamentar ainda mais conservador e desconectado do conjunto da população e do sentido de nação.



* Marcio Pochmann - Professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas.
.

Nº 24.668 - "PROCURADOR DA LAVA JATO ADMITE QUE DELAÇÃO DE PALOCCI ERA UM BLEFE"

.

30/07/2018


PROCURADOR DA LAVA JATO ADMITE QUE DELAÇÃO DE PALOCCI ERA UM BLEFE


Do Brasil 247 - 30 DE JULHO DE 2018 ÀS 09:22


Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (o outro é Deltan Dallagnol), agora admite: a delação premiada de Antônio Palocci, que a mídia conservadora qualificou como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe; "Está mais para o acordo do fim da picada", afirmou; ele reconhece que há uma guerra entre o Ministério Público e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato 


247 - Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (o outro é Deltan Dallagnol), agora admite: a delação premiada de Antônio Palocci, que a mídia conservadora qualificou como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe. Na entrevista, concedida à Folha de S.Paulo, ele reconhece que há uma guerra entre o Ministério Público e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato. 

A delação de Palocci foi fechada pela PF depois da recusa do Ministério Público. Santos Lima relatou: "Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras. O instituto é o problema? Eu acho que a PF fez esse acordo para provar que tinha poder de fazer".

Ele reconheceu que o caso Palocci foi uma "queda de braço" entre as equipes da PF e do MP e atacou a Polícia Federal: "(...) a porta da frente dos acordos sempre será o Ministério Público. A porta dos fundos é da PF. As pessoas irão à PF se não tiverem acordo conosco." A declaração revela o estado de balbúrdia institucional da Lava Jato.

Na mesma entrevista, ele admitiu também que as delações de Delcídio do Amaral, decisiva para a campanha de ódio ao PT, e de Sérgio Machado, tinham graves defeitos: "Quando você faz com excesso de rapidez, corre o risco de fazer colaborações mal feitas. Delcídio, na minha opinião, quase nem se autoincrimina. A primeira coisa é o colaborador falar os crimes que cometeu. (...) No caso do Sérgio Machado, no final das contas, o principal sequer foi denunciado. Aquelas conversas supostamente com membros do Congresso e ex-parlamentares, que geraram até pedido de prisão no Supremo, sequer movimentaram uma denúncia. Aquela gravação era um bom início de negociação, mas não era um fim em si mesma. A gente tem que tomar muito cuidado com excesso de vontade de conseguir certos documentos, provas, gravações".


Leia íntegra da entrevista aqui.

.

Nº 24.667 - "Globo anuncia que vai checar fake news, justo ela que ajudou a transformar um boato em processo que levou Lula à prisão. Por Joaquim de Carvalho"

.

30/07/2018

Globo anuncia que vai checar fake news, justo ela que ajudou a transformar um boato em processo que levou Lula à prisão. Por Joaquim de Carvalho

Do DCM -   30 de julho de 2018  - Publicado por Joaquim de Carvalho -  30 de julho de 2018


                                                                                                              Exemplo de tendenciosidade

O G1, do grupo de comunicação que criou o fake news que levou Lula à prisão, acaba de anunciar o seu serviço de checagem de notícias.

O título do serviço É “Fato ou fake”.

Segundo o site, o objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na internet ou pelo celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake).

De acordo com o Grupo Globo, jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp.

“Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo”, informa o G1. 

“Cada um desses veículos — prossegue o informe — poderá publicar as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as diversas redações, será possível verificar mais – e mais rápido. A atual editoria É ou não É, do G1, deixa de existir, para dar lugar ao Fato ou Fake.”

O jornal O Globo foi quem noticiou, em 2014, que Lula poderia passar o reveillon no triplex do Guarujá, dando vazão a um boato que circulava naquele cidade, a de que o ex-presidente seria o dono de uma unidade no condomínio Solaris, antigo Mar Cantábrico. 

O jornal publicou como fato a seguinte notícia:

“De sua ampla sacada, poderá ver a queima de fogos, que acontece na orla bem defronte do seu prédio, feito pela OAS, empresa investigada pela Operação Lava-Jato. É que na semana passada terminaram as obras de reforma do apartamento triplex no Edifício Solaris, que ele e dona Marisa Letícia, sua mulher, compraram por meio da Bancoop — a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo —, ainda na planta, em 2006. Acusada de irregularidades e em crise financeira, a Bancoop deixou três mil famílias sem receber os sonhados apartamentos.”

Já naquela ocasião Lula tratou de desmentir a notícia e informou, sem que o jornal desse o devido destaque:

“Dona Marisa Letícia Lula da Silva adquiriu, em 2005, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente a um apartamento, que tinha como previsão de entrega 2007”, diz a nota. “Com o atraso, os cooperados decidiram em assembleia, no final de 2009, transferir a conclusão do empreendimento à OAS. A obra foi entregue pela construtora em 2013. Neste processo, todos os cooperados puderam optar por pedir ressarcimento do valor pago ou comprar um apartamento no empreendimento. À época, Dona Marisa não optou por nenhuma destas alternativas esperando a solução da totalidade dos casos dos cooperados do empreendimento. Como este processo está sendo finalizado, ela agora avalia se optará pelo ressarcimento do montante pago ou pela aquisição de algum apartamento, caso ainda haja unidades disponíveis. Qualquer das opções será exercida nas mesmas condições oferecidas a todos os cooperados.”

A Globo já tinha explorado esse assunto em 2010, em O Globo e no Jornal Nacional. Na reportagem da TV, a Globo informava: 

“A lista de mutuários da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo tem um nome ilustre: o do presidente da República”, narrava William Bonner.

O triplex nunca esteve no nome de Lula ou da família, ele nunca desfrutou do apartamento — não passou uma noite sequer lá —, e não tinha as chaves. O que havia é o interesse da OAS para que Lula adquirisse o imóvel. Mas, na única vez em que esteve lá, recusou.

Segundo disse, considerou que não era adequado para ele. E faz sentido o que o ex-presidente afirmou. O Guarujá é uma das praias mais movimentadas do Brasil, e Lula não teria nenhuma privacidade.

Quando o boato ocupou as páginas do Jornal Nacional, o Ministério Público do Estado de São Paulo viu ali a oportunidade de uma grande investigação. E começou a ouvir pessoas, em um procedimento de investigação criminal que resultou em uma ação que, anos depois, foi parar na mesa de Sergio Moro, juiz federal.

Nem o Ministério Público Federal nem o Estadual de São Paulo apresentaram provas de que o triplex pertencia a Lula ou alguém de sua família. Mas Lula foi condenado, e hoje se encontra preso em razão dessa condenação.

O que deu a ação do Ministério Público do Estado de São Paulo que nasceu de um boato? Nada.

A justiça entendeu que não havia evidência de crime. Apenas suspeita, fruto de comentários, e isso não é suficiente para condenar quem quer que seja.

Por isso, absolveu os demais acusados. Mas não pode fazer o mesmo em relação a Lula. É que a parte do processo que envolvia Lula foi encaminhada para Curitiba, por conta da Lava Jato, e lá, apesar da falta de prova e de demonstração de culpa, Lula foi sentenciado.

Na sentença, Sergio Moro cita a reportagem de O Globo como fundamento para condenar Lula. Também aceita como válido para condenação a palavra de um co-réu, Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, beneficiado com redução da pena por conta do que disse.

Juridicamente, são absurdos. Um co-réu pode mentir e, por isso, recomenda a jurisprudência — e o bom senso — que a palavra dele não seja aceita como prova.

Apesar disso, a condenação foi depois confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4a. Região, em um recurso que teve como relator um amigo de Sergio Moro, João Pedro Gebran Neto.

O jornal do grupo que iniciou todo esse processo agora vem a público para anunciar que vai checar fake news.

Seria até engraçado se a ação do grupo não tivesse provocado uma das maiores injustiças da história do Brasil: o fake news que levou um ex-presidente à prisão e tirou de Lula o direito de se eleger presidente, como quer a maioria dos brasileiros.

.

domingo, 29 de julho de 2018

Nº 24.666 - " VÍDEO: No Festival Lula Livre, Chico e Gilberto Gil cantam 'Afasta de mim este cálice' "

.

29/07/2018


VÍDEO: No Festival Lula Livre, Chico e Gilberto Gil cantam “Afasta de mim este cálice”

Do DCM  -  29 de julho de 2018 - Publicado por Joaquim de Carvalho





Vídeo mostra Chico e Gilberto Gil no Festival Lula Livre, em que cantam Cálice. A canção foi composta para que os dois a cantassem em 1973, auge da ditadura. Eles foram para um show em São Paulo, mas a gravadora, organizadora do show, temendo a Censura da Polícia Federal, desligou os microfones. Eles tentaram cantar mesmo assim, mas não dava para ouvir. No dia 28 de julho, dia do grito pela liberdade de Lula, eles puderam, enfim, cantar juntos a música que é um grito contra a censura — hoje, lamentavelmente, imposta a Lula, que não pode dar entrevista.

.

Nº 64. 665 - "Carmem Lúcia e seu 'gentileza gera gentileza' "

.

29/07/2018

Carmem Lúcia e seu “gentileza gera gentileza”

por Fernando Brito 

A Doutora Cármen Lúcia, presidente do STF e da República, enquanto Michel Temer desfila deu algumas daquelas declarações de alta densidade filosófica, como não faria melhor o Conselheiro Acácio de Eça de Queiroz: sua insignificância no exterior, veio falar, como é de sua preferência, a uma plateia de de empresários no Rio de Janeiro e
“Basta ter olhos a ver que estamos vivendo, não uma pátria mãe gentil, a falta de gentileza parece que está presente de todos nós. É preciso que nós recobremos basicamente a sermos filhos gentis para que essa pátria seja uma mãe gentil para todos”.
Melhor não faria aquele simpático lunático, se me perdoam o eco, do profeta que desenhava seus dísticos como o famoso “Gentileza gera Gentileza“.
Já nem sugiro à ministra que busque autores mais eruditos, como os Don & Ravel da ditadura e seus conselhos  de que se ‘plante uma flor/ pra florir nosso país /quem destrói a paz / não verá jamais/ um irmão feliz,  em seu clássico “Só o amor constrói”.
Bastaria apenas que Dona Cármem, em lugar de embarcar no carro de vidros escurecidos à saída da Associação Comercial, no Centro do Rio, percorresse algumas dezenas de metros entre camelô, pedintes ou gente embrulhada em farrapos de cobertor para ter ideia de que estes filhos da pátria são até muito gentis perto da forma que a mãe, que ela representa em sua pompa, as trata.
No encontro, a ilustre ministra, do alto de sua sapiência, disse que as ‘instituições estão funcionando, apesar do momento de incerteza’.
Ah, sim, estão. No meio da maior crise político-institucional das últimas décadas, com o país ardendo numa crise sem tamanho, as autoridades judiciais do nosso país debatem-se numa intensa procura de…encontrar uma fórmula para dar forma “menos ilegal” ao auxílio-moradia…
Enquanto não se encontra, claro, “temos de manter isso”, porque suas excelências ganham pouco, ao redor de apenas R$ 30 mil, o que já não dá para comprar ternos em Miami.
Chegamos ao ponto de ter de esperar um paquiderme (paquiderme, excelência, antes que me queira processar, quer dizer “pele grossa” ou “casca grossa” como falaria o povão) como o ministro Gilmar Mendes ser o porta-voz de um protesto que caberia a outros magistrados, menos “capangueiros”, contra a estúpida investigação contra professores universitários, o novo reitor Ubaldo Cesar Balthazar  e o chefe de gabinete da Reitoria da UFSC, pelo crime deste último ter aparecido alguns segundos enquanto estudantes exibiam uma faixa criticando uma delegada da PF e uma juíza. As duas foram as responsáveis  pela ridícula operação que arrastou o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier à humilhação, que o levaria ao suicídio.
(Sobre isso, aliás,  informações novas no Blog do Marcelo Auler)
Dos neoministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fachin, até há pouco professores universitários, nem um pio. No caso do primeiro, ao menos, seu compromisso com a comunidade acadêmica parece ser apenas o de privatizá-la.
As instituições, tem razão a senhora Ministra, estão funcionando. Funcionando como fábricas do ódio que a senhora diz ver por toda parte, distribuído com eficiência e sem parcimônia pelas redes sociais e pela mídia.
Permito-me sugerir à ministra, se não lhe caiu bem a citação de Don & Ravel, buscar nos nos versos de Camões onde ele diz que um rei, meu xará, esteve a ponto de deixar destruir-se o reino por que “um fraco rei faz fraca a forte gente”
Quando um reino tem o ódio nas cortes, vai querer gentileza nas ruas?
.