10/09/2009
Petrobras ou Petrobrax: 90 dias é pouco pra decidir?
Do blog Escrivinhador
Rogério Mattos Costa* publicada em domingo, 06/09/2009 às 18:21
e atualizado em terça, 08/09/2009 às 22:29
Rogério Mattos Costa escreve, para o "Escrevinhador", sobre a regulamentação do pré-sal.
Dez anos mais noventa dias: é tempo suficiente.
“Enganaram-nos uma vez, mas da segunda não. A hora é agora, não depois da eleição”
Nesses tempos bicudos, de tucanos e demos nervosos, a sacudirem seus penachos, tridentes, chifres e pés de bode frente à mudança das leis sobre o petróleo brasileiro, nada melhor que usar o bom senso.
Vamos lá, então, usar o bom senso e responder à pergunta: é pouco tempo o prazo de noventa dias, estabelecido pelo rito da urgência constitucional, usado pelo presidente Lula para pedir ao Congresso Nacional que aprove ou rejeite as novas Leis do Petróleo?
Queixam-se demos e psitacídeos que noventa dias é muito pouco para os representantes do povo brasileiro no congresso dizerem se são a favor que a Petrobrás , que descobriu a gigantesca reserva de petróleo do pré-sal, explore o petróleo que está lá embaixo.
Ou então, se acham que é mais adequado deixar que americanos e ingleses o retirem de lá, levem-no embora e paguem-nos apenas trocados em “royalties” e impostos.
O estelionato eleitoral de FHC: como foi que acabou o monopólio da Petrobrás.
Em 1997, demos e tucanos também aprovaram, à “toque de caixa”, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, as leis que acabaram com o monopólio criado por Getulio Vargas.
Vale lembrar que eles conquistaram maioria no congresso graças ao golpe que foi “a decretação do dólar a um por um com o real”, valor mantido artificialmente com um empréstimo de 31 bilhões de dólares do FMI, a juros de 26%. Um montão de dólares que o Banco Central vendia no mercado, quando o dólar subia, para forçar a baixa. Até a eleição passar...
Empréstimo que apenas recentemente, acabamos de pagar, mas que rendeu a eles na época, a eleição do presidente FHC.
E rendeu de quebra, a maioria no congresso com a qual aprovaram rapidamente, a venda não só os campos de petróleo sob as águas territoriais brasileiras, mas o minério do subsolo, as linhas e centrais telefônicas e elétricas.
Um golpe que faz com que hoje o povo brasileiro pague uma das mais altas tarifas desses serviços em todo o mundo.
Vale lembrar também que, para poderem ganhar essa maioria demos e tucanos não disseram, antes das eleições, ( como Lula está fazendo agora ), que se eles ganhassem, as leis iriam mudar para permitir vender empresas e riquezas do estado brasileiro.
Ganharam a eleição escondendo do povo brasileiro suas verdadeiras intenções. E portanto mentindo ao povo, para roubar suas riquezas.
Isso foi estelionato, previsto no famoso artigo 171 do código penal.
Lembram dos cinco dedos que na televisão HC dizia que eram os cinco pontos de seu programa? Nenhum deles era a venda de empresas estatais.
*Rogério Mattos Costa, 56, é carioca, jornalista, reside em Madrid
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