Contraponto 874 - "Eliezer Batista para FHC: privatização da Vale foi estupidez!"

04/12/2009

"Eliezer Batista para FHC: privatização da Vale foi estupidez!"

Amigos do Presidente - Zé Augusto . Quinta-feira, Dezembro 03, 2009

Em recente entrevista à revista Veja, o ex-presidente FHC declarou:
"O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale ... e da Light também"

Agora vamos conhecer outra passagem da história:

Eliezer Batista, 85 anos, é pai de Eike Batista, um dos homens mais ricos do Brasil.

Na onda do filme "Lula, o filho do Brasil, Eike reuniu alguns amigos empresários e produziu o documentário "Eliezer Batista, o engenheiro do Brasil", em lançamento.

Quem viu o filme diz que a história não conta como o pai de origem modesta (com enorme talento realizador, justiça seja feita) educou o filho para tornar-se, talvez, o maior bilionário do Brasil... mas vamos ao que interessa.

Eliezer foi Ministro das Minas e Energia (1962-1963), durante o regime parlamentarista de João Goulart, e em 1992 foi secretário de Assuntos Estratégicos do governo Collor. Mas suas maiores realizações foram como presidente da Vale do Rio Doce.

E no filme ele conta uma passagem os bastidores da privatização da Vale no governo FHC:

"Em uma reunião com o então presidente, antes da privatização, o empresário diz ter aconselhado FHC a desistir porque a Vale poderia ser o instrumento do governo para resolver os problemas de logística do país.


Com a geração de caixa da mina de Carajás, a maior do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de toneladas de minério ao ano, a Vale, poderia viabilizar a construção das obras necessárias para reduzir o custo Brasil.


Segundo Eliezer, FHC teria levado adiante o plano de leiloar a mineradora com a justificativa de que era necessário convencer os investidores da seriedade de seu programa de privatizações.


É óbvio que vender um bem estatal tão valioso quanto a Vale, apenas por uma questão de credibilidade, seria estupidez." - diz Eliezer (Rev. Exame).

Em tempo: Meses atrás, Eliezer sugeriu, em declarações, a troca do presidente da Vale, saindo Roger Agnelli, entrando Sérgio Rosa (da PREVI, fundo de pensão do Banco do Brasil, e um dos maiores acionistas da Vale).
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