Alex Rodrigues *
Repórter Agência Brasil
Brasília - O agrônomo brasileiro José Graziano, de 61 anos, foi eleito hoje (26) o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ex-ministro de Segurança Alimentar do governo Lula, Graziano ocupará o cargo no período de janeiro de 2012 a julho de 2015. Desde 2006, ele atuava como representante da agência na América Latina e no Caribe.
A eleição ocorreu hoje durante a 37ª Conferência da FAO, evento que começou ontem (26), em Roma. Com o apoio do governo brasileiro, Graziano recebeu 92 dos 180 votos. O segundo colocado foi o ex-ministro de Relações Exteriores espanhol Miguel Ángel Moratinos. Inicialmente também concorriam ao posto o austríaco Franz Fischler, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini e o iraquiano Abdul Latif Rashid.
Indicado para o cargo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano passado, Graziano vai substituir o senegalês Jacques Diouf, que permaneceu por 17 a anos à frente da agência. Ele deixará a direção do órgão em um momento em que a alta nos preços de alimentos tornou-se uma preocupação global, discutida nos principais foros internacionais.
Criada em 16 de outubro de 1945, a FAO concentra os esforços dos 191 países membros, mais a Comunidade Europeia, pela erradicação da fome e da insegurança alimentar. Na agência, que funciona como um fórum neutro, os países desenvolvidos e em desenvolvimento se reúnem para para negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.
O orçamento enxuto da agência, se comparado ao de outras instâncias da ONU, é considerado um dos entraves à atuação mais abrangente do órgão. Para o biênio 2010/2011, a FAO conta com orçamento de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) , com mais US$ 1,2 (R$ 1,9 bilhão) advindos de doações voluntárias.
Outro problema com o qual Graziano deverá lidar são as divergências entre os países quanto à produção de biocombustíveis (apontados por algumas nações como os principais causadores da inflação nos alimentos).
* Com informações da BBC Brasil
Edição: Aécio Amado
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Da Agência Brasil - 26/06/2011 - 16h52
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (26), em nota, que a escolha do agrônomo José Graziano para a direção-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) é o reconhecimento da comunidade internacional sobre as transformações socieconômicas pelas quais o Brasil está passando.
Responsável pela implantação do programa Fome Zero, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, José Graziano, 61 anos, ocupará o cargo de janeiro de 2012 a julho de 2015. Ele venceu o ex-ministro de Relações Exteriores espanhol Miguel Ángel Moratinos.
Em nota, a presidenta diz que Graziano contribuiu para as ações governamentais de combate à fome – foi ministro de Segurança Alimentar do governo Lula - e é representante da FAO na América Latina e no Caribe (cargo que ocupa desde 2006).
“A vitória do candidato brasileiro reflete, igualmente, o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socioeconômicas em curso em nosso país - que contribuem de forma decisiva para a democratização de oportunidades para milhões de brasileiras e brasileiros -, bem como o compromisso do Brasil de inserir o combate à fome e à pobreza no centro da agenda internacional. Um objetivo possível de ser alcançado com o fortalecimento do multilateralismo e com o aprofundamento da solidariedade e da cooperação entre as nações e os povos”.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, também divulgou mensagem em comemoração à escolha do brasileiro para comandar a FAO. “Graziano ajudará a colocar o combate à fome no centro da agenda mundial. Sua eleição contribuirá para caminharmos na direção de um mundo sem fome e com mais e melhores oportunidades de vida para todos”, disse.
Edição: Aécio Amado
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