A Vale recebe hoje o segundo de seus 12 meganavios encomendados lá fora. Uma pena que tão complexa obra de engenharia carregue, para sempre, o estigma de ter sido construída sem nenhum amor pela terra e pela gente que a tornou possível.
É o segundo supernavio destinado a levar o minério bruto brasileiro para siderúrgicas no exterior. Ele próprio, por não ser construído aqui, levou US$ 748 milhões de nosso país.
Ainda teremos 10 destas bofetadas no rosto do Brasil desfechadas pelo sr. Roger Agnelli, endeusado pela imprensa.
Tivesse ele, como pediu Lula, dado preferência a produzir aqui essa frota, isso representaria um acréscimo de 80% à tonelagem em produção nos estaleiros nacionais. Cada um deles tem 362 metros de comprimento, 65 de largura e capacidade para 400 mil toneladas de minério. E levam, também, milhares de empregos que não existiram aqui.
São navios que vão carregar nossas entranhas minerais, mas não a nossa alma. É um navio fantasma, uma enorme, gigantesca e amarga nave colonial, que nos assombra de tanta indiferença ao Brasil.
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