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08/11/2013
Procurador-geral de SP é acusado por colegas de 'ação política' no caso Siemens
Do Jornal GGN - sex, 08/11/2013 - 14:53
Sugerido por Marco St.
Da Folha
Colegas acusam procurador-geral de SP de 'atuação política' em ação contra Siemens
Procuradores do Estado de São Paulo
acusam o procurador-geral Elival da Silva Ramos de "atuação política" em
favor do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao ajuizar uma "ação inepta"
contra empresas acusadas de formar um cartel para fraudar licitações do
Metrô e da CPTM.
De acordo com a procuradora Márcia
Semer, presidente da Apesp (Associação dos Procuradores do Estado de São
Paulo), entrar na Justiça contra a multinacional alemã Siemens "foi
mais uma ação política do que um trabalho jurídico de recuperação da
verba desviada do Estado".
Em decisão tomada na terça-feira, a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, mandou o governo refazer a ação e incluir as outras empresas acusadas de conluio.
O Ministério Público já havia pedido que
a Justiça rejeitasse a ação por inépcia. "Houve precipitação [do
governo em entrar com a ação]. Questionamos sobre a Procuradoria-Geral
do Estado [PGE] se prestar a um trabalho de satisfação política mais do
que jurídico", disse Márcia à Folha. "O marketing político andou na
frente da racionalidade jurídica", completou.
O procurador-geral disse que não atua
como "braço político do governo" e que não entende a decisão da juíza
como "mandatória". "A PGE entende que as dúvidas da juíza não são
procedentes e que a ação deve prosseguir da maneira que está", disse
Ramos. Segundo ele, a ação foi elaborada por "vários procuradores" e tem
"caráter puramente técnico".
O "Diário Oficial" publicou ontem pedido
de Alckmin para que a Assembleia Legislativa aprecie em caráter de
urgência um projeto de lei elaborado por Ramos, que centraliza o poder
de decisão, inclusive no controle de licitações, no procurador-geral.
"O projeto vai dignificar a
instituição", disse Ramos. "Seremos capazes de viabilizar mais políticas
públicas com ele", completou. O procurador-geral afirma que a proposta
entrou em caráter de urgência porque o Executivo esperava apreciação em
90 dias --ele tramita na Alesp desde agosto de 2012.
A Apesp elaborou abaixo assinado para tentar barrar o projeto e conta com 808 adesões dos 1600 procuradores de SP.
Editoria de Arte/Folhapress
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